– Critérios ou a falta deles?

Começou o Paulistão, e logo na primeira rodada já dá para afirmar: o grande problema da arbitragem foi a não uniformização de critérios.

Uniformizar critérios é algo sonhado desde a década de 90. Missão difícil, já que os estilos individuais de cada árbitro podem sobrepor uma igual decisão a todos, dependendo do lance.

Mas vejam só:

Situação 1– na Vila Belmiro, goleiro e atacante adversário disputam uma bola no alto (goleiro tenta socar e cai pedindo infração) e o árbitro Vinícius Gonçalves marca falta no arqueiro (eu não marcaria). No Pacaembú, lance idêntico e o árbitro Leandro Bizzio mandou seguir (acertadamente), embora Fernando Prass tenha reclamado a falta (sem admitir que sofreu o gol por sair atrasado).

Situação 2- no Canindé, Guilherme Ceretta de Lima no clássico Portuguesa x Corinthians procurou contemporizar um ou outro lance mais forte de disputa de bola, conversando com os atletas até exageradamente (e um pouco longe dos lances). No Jayme Cintra, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza não ficou proseando com os jogadores e cumpriu a regra em lances parecidos (estando bem perto das jogadas).

Situação 3 – no Marcelo Stefani, muito agarra-agarra na área nas cobranças de bola parada, sem que os árbitros adicionais (AAA) chamassem a atenção (num deles, Rodrigo Caio até tenta puxar o adversário que pede pênalti, embora não tenha tido força suficiente para impedir a disputa de bola). Um dia antes em Jundiaí, por duas oportunidades o Adicional Luciano Monteiro atentamente coibiu esses agarrões chamando a atenção de Jeff Silva do Paulista (sendo que na 2a ficou claro que o árbitro foi ao atleta advertindo-o verbalmente, pelo chamado do AAA).

Situação 4 – ainda em Bragança Paulista, aos 20 minutos Rodrigo Caio deu um tranco um pouco além do permitido no adversário, e o árbitro Cássio Zancopé marcou falta e cartão amarelo (não precisava a advertência). Mas aos 41 minutos, o número 8 do Bragantino fez falta idêntica, igualzinha, sem alguma diferença no próprio Rodrigo Caio, e não foi mostrado o Amarelo. Se preferir outra contradição, segue outro lance:

Situação 5 – Francesco vai para segurar Ademilson, e antes da tentativa de agarrão virar falta o são-paulino pára no lance e ganha a infração, sendo que o árbitro aplica o Amarelo. Mas aos 39 minutos o zagueiro Antonio Carlos estava no ataque, abraça o adversário mantando um contra-ataque só que dessa vez não sai o cartão!

Como se vê, falta uniformização de critérios em partidas diferentes e até no mesmo jogo. Isso é um problema sério (de longo data) e deve ser trabalhado.

Por fim, não pode passar batido: mais uma vez torcedor corinthiano invade o gramado. Poxa, o time está sem mando por culpa dos próprios torcedores, e pode perder mais algumas partidas. Do jeito que vai, por culpa desses idiotas, passará  a Copa do Mundo e o Timão não jogará no Itaquerão…

Observações derradeiras: Grupo A: todos com ZERO ponto. Grupo D: 100% de aproveitamento. Isso diz algo? As vezes não; vide Bragantino 2 x 0 São Paulo: em posse de bola, 22% x 78%! Os números parecem brincar com a lógica…

E aí, algum outro lance a discutir na rodada?

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– Critérios ou a falta deles?

Começou o Paulistão, e logo na primeira rodada já dá para afirmar: o grande problema da arbitragem foi a não uniformização de critérios.

Uniformizar critérios é algo sonhado desde a década de 90. Missão difícil, já que os estilos individuais de cada árbitro podem sobrepor uma igual decisão a todos, dependendo do lance.

Mas vejam só:

Situação 1– na Vila Belmiro, goleiro e atacante adversário disputam uma bola no alto (goleiro tenta socar e cai pedindo infração) e o árbitro Vinícius Gonçalves marca falta no arqueiro (eu não marcaria). No Pacaembú, lance idêntico e o árbitro Leandro Bizzio mandou seguir (acertadamente), embora Fernando Prass tenha reclamado a falta (sem admitir que sofreu o gol por sair atrasado).

Situação 2- no Canindé, Guilherme Ceretta de Lima no clássico Portuguesa x Corinthians procurou contemporizar um ou outro lance mais forte de disputa de bola, conversando com os atletas até exageradamente (e um pouco longe dos lances). No Jayme Cintra, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza não ficou proseando com os jogadores e cumpriu a regra em lances parecidos (estando bem perto das jogadas).

Situação 3 – no Marcelo Stefani, muito agarra-agarra na área nas cobranças de bola parada, sem que os árbitros adicionais (AAA) chamassem a atenção (num deles, Rodrigo Caio até tenta puxar o adversário que pede pênalti, embora não tenha tido força suficiente para impedir a disputa de bola). Um dia antes em Jundiaí, por duas oportunidades o Adicional Luciano Monteiro atentamente coibiu esses agarrões chamando a atenção de Jeff Silva do Paulista (sendo que na 2a ficou claro que o árbitro foi ao atleta advertindo-o verbalmente, pelo chamado do AAA).

Situação 4 – ainda em Bragança Paulista, aos 20 minutos Rodrigo Caio deu um tranco um pouco além do permitido no adversário, e o árbitro Cássio Zancopé marcou falta e cartão amarelo (não precisava a advertência). Mas aos 41 minutos, o número 8 do Bragantino fez falta idêntica, igualzinha, sem alguma diferença no próprio Rodrigo Caio, e não foi mostrado o Amarelo. Se preferir outra contradição, segue outro lance:

Situação 5 – Francesco vai para segurar Ademilson, e antes da tentativa de agarrão virar falta o são-paulino pára no lance e ganha a infração, sendo que o árbitro aplica o Amarelo. Mas aos 39 minutos o zagueiro Antonio Carlos estava no ataque, abraça o adversário mantando um contra-ataque só que dessa vez não sai o cartão!

Como se vê, falta uniformização de critérios em partidas diferentes e até no mesmo jogo. Isso é um problema sério (de longo data) e deve ser trabalhado.

Por fim, não pode passar batido: mais uma vez torcedor corinthiano invade o gramado. Poxa, o time está sem mando por culpa dos próprios torcedores, e pode perder mais algumas partidas. Do jeito que vai, por culpa desses idiotas, passará  a Copa do Mundo e o Timão não jogará no Itaquerão…

Observações derradeiras: Grupo A: todos com ZERO ponto. Grupo D: 100% de aproveitamento. Isso diz algo? As vezes não; vide Bragantino 2 x 0 São Paulo: em posse de bola, 22% x 78%! Os números parecem brincar com a lógica…

E aí, algum outro lance a discutir na rodada?

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– Rolezinho da Maconha?

Está no Jornal Regional de Jundiaí, do Ivan Marcos Machado:

Rolezinho da erva …
Uma amiga conta que, enquanto a Polícia estava voltada para o rolezinho no Maxi, um grupo fez convocação para rolezinho da maconha na região do Nature, no Eloy Chaves.

Meu Deus. Estamos chegando ao fundo do poço, não?

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– Lusa, FPF, CBF e STJD: não há mocinhos…

E a ESPN Brasil noticiou e mostrou um documento da CBF que tenta negociar com a Portuguesa o aceite da série B por R$ 4 milhões.

É ou não é um caso dos mais emblemáticos do futebol brasileiro?

Cadê o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, para defender o seu filiado diante desta indecorosa proposta? Ops: ele é candidato à reeleição da Federação Pualista e hoje será aclamado…

Por quê a Portuguesa não intima o seu diretor Waldir Rocha, que foi a quem o advogado Osvaldo Sestário comunicou a suspensão de Hewérton, e que fez contato com ele por 3 oportunidades, segundo o extrato telefônico, divulgado no último sábado?

Ainda: e o STJD bravo com as decisões da Justiça Comum?

Me parece que todos têm suas culpas no cartório. Que vergonha para o esporte brasileiro!

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– Uma Disputa entre Ateus: do Radical ao Ponderado

Ateus e seus trabalhos no mercado literário estão na moda. O grande sucesso atual talvez seja ainda Richard Dawkins, autor de “Deus, um Delírio”.

Agora “Religião para Ateus”, livro de Alain de Botton, incentiva os ateus a retirarem boas coisas observadas nas religiões, descartando Deus. Ou seja, ver o lado positivo sem acreditar numa força superior.

Abaixo, da Folha de São Paulo (15/10/2011), por Vaguinaldo Marinheiro, Pg E1.

ALAIN DE BOTTON DEFENDE QUE DESCRENTES VALORIZEM ASPECTOS POSITIVOS DAS RELIGIÕES

Deus não existe, é uma criação humana para atenuar nosso medo da morte.

Com essa certeza em mente, temos de olhar para as religiões e ver o que elas podem nos ensinar. Não com suas doutrinas, mas com as técnicas que utilizam para divulgar suas mensagens -muitas vezes com o uso das artes- e com o sentimento de comunidade que constroem.

Essa é a tese defendida em 274 páginas por Alain de Botton em seu novo livro, “Religião para Ateus”, a ser lançado na quinta-feira pela editora Intrínseca.

Será esse também o tema das palestras que fará em Porto Alegre (no dia 21 de novembro) e São Paulo (dia 22) dentro do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento.
Botton recebeu a Folha em seu escritório, em Londres, onde escreve, religiosamente, de segunda a sexta.

Esse suíço de 41 anos, autor de livros como “A Arquitetura da Felicidade” e “Como Proust Pode Mudar sua Vida” (que está sendo relançado), tem uma fala mansa, mas dispara críticas contra ateus radicais, universidades e, claro, religiões.

“Quando falo que precisamos pegar alguns aspectos bons das religiões, logo dizem: “e os horrores cometidos pelas igrejas?”. Eu sei dos casos de pedofilia, da Inquisição, da morte de inocentes… Mas essa não deve ser a única conversa sobre esse assunto”, diz.

DISPUTA DESESPERADA

Sobre os ateus radicais, afirma que saíram perdedores em sua disputa desesperada contra as religiões. E nomeia o principal deles: Richard Dawkins, autor de “Deus, um Delírio”.

“Não adianta o Dawkins ficar repetindo que as pessoas são estúpidas por acreditar em Deus. O que ele oferece em troca? A ciência não resolve algumas das necessidades que as pessoas têm: consolo, comunidade, moralidade, compreensão.”

Botton não defende a volta às igrejas. “Isso não vai acontecer. Nunca retornaremos à ideia de que a Igreja terá uma verdade e será construído um muro em volta dela. Somos democráticos não apenas na questão política mas também no campo das ideias. A verdade hoje é múltipla”, afirma.

Qual a solução, então?

Botton acredita que, primeiro, o ser humano precisa admitir que é fraco e necessita de ajuda.

“O mundo liberal criou em nós a ideia de que somos autossuficientes. Não é verdade. Precisamos de ajuda, de aconselhamento. Mas, se alguém nos oferece orientação, repelimos. Dizemos que não precisamos de babás, que não venham nos dar ordens.”

Nesse ponto, ele envereda por mais questões polêmicas. Acha, por exemplo, que os governos estão certos ao tomar medidas contra o tabaco ou o consumo excessivo de gordura.

“Quando anunciam medidas como essas, a mídia liberal faz um escândalo. Diz que estão tolhendo nossa liberdade. Mas as pessoas aprovam. Tenho um amigo fumante que fica feliz quando aumentam o preço do cigarro, pois precisa de ajuda para parar de fumar. Às vezes, é legítimo que as autoridades tomem medidas para impedir que nos façamos mal. As religiões sempre fizeram isso.”

Sobre as universidades, diz que ficaram técnicas demais e não ensinam as pessoas a viver. “Poderíamos ter aulas de como nos relacionar com os outros, por exemplo.”

No livro, Botton usa seu estilo de ensaísta para discorrer sobre vários aspectos religiosos. Trata de obras sacras, de arquitetura, de grandes sermões e de textos como a Torá e os evangelhos.

Uma vez mais, porém, não foge à polêmica. “Há mais sabedoria nos livros de [Marcel] Proust que no ‘Novo Testamento’. É um comentário herético, mas é verdade.”

No entanto, reconhece a diferença de alcance e influência. “Quem lê Proust hoje? Só uma ínfima minoria. Já o ‘Novo Testamento’ continua a vender milhões de cópias.”

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