Nesta semana, uma série de defesas de pauta politicamente incorretas no mundo do futebol. E creio que ninguém saiu como mocinho da história!
Tudo começou com o jogador alemão Thomas Hitzlsperger, que fez parte da Seleção da Alemanha na Copa de 2006. Ele declarou publicamente ser gay.
O que deveria ser apenas uma questão particular de opção sexual do próprio atleta, virou uma grande polêmica. Alex, zagueiro do Paris Saint-Germain (ex Santos e Chelsea) declarou quanto a isso que:
“Deus criou Adão e Eva, e não Adão e Ivo”.
Ora, qualquer um de nós pode defender ou criticar o homossexualismo como conduta pessoal e princípio de vida. Mas, sem dúvida, todos devem respeitar. É uma questão de cidadania, mesmo que você não concorde. Talvez Alex escolheu um péssimo momento para externar suas ideias e não fez as considerações adequadas.
Porém, quem foi defender Hitzsperger? Joe Barton! Lembram dele? O jogador do Queens Park Rangers que um dia polemizou dizendo “Quem era Neymar? Um jogador cai-cai que jogava na Selva” e que também atacou Thiago Silva, dizendo que ele “parece um transexual em campo”.
Barton realmente partiu para a defesa do fim do preconceito sexual, declarando-se claramente a favor do alemão. O problema que o fez praticando preconceito religioso, declarando:
“Esta atitude é compreensível quando falamos de um religioso sem cérebro, que ainda acredita em um livro de ficção escrito há mais de dois anos“.
O que podemos dizer? Todos (Alex e Barton) estão errados, defendendo suas bandeiras sem respeitar a dos outros.
Vivemos numa sociedade que carece de cidadania. Se a pessoa se assume homossexual, que seja, sem fazer apologia da sua condição a quem é heterossexual. Se é religioso, que seja, sem fazer proselitismo por aí. E se não quiser ser nada ou não defender coisa alguma, tudo bem, desde que respeite os demais.
Quanta gente pisando na bola nessa semana, não? E uma curiosidade: tudo isso aconteceu exatamente 1 anos depois de Boateng abandonar um jogo do Milan por insultos de torcedores por preconceito racial!

