Se você fosse dirigente do seu clube de futebol e lhe fosse ofertado contratar Ronaldinho Gaúcho, quanto você ofereceria a ele por mês?
Pois bem: o presidente Fikret Orman, mandatário-mor do time do Besiktas (Turquia) ofereceu oficialmente cerca de R$ 1.300.000,00 mensais, mais € 20 mil por jogo que entrar em campo. Alexandre Kalil receberá a proposta para cobrir e assegurar a permanência dele em Minas Gerais no Atlético Mineiro ou não.
Tal valor é alto para os padrões turcos, mas não é só pelo futebol dele, e sim pelo projeto de marketing que o clube quer fazer, já que o Besiktas é a 3a força local e está em ascensão no ganho de novos torcedores, atrás do Fenerbahce e Galatassaray.
Ronaldinho ainda vive das glórias catalãs e pela magia que proporcionou em Barcelona. É inesquecível o jogo em que atuou contra o Real Madrid em pleno Estádio Santiago Bernabéu (vitória de 3 x 0), sendo aplaudido pelos torcedores arqui-rivais de pé no 3o gol, após dominar a bola no meio de campo e fazer fila nos adversários e praticamente entrar com “bola e tudo” na meta. E esse é só um dos grandes jogos que por lá fez. No Milan, já se mostrava desinteressado e pouco fez.
Não dá para esquecer os momentos negativos: o leilão que seu empresário (Assis, o próprio irmão) fez com o Palmeiras, acertando posteriormente com o Grêmio e largando o time na mão com a festa armada para a apresentação e fechando em definitivo com o Flamengo. No Mengão, jogou bem (embora, muito criticado pleas festas e baladas que participava).
Recentemente no Atlético Mineiro atuou muito bem, em especial na Libertadores da América. Só que na semifinal decisiva contra o Raja Casablanca, pelo Mundial de Clubes da FIFA, não apareceu no jogo, embora, sejamos justos, marcou um golaço de falta e que nada ajudou.
Toda vez que ouço no nome do R10 me vem a mente a lembrança de um craque irresponsável. Quem não se recorda dele nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 recebendo a medalha de bronze falando ao celular?
Com a experiência que tem, poderia ajudar muito a Seleção Brasileira. Mas como o treinador Luís Felipe Scolari não leva desaforo para casa, dificilmente o convocará para a Copa do Mundo, principalmente após se atrasar na apresentação para o amistoso em Belo Horizonte contra o Chile em abril do ano passado. E sabe de uma coisa? Está certo Felipão, eu também não o levaria.
Por fim: está na minha memória uma entrevista dada por Ronaldinho Gaúcho à Revista Placar, quando estava no auge no Barcelona, onde o jornalista perguntou sobre como administrava suas finanças. E ele disse:
“Não mexo com dinheiro, o meu foco é futebol. E pra ser sincero, nem sei quanto ganho. Minhas roupas são todas de presentes do meu patrocinador, nunca paguei um almoço porque ninguém quer cobrar e nas festas que eu frequento sou convidado. Só pago a gasolina no posto, mas não sei quanto pago pois é débito automático“.
E você, o que acha? Vale contratar Ronaldinho Gaúcho para seu time? E se vale, a que preço?
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