O Lanus aceitou jogar contra o Libertad num estádio de 10.500 lugares pela semifinal da Copa Sulamericana. Seria pela política do bom relacionamento, já que o clube paraguaio é a equipe do todo-poderoso presidente emérito da Conmebol Nicolas Leoz, que se licenciou do cargo ocupado a décadas mas que ainda dá seus pitacos?
Contra a Ponte Preta, não haverá a mesma cordialidade e o jogo será no Pacaembu, pois, segundo a entidade, o Moisés Lucarelli não suporta 20.000 pessoas.
Fica o questionamento: qual o argumento para que se exija determinada capacidade de público para os estádios em regulamentos oficiais?
No Paulistão, pede-se 15.000 lugares. Exceto a clubes fundadores, como o Juventus, por exemplo, que pode mandar suas partidas na pequenina e charmosa Rua Javari (Estádio Conde Rodolfo Crespi).
Para mim, pura bobagem. O clube deve mandar no seu estádio, desde que exista segurança, primordial critério para liberar uma praça esportiva.
As arquibancadas de um determinado campo recebem até 18.000 torcedores sentados confortavelmente e com tal contingente é seguro? Ok, jogue lá e se venda o número determinado de entradas. Pra que se exigir capacidade mínima, senão com a justificativa de ganhar dinheiro com a renda?
Em suma: os regulamentos são criados nunca pensando no bem estar do jogador e dos torcedores, mas sempre visando artifícios que favoreçam os organizadores. Ou alguém duvida disso?

