Na partida disputada no Maracanã neste domingo a tarde, um erro do árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva foi fundamental para a vitória do Fluminense contra o São Paulo. Mas o curioso é que: o erro do árbitro sucedeu um “quase-erro” do treinador que acabou se mostrando indiretamente um acerto! Vamos entender?
O zagueiro Gum (ex-Paulista de Jundiaí e Ponte Preta) havia recebido cartão amarelo aos 58m de jogo por falta em Osvaldo, e eis que, aos 71m, ele pratica um carrinho em Lucas Evangelista (o jogo estava 1 x 1). Lance clássico para Cartão Amarelo, e por ser o segundo, consequentemente o Vermelho, sem dúvida na interpretação. Se você quiser procurar um exemplo de lance para Cartão Amarelo, essa jogada do Gum é o “bê-a-bá” da explicação. Mas o árbitro se equivoca e não aplica a advertência.
E para azar do juizão (e por tabela, do São Paulo), aos 43m o Fluminense desempata e vence a partida, com gol de… Gum!
Observações da situação:
Quando o árbitro sente que perdeu o “timing do cartão” – e foi justamente isso o que aconteceu com Márcio Chagas – ele sente a necessidade de punir o atleta na primeira oportunidade que tiver, a fim de não perpetuar o erro!
“Perder o tempo do cartão” significa que houve uma leitura ruim da jogada, que errou na interpretação e após um pequeno período de tempo o árbitro “se manca” que errou. A busca em corrigir a falha começa, e a qualquer jogada faltosa do jogador ele receberá tardiamente o Amarelo de outrora. O problema é que Gum não fez mais nenhuma falta para o árbitro remediar o erro! Dessa forma, o São Paulo que empatava com seu time misto e poderia jogar contra um adversário com 10 jogadores por mais de 20 minutos, foi batido justamente por aquele que deveria ter sido expulso.
O detalhe maior é que: treinador, quando sente que o atleta vai ser expulso, imediatamente substitui o jogador para não ter que terminar a partida com um jogador a menos. Alguns treinadores substituem o atleta assim que ele recebe cartão amarelo, e o mais emblemático nessa prática é o treinador do Vitória, Ney Franco. Porém, Dorival Jr, técnico do Fluminense, a priori errou ao não substituir Gum, que possivelmente seria expulso na primeira oportunidade. Mas o seu erro, por acaso, se tornou um grande acerto para o Tricolor Carioca!
A minha dúvida é: Dorival errou e sem querer se deu bem, ou foi um acerto pois confiava tanto que Gum se comportaria exemplarmente em campo e resolveu deixá-lo no jogo?
Por fim: um jogo em que, na minha opinião, o árbitro interferiu no placar.
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