Cruzeiro Campeão Brasileiro da Série A, Palmeiras Campeão Brasileiro da Série B e o Palmeirinha do Medeiros Campeão Jundiaiense da Série A.
O que esses 3 times têm em comum além da origem italiana e a conquista de título em 2013?
Muita coisa!
Vejamos: os 3 treinadores – Marcelo Oliveira, Gilson Kleina e Mauro Peixoto – ganharam o título mais importante de suas carreiras; são considerados baratos e demonstram sempre muita humildade em suas entrevistas.
Os 3 times – Cruzeiro, Palmeiras e Palmeirinha – são de baixo custo e com jogadores que antes do campeonato não se apostava muita coisa, como Willian, Juninho e Morato, respectivamente (em que pese, no caso do Verdão, o “fardo Valdívia” que destoa dos salários dos demais).
Os 3 clubes têm dirigentes de destaques pelo seu ótimo trabalho – Alexandre Mattos, que mudou a política de contratação; Paulo Nobre, presidente que conseguiu apaziguar o inferno político que o clube vive; e Vado Segli, que há décadas organiza o clube com um amor paternal.
Financeiramente, os 3 passaram por reestruturações: o Cruzeiro refez o elenco com jogadores menos caros, o Palmeiras vive de empréstimos e redução de custos, e o Palmeirinha sobrevive com doações de beneméritos do bairro e as rifas que o “Vartinho” vende.
O Brasil da primeirona e da segundona está coroada com clubes das cores que homenageiam a Azurra e a Itália. Jundiaí, idem.
O ano do futebol nacional e regional está quase encerrado. E como será 2014?
Até nisso os 3 times são similares, pois viverão provações: o Cruzeiro terá o desafio em mostrar na Libertadores da América (talvez contra o seu arquirrival Atlético) que a regularidade não foi uma falsa impressão de um único ano bom. O Palmeiras terá que provar que voltou pra valer e seu projeto não servia apenas para se livrar da 2a divisão, mas de voltar a conquistar títulos na 1a. E o Palmeirinha do Vado, do Tião, do Zé Preto e de tanta gente, terá a missão de mostrar que Jundiaí ainda conta com os tradicionais times de bairro, históricos, como o Estrela da Ponte, Engordadouro e tantos outros, em meio aos novatos que surgem cada vez mais rápido e com gastos que beiram equipes profissionais, bancados muitas vezes por mecenas desconhecidos.
Parabéns aos campeões!
