Essa vem do jornalista André Longarini: e a vantagem no pênalti aplicada por Sandro Meira Ricci na partida Goiás x Botafogo?
Respondo: a decisão foi corajosa! Muitos crêem que não existe vantagem em pênalti. É claro que ela existe, mas de tão rara, poucos marcam.
Entenda: um árbitro pode deixar de marcas faltas (dentro e fora da área) para dar mais dinamicidade na partida, levando em conta que a equipe que sofre a infração esteja se beneficiando do lance. Para isso, deve avaliar: o local da falta (na defesa ou no ataque?); a posição da bola (perto do gol; sobrará para alguém que a dominará tranquilamente?); a gravidade da falta (precisa paralisar o jogo pela lesão?) e o ambiente da partida (é prudente parar a partida pelo clima tenso?).
Normalmente, a vantagem é a posse de bola de alguém que domina e continua o jogo. Mas, para equipes que tem bons batedores de falta, se a falta é na entrada da área, muitas vezes a real vantagem é marcar a infração.
No pênalti, normalmente a vantagem é marcar o tiro penal. Mas existe exceções: e se a bola estiver sobrando para um atacante colocá-la para dentro? Paralisa-se o jogo e marca a infração? Claro que não… Nessa situação, o árbitro deve avaliar: qual a chance maior de se fazer o gol – o pênalti ou a conclusão da jogada? Lembre-se que, neste ano, muitos pênaltis foram desperdiçados…
Na partida em Goiânia, o goleiro faz pênalti no botafoguense Elias. Sandro Meira Ricci está muito bem colocado, e tem a sensibilidade de prever a sobra de bola para Rafael Marques (que de fato acontece) e dá a vantagem. Como diria o narrador: “Ele, a bola, o gol e… um só zagueiro em cima da linha”! Mas o atacante do Fogão desperdiça o lance.
Aí não dá para culpar o árbitro, mas sim a péssima finalização do jogador.
Não esqueça: vantagem em pênalti existe, é difícil de se dar, e para resultar em gol, depende da qualidade do jogador.

