– O pênalti em dois toques de São Paulo x Vitória

Responda rápido: é válido um gol de pênalti em dois toques?

Surpreenda-se com a resposta: sim! Mas não como o de Juan na partida no Morumbi, válida pelo Brasileirão da série A.

Entenda: o tiro penal deve ser sempre cobrado por um jogador identificado (não vale um ameaçar cobrar e outro chutar, como em cobranças de falta ensaiadas) e sempre tocando-a para a frente (não necessariamente para o gol). Euller, o “filho do vento”, que começou a carreira no América-MG, se aprimorou nesse detalhe no final da carreira: nas cobranças de pênalti, um companheiro chutava a bola em diagonal, ele usava a sua velocidade, dominava-a e chutava para o gol. Estratégia arriscada, mas válida, em pênalti convertido por dois toques.

O que não pode é um mesmo jogador tocar seguidamente a bola, e isso vale para qualquer cobrança de tiro (Tiro Inicial e Tiro de Reinício de Jogo; Tiros Livres Direto e Indireto; Tiro de Meta e Tiro de Canto; e, claro, Tiro Penal).

Um jogador só poderá tocar na bola novamente após cobrar um tiro (qualquer que seja) depois de um toque de qualquer outro atleta (companheiro ou adversário). E tocar não significa que seja voluntário, pode ser um toque por domínio claro, leve resvalão ou desvio inesperado. Mas atenção: tocar na trave, na bandeira de escanteio ou em alguém da arbitragem não vale, pois são neutros.

Se um jogador cobrar um tiro livre (ou penal, como Juan) e a bola simplesmente relar nele antes do toque de outro adversário, é marcado um tiro livre indireto para a equipe adversário no local onde aconteceu o “bi-toque”. E um detalhe: se o segundo toque for na mão, é tiro direto.

Agora, pense: quantas vezes você viu tal lance em uma partida profissional? Situação realmente inusitada… Juan cometeu infração, mas passou batido para o juizão.

url.jpg

2 comentários sobre “– O pênalti em dois toques de São Paulo x Vitória

  1. Olha Porcari não adianta levar arbitro para granja comari,fazerem discursos pirotécnicos, falar bonito sem nenhum resultado prático ” vide Perassi de SP “, falar com eloquência e magnifico, arbitro tem que ter vivencia, não adianta pegar um Daronco, hoje dizem o melhor do RS, árbitro comum sem nenhuma vivencia. Verdade seja dita olhar a arbitragem de hoje com a de dez anos atras da vontade chorar.

    Curtir

  2. Sílvio, a arbitragem de 10 anos atrás brigava para ver quem ficaria de fora da FIFA, pelo número de bons árbitros. Hoje, briga-se para tentar preencher o quadro, pois faltam nomes.
    O problema maior é: qualidade dos dirigentes, estratégias de renovação, número de árbitros e meritocracia!

    Curtir

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.