Os 4 grandes clubes paulistas tiveram situações – sofridas ou provocadas – de falta de espírito esportivo em seus jogos. Vamos lá?
PALMEIRAS: o Valdívia tentava, insistia, irritava em tentar receber um cartão amarelo no jogo contra o Paraná Clube. O jogador desfalcará seu clube pois estará servindo a Seleção Chilena, e por já possuir dois cartões amarelos, queria receber o 3o e aproveitar o jogo seguinte de desfalque para cumprir a suspensão automática. O árbitro carioca Schenedeir, um dos maiores aplicadores de cartões do Brasil (vide seu histórico) não lhe dava o tão desejado amarelinho. Lembrei-me de um jogo em que Renato Gaúcho, jogando pelo Fluminense, se encontrava na mesma situação de Valdívia. E reclamou tanto com o árbitro Márcio Resende de Freitas, que o juizão acabou o expulsando. Hilário!
Em tempo- Valdívia recebeu o Cartão Amarelo, e segundo Flávio Zveiter (do STJD), o caso será avaliado como atitude antidesportiva e pode indiciar o palmeirense. Mas tantos jogadores fazem isso e nunca vi nem o Zveiter-pai ou o Zveiter-filho procederem assim…
SANTOS: Montillo esteve em má fase no Peixe, e enfim tem conseguido jogar bem nas últimas partidas. De bom caráter e de boa passagem no Cruzeiro, ao enfrentar seu ex-clube no domingo, foi vaiado e ofendido por membros de uma Organizada.
Ué- o cara joga num time e vira refém dele? Torcedor guarda tanta mágoa assim? O que fez Montillo para ser odiado?
CORINTHIANS: No final do primeiro tempo, Emerson Sheik vai dividir a bola com o goleiro Wilson, e numa interpretação hollywoodiana dobra instantaneamente os joelhos na proximidade do mesmo. Simulação descarada, jogando a torcida contra o árbitro e dando péssimo exemplo. Acertou o árbitro goiano Elmo da Cunha ao não marcar pênalti (como tem goiano apitando, perceberam?). Mas o que esperar de jogador que vez ou outra agride seu adversário até mesmo com mordidas? Não há árbitro que goste do atacante corinthiano.
Aliás- no final do jogo, Sheik me lembrou Neymar, reclamando do calendário: não quer jogar no dia das mães ou no dos pais. Lembram-se que o ex-santista, após perder do Paulista de Jundiaí no Estadual deste ano em pleno Pacaembú, reclamou que a culpa era do “Domingo de Carnaval”?
SÃO PAULO: em fase ruim, nada ajuda. Contra a Portuguesa, pênalti perdido pelo Rogério Ceni, jogador marcando gol de mão bem anulado e um horroroso Rodízio de Faltas, algo incomum ao time do Morumbi. Em 12 minutos, 4 faltas em Souza, ex-tricolor.
A propósito- apesar do árbitro carioca Rodrigo Nunes de Sá ter ido bem (repararam que o presidente da CA-CBF, o goiano Antonio Pereira da Silva mudou os critérios? Paulista apitando clássico carioca e vice-versa? Eu apoio a iniciativa neste momento do torneio, pois dá rodagem ao juiz), ele falha na questão da postura disciplinar. Como jogadores lusos e sãopaulinos conversaram com ele! Se o jogo fosse mais difícil, teria se perdido.
Enfim: os clubes estão nervosos, as torcidas impacientes e a qualidade do futebol baixa. E com isso, dane-se o bom comportamento. Ou não?
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