Vitória por 3 x 0 sempre é um placar incontestável. E o Brasil conseguiu esse score com muita entrega, motivação e bom futebol.
Mas… calma lá! Encontramos o caminho, Felipão conseguiu o que Mano Meneses não houvera feito (ter um time definido) e a torcida voltou a sentir orgulho da Camisa Amarela; porém, o futebol arte precisa ainda ser buscado.
Lembremo-nos que o Brasil inibe o adversário com antijogo no meio-campo: faltas táticas que não permitem que o adversário jogue, que são eficazes mas contestadas (e Iniesta observou bem isso). Com um árbitro mais rigoroso, poderíamos ter maior número de cartões e por conseguinte alguma expulsão.
Nossos laterais ainda não convenceram: o Daniel Alves do Barcelona ainda não se mostrou em campo, não tem a mesma regularidade que costuma ter na Catalunha. Marcelo mostra marra dentro e fora de campo, e em alguns momentos mostra certa arrogância. Oscar ainda não é unanimidade, embora tenha jogado melhor nas últimas partidas.
O dopping psicológico foi bacana; deve ser assim na Copa do Mundo. E depois?
O árbitro Bjorn Kuipers foi bem, embora um ou outro cartão amarelo (a Oscar, por exemplo), foi trocado por advertência verbal. Quase fugiu das suas características quando começou a usar esse expediente (o de conversar), mas durante a partida engrenou. Sem lances polêmicos.
O jogo se tornou difícil para a arbitragem em alguns momentos justamente pela surpresa do selecionado espanhol, a certo ponto assustado pelo abafa da Seleção Brasileira e reclamando em demasia. O gol no início ajudou para que o Brasil tivesse tranquilidade. Me pareceu nesta final (e em outras partidas) que o nível de concentração da Seleção é muito maior do que os adversários no início do jogo, tirando proveito em gols. Isso é bom.
Fico curioso: e se existisse um ilusório “jogo de volta”, em Madrid, no próximo domingo? Qual seria o placar?
Entrega da premiação ao vice é um “mico”. Se fosse ao Taiti, festa e aplausos. Mas Argentina ou Espanha, seria esse clima de velório mesmo. Chega a ser humilhante para o perdedor ver a festa do seu algoz.
Enfim, merecidamente o Brasil é campeão da Copa das Confederações. Parabéns ao Scolari. Há menos de um ano, sem elenco, era rejeitado e se afundava com o Palmeiras à 2a divisão. Com time selecionável e suas estratégias psicológicas (além da competência em administrar egos e estrelas), novamente consegue um título.


Vamos lá: se houvesse jogo de volta, domingo, em Madri, terminaria empatado. Nem a Espanha só joga bem em casa nem o time do Felipão é caseiro. O jogo dos 3×0 foi, de fato, exceção, aquela pegada não se repete todo dia, o time foi preparado para vencer a Espanha. E venceu.
QUANTO AO MANO…Tadinho, não montou um time porque seleção é coisa de gaúcho macho, como é o Felipão, grosseiro, turrão, mandão. O conterrâneo era educado, fino, afável, e aí, não deu! Como o outro conterrâneo dele (que disse que ele “fala muito! fala muito!) deve estar morrendo de inveja, não vai passar de um treinadorzinho corintiano, mesmo tendo se tornado um vencedor. É o que penso.
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