Se eu me tornasse presidente da FIFA, ficaria extremamente preocupado com a Copa do Mundo no Brasil. Afinal, a entidade se tornou uma vilã instantânea nos protestos.
Antes, qualquer boa partida de futebol e/ou amistoso da Seleção calava críticos, desde que em suas praças. Hoje, aqueles que antes estavam quietos, resolveram falar e o brasileiro parece mais resistente ao pão-e-circo.
Para a Copa da Colômbia em 1986, o presidente da época alegou dificuldades econômicas e a Copa foi para o México. Mas se isso acontecesse com o Brasil?
Os “elefantes-brancos” se tornariam mais deficitários; o prejuízo institucional, de imagem e turístico, seria monstruoso. E tudo o que foi gasto, dito como investimento em infraestrutura e legado, seria ainda mais desmascarado. Afinal, onde estão as obras deixadas em favor do povo, independente do futebol (como hospitais, mobilidade urbana, entre outras)?
Talvez para a FIFA mudar o país-sede não seja tão difícil do que parece: ou alguém duvida que a Inglaterra ou a Alemanha estejam prontas para uma mudança emergencial? Até os EUA estariam preparados.
No ritmo que vai, tal hipótese não poderia ser desprezada. Feliz ou infelizmente.

