– O Contraste de Gente de Bem com Bandidos nos Protestos em Jundiaí

Uma multidão foi às ruas protestar contra a corrupção em Jundiaí. Da Avenida Nove de Julho, passando pela Avenida Jundiaí e fechando a Rodovia Anhanguera, os manifestantes pediam um país menos corrupto, a atenção sobre a PEC 37, o fim da gastança desenfreada nos estádios da Copa e outras causas nobres.

Tudo muito justo, democrático, com gente de todas as idades (mesmo com muitos oportunistas de partidos políticos tentando tirar proveito e não conseguindo). Entretanto, quando se exalta e foge da razão, uma massa popular pode ser perigosa.

Quer um exemplo?

Como chegar aos hospitais de Jundiaí para atendimento emergencial, se irresponsavelmente a Anhanguera foi fechada? Quem se serve dessa via para chegar ao Centro, ficou isolado! Protestar é direito, DESDE QUE NÃO SE FIRA O DIREITO DO OUTRO. O excesso não pode ser ignorado.

É claro que no meio de gente cidadã, lutando por um Brasil melhor, há quem foi para o protesto como se vai para uma festa, sem ao menos saber a pauta. Isso também é ruim. Afinal, há gente exacerbando ideias confusas, oba-oba e princípios nada corretos, claramente CONFUNDINDO DEMOCRACIA COM ANARQUIA.

Eu tinha 9 anos e atentamente aprendi, na inocência de uma criança, que as pessoas tinham o direito de se manifestar com os atos da Eleição de Tancredo Neves e o fim da Ditadura Militar. É o primeiro grande momento histórico que tenho na lembrança.

Quando jovem, vivi intensamente os protestos contra Collor e a revolta dos eleitores. Jovens como eu, de cara-pintada, sabendo o que faziam.

Hoje, bem maduro, entristeço ao ver que em meio a esses belos movimentos democráticos esteja gente mascarada, com camisetas amarradas na cabeça ou rostos escondidos. A FIM DE QUÊ ESCONDEM SEUS ROSTOS? Para praticar atos marginais?

Lamentavelmente, destruíram a Avenida Jundiaí; subiram ao Centro e saquearam as lojas; confrontaram a Polícia infringindo leis básicas da boa convivência social.

Claro que é uma minoria quem fez isso; mas ela se aproveita das maiorias que muitas vezes se descuidam do combinado. A manifestação não era para ser de rosto descoberto, e até o Parque da Uva? Por que avançou a Anhanguera? Aliás, para quê?

Sou democrata, apartidário, contra a Copa, contra a PEC 37 e contra a Corrupção. Mas sei que a minha manifestação deve ter limites sociais. Senão, a bagunça generaliza.

Nas redes sociais, se vê a mistura do entusiasmo de gente pacífica com os rastros de destruição de vândalos. Aí vem outra questão, mais profunda: vai se protestar até quando? O recado já foi dado, as autoridades estão preocupadas e os políticos assustados.

Depois de tudo isso, parece que vai se perdendo o propósito. Protestar por protestar parece ilógico. Aí, vira farra e os aproveitadores de plantão aproveitam a ocasião.

O vandalismo, concretamente registrado pode ser observado nesses links:

Jornal de Jundiaí (Rafael Amaral): http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&Int_ID=205122

Bom Dia Jundiaí (Aline Pagnani, Fábio Pescarini, Michele Stela): http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalh/52480/Milhares+saem+as+ruas+em+nome+de+mudancas

Rádio Cidade (Rafael Santos):

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.610507435634728.1073741855.100000264321484&type=3

Globo (Luana Eid):

http://m.g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/06/tropa-de-choque-usa-bomba-para-dispersar-manifestantes-em-jundiai.html

JORNAL DE JUNDIAÍ

Depois de uma manifestação pacífica, um pequeno grupo apelou para a violência e deixou a avenida Jundiaí parcialmente destruída – com orelhões quebrados, um caixa eletrônico totalmente depredado, a porta de uma loja afundada e diversos postes de luz derrubados no canteiro central. Durante os eventos ocorridos ontem, a maior parte dos manifestantes se concentrou na avenida 9 de Julho. 

Uma segunda e menor parte esteve na rodovia Anhanguera, impedindo a passagem de veículos. Os conflitos começaram ali, quando a Polícia Militar teve de utilizar força para que os manifestantes liberassem a rodovia. A retirada gerou revolta nos presentes, que passaram a lançar pedras contra a PM. A polícia, por suas vez, respondeu com bombas de gás, segundo informações de alguns manifestantes. 

Quarenta homens da Tropa de Choque se posicionaram na avenida, em frente ao Parque da Uva. Enquanto isso, rapazes chutavam orelhões e os arrastavam pela via. Os lixos foram jogados no meio da rua e incendiados. O professor César Santos, 39, participou da manifestação com seu filho de 13 anos e lamentou que um protesto iniciado pacificamente tenha sido prejudicado, ao fim, por um pequeno grupo.

”Quando fiquei sabendo que ocorriam conflitos, subi para a avenida Jundiaí para ajudar a pacificar a situação.” O tenente-coronel Aloysio Alberto de Queiroz, do 11º Batalhão, esteve no local e confirmou a necessidade de utilizar a força para retirar os manifestantes da Anhanguera. 

Ele também lamentou o desfecho de um protesto pacífico. Um garoto foi detido pela polícia, sob a suspeita de furto. No Centro, lojas foram saqueadas. Em uma delas, seu proprietário disse que levaram roupas e tênis e que a polícia tentava encontrar os responsáveis durante a madrugada. 

Comércio – Com medo dos manifestantes, lojas fecharam suas portas mais cedo no Centro e na região da 9 de Julho. O JundiaíShopping fechou às 17h e alegou que era por motivos ligados à mobilidade dos funcionários, pois muitos dependiam de ônibus. O Paineiras Shopping também fechou as portas mais cedo.

BOM DIA JUNDIAÍ

Vários grupos saíram de Jundiaí em direção à prefeitura ao longo da noite de ontem. Pedras chegaram a atingir o prédio e o secretário da Casa Civil, Zeca Pires, e o presidente da Câmara, Gerson Sartori, desceram para conversar com os manifestantes e marcaram uma nova reunião para discutir melhorias no transporte público, segundo apurou o BOM DIA.

Por volta de 22h a polícia teve que retornar lá, mas já havia uma confusão generelizada pela cidade, principalmente na avenida Jundiaí, transformada em praça de guerra.

Foram dezenas de bombas de efeito moral, uso de spray de pimenta e muita correria. Para dispersar a multidão que interditava a rodovia há pelo menos quatro horas, ao menos 20 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar fizeram uma barreira e seguiram até a altura  do Parque da Uva, disparando mais bombas de efeito moral.

A correria foi grande e os carros seguiam na contramão e de ré pela avidena para fugir, tanto dos manifestantes quanto dos policiais.

Com pedaços de paus e pedras, os manifestantes atingiram  lojas e empresas. As ruas transversaris serviram para muitos dos pacíficos se esconderem dos mais exaltados.

Na tentativa de atingir uma fachada, um jovem atirou uma pedra e acertou a cabeça de uma estudante. Ela chegou a cair mas não apresetou ferimentos.

O tumulto durou cerca de uma hora até que os manifestantes se dispersassem.

bloqueiro / A avenida Jundiaí – e suas ruas transversais-, Dona Manoela Lacerda de Vergueiro, e as ruas Elias Juvenal Melo, Barão de Teffé foram interditadas pelos manifestantes por pelo menos duas horas. Os motoristas que tentavam passar o bloqueio eram hostilizados.

Amigos dividem a conta para dar vida á velha panfletagem
Em plena era da internet, da comunicação em massa pelas redes sociais, Juliana Cavalcanti, 19 anos, uma vestibulanda que sonha em cursar medicina, e Débora Aparecida, já formada em comércio exterior (e empregada no ramo) aderiram à velha panfletagem para protestar contra os gastos com a Copa do Mundo.

As duas confeccionaram pequenos panfletos e contaram com a ajuda de amigos para rachar a conta da fotocopiadora no Centro. “Valeu a pena”, disse Juliana. As duas estavam paradas próximas ao Terminal Central e distribuiam os papéis enquanto a multidão passava por eles no fim da tarde de ontem.

MAIS- Congestionamento de quilômetros
Até às 22h de ontem a rodovia Anhanguera continuava com os dois sentidos de tráfego interditados. O congestionamento foi registrado do Km 56 ao Km 61, onde há acesso para outras estradas. 

Morador do bairro Retiro, o vigia Odair Pereira, 53 anos, ficou horas em um ponto de ônibus às margens da via esperando o ônibus que pega para ir ao trabalho, em Louveira. “Eu ouvi falar da manifestação, mas não sabia que seria tudo isso. Cheguei no ponto antes das 18h porque o ônibus normalmente passa 18h10, mas nem sinal dele hoje”.

Hinos de protesto 
Gritos de não violência, menos dinheiro para a Copa e mais investimento na saúde e na educação e até mesmo críticas ao jogador Neymar, afirmando que ele vale mais do que um professor que estudou para ensinar. Esses foram alguns dos hinos defendidos.

RÁDIO CIDADE

A manifestação realizada em Jundiaí levou às ruas cerca de 25 mil pessoas. Infelizmente uma minoria aproveitou para vandalizar e realizou estragos em diferentes pontos da cidade. Alguns estabelecimentos comerciais foram depredados. Duas lojas que comercializam pneus, agências bancárias e um terminal eletrônico foram os principais alvos. Muito lixo ficou espalhado pelas ruas. Lojas de carros, uma clínica médica, orelhões e postes de iluminação também foram danificadas. Registro de vândalismo também na Nove de Julho, Paço Municipal, TV TEM e uma loja de roupas no centro da cidade

GLOBO

A Tropa de Choque da Polícia Militar de Jundiaí (SP) foi acionada para dispersar os manifestantes que interditaram o km 56 da rodovia Anhanguera na noite desta quinta-feira (20). Eles jogaram bombas de efeito moral para que os protestantes saíssem do local. A rodovia, que ficou cerca de quatro horas interditada, foi liberada às 22h15, de acordo com a concessionária que administra o trecho.

Com a chegada da Tropa de Choque no local, parte dos manifestantes correu em direção a avenida Jundiaí. Houve confusão e gritaria. Mesmo assim, a outra parte do grupo permaneceu na rodovia Anhanguera e entrou em confronto com os policiais. Em resposta a ação da Tropa de Choque, protestantes mascarados jogaram bombas caseiras contra os policiais.

Enquanto que a minoria entrava em confronto com a polícia, os outros manifestantes gritavam: “Sem Violência!” Depois de alguns minutos de confusão, a Tropa de Choque conseguiu liberar totalmente as duas pistas da rodovia Anhanguera e os manifestantes seguiram em sentido a avenida Jundiaí. Durante a interdição, as duas pistas da rodovia Anhanguera ficaram com congestionamentos de cinco quilômetros, nas duas pistas, informou a concessionária.

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