Parece que os “Vândalos da Paulista” perderam espaço para jovens realmente engajados.
Boa, gostei. São manifestantes legítimos e surpreendentes, pelo fato do povo ser costumeiramente acomodado. Mas o que, especificamente, se pede?
Era pelo ônibus? Depois contra a Copa? Contra 10 anos Petistas na República ou décadas do PSDB em São Paulo? Ou contra tudo e ao mesmo tempo subjetivamente contra nada em específico?
Contra a corrupção é valido, desde que não exista violência. Mas vimos bombas contra a ALERJ e incêndio de carros de cidadãos comuns no RJ; isto é bandidagem. E vandalismo tentando arrebentar portões do Palácio dos Bandeirantes? Sem contar a arruaça na Prefeitura, ontem. Idem sobre isso.
Por quê não se mostrou o processo democrático de protesto não votando em Tiriricas e Genoínos? Fizeram o mesmo contra o Mensalão?
Por quê não se protestou contra a Copa em 2007, quando o Brasil foi escolhido? Depois de pronto, vai demolir tudo? Aí é burrice, pois o prejuízo é maior.
Aliás, será que vivemos um país rachado? Dilma e Lula com popularidade estratosférica, contrapondo-se a manifestações gigantescas de rua. Como entender isso?
De fato, o país está confuso…
As manifestações pacificas e suas causas são justíssimas e faço coro. Nunca quis Copa do Mundo, pois, para mim, o dinheiro deveria ser revertido para a Saúde e para a Educação. Além de quê, detesto essa corja corrupta e demagógica que governa o Brasil. Mas temos que ser coerentes e decentes: quebradeira de bens públicos e críticas tardias de nada valem; ao contrário, maculam.
Vamos mudar o Brasil, pelo voto e com paz. Sem troca de bolsas-assistenciais mas com emprego especifico. Colocando o pão-e-circo do lado e de maneira racional. E, claro, com objetivos claros: sem promoção de grupos pessoais e/ou políticos.
A propósito: viram algumas radicais com bandeiras de partidos nanicos? Sim, elas apareceram com membros de extrema esquerda, misturando-se com jovens intelectuais liberais.
Há de tudo, há todos, há por tudo.
Há os que querem mudar o Brasil. Há os que querem farra. Há os que nem sabem o motivo de estarem lá.
Há, enfim, esperança. Mas que ela venha mansa e objetiva, sem demonstração raivosa ou fanática.

