Nesta 5a rodada do Brasileirão da série B, um erro determinante da arbitragem causou a derrota do Palmeiras frente o Sport, em Recife.
Quando há um erro relevante de arbitragem no primeiro minuto de jogo, permite tempo ao prejudicado para tentar alterar o placar. Mas aos 48 minutos do 2o tempo, aí não dá!
Vamos lá: cobrança de escanteio para o time pernambucano (aliás, confesso até ter dúvidas de que, quando a bola saiu pela linha de fundo, ao invés de escanteio, o lance não teria sido tiro-de-meta), e depois de um rebote, a bola sobra para o atacante Nunes, que a ajeita com o braço para dominá-la e chuta para o gol, marcando o tento da vitória.
Lembre-se: no futebol, o conceito de mão é amplo: entenda-se “uso indevido das mãos na bola” (como diz a Regra), sendo mão, braço e antebraço.
No lance citado, fica nítido que o jogador do Sport domina deliberadamente a bola. Não foi toque involuntário, foi proposital e que resultou num gol ilegal.
Repare o seguinte: o árbitro matogrossense e aspirante à FIFA, Wagner Reway, está muito bem posicionado na jogada, atrás de Nunes. Ele vê o braço direito aberto e buscando a bola; porém, equivocadamente entende como “bola que bate na mão“, e não o inverso. Seu assistente no.1, o bandeira Paulo Cesar Silva Faria, nada pode fazer pois há muita gente na frente dele, em que pese também a distância.
E quem poderia salvar o árbitro de cometer tal erro?
Somente um bom árbitro assistente adicional, chamado de AAA, que existe no Brasileirão da série A, mas que por economia não é escalado na série B. Se existisse o AAA, ele teria visão privilegiada do ocorrido e poderia ajudar o árbitro a invalidar o gol, marcando tiro livre indireto a favor do Palmeiras e aplicando o cartão amarelo ao atleta do Sport-PE.
Fica claro mais uma vez: o AAA (que não existe na Regra, pois seu uso ainda é considerado experimental pela FIFA) faz bem ao futebol e auxilia a arbitragem. Tão claro também é a necessidade de permitir o uso de imagens para correção de erros; já imaginaram se o Palmeiras pudesse pedir para o árbitro rever a sua decisão e ele corresse até uma TV junto ao 4o árbitro, a fim de tirar a dúvida?
Eu sou a favor do uso da tecnologia do futebol, de forma moderada e bem pensada. E você?

