– Análise da Arbitragem de Palmeiras 1 x 2 Tijuana

Sabe aquele aluno de escola ginasial de periferia que, em meio as dificuldades, sempre vai bem? Depois consegue ir para o ensino médio um pouco melhor, sente o baque mas se estabelece? Só que aí pega confiança demasiada, relaxa, e na hora do vestibular… acaba indo mal?

Esse foi o árbitro Juan Soto, no jogo de ontem entre Palmeiras x Tijuana. O venezuelano surgiu ainda jovem como bom nome para a arbitragem sulamericana, teve suas primeiras oportunidades em jogos mais fáceis e correspondeu positivamente; em 2012, fez uma temporada excepcional, ganhando experiência em jogos da Conmebol e se destacando. Em 2013, nas partidas da primeira fase da Libertadores, foi muito bem – e destaque para o jogo Libertad 2 x 0 Palmeiras, onde ocorreram reclamações infundadas do time brasileiro, especialmente numa confusão envolvendo Henrique.

(vide a partida citada em: http://pergunteaoarbitro.blog.terra.com.br/2013/03/01/libertad-2-x-0-palmeiras-reclamacoes-justas-ou-nao/)

Na partida do Pacaembu, em jogo decisivo, Soto sentiu a pressão. Equivocou-se em muitos lances! Mas calma: ele não foi determinante para a eliminação do Palmeiras no jogo de ontem (Talvez mais decisivo tenha sido o árbitro uruguaio Martin Vásquez no jogo de ida, onde deixou de marcar um pênalti claro sobre Wesley; ou ainda a falha do goleiro Bruno ou os chutes sem direção de Souza em cobranças de falta).

Soto levou trombada da bola e de jogadores por duas vezes (isso indica má posicionamento em campo); aplicou cartões amarelos sem um critério definido (indica dificuldade na leitura do jogo); atrapalhou-se expulsando um jogador por segundo cartão amarelo sem ter lhe dado o primeiro (indica desconcentração) e marcou um pênalti inexistente de bola na mão ao invés de mão na bola (indica falha técnica).

No somar dos erros relevantes: 1 lance a favor do Palmeiras (pênalti inexistente, pois a bola bate sem intenção no braço/mão do jogador mexicano) e 1 lance contra o Palmeiras (gol anulado por condição de impedimento, sendo que o centroavante estava em posição legal).

Entendamos os erros:

1- No caso do Pênalti a favor do Palmeiras, mão totalmente involuntária. A infração de uso indevido das mãos na bola (como é chamada a falta desse tipo) é avaliada única e exclusivamente por intenção, nunca por imprudência. Há quem entenda que, se um zagueiro saltar de maneira estabanada (imprudente), ele teria no seu íntimo o desejo de que a bola seja desviada de qualquer forma, inclusive pelas mãos, e tal lance deixasse de ser julgado como imprudente mas sim intencional. Pedro Proença, árbitro português no recente amistoso Inglaterra x Brasil em Wembley assim considerou um lance a favor da Seleção Brasileira. Teria Juan Soto agido da mesma forma?

2- Na anulação equivocada do gol do Palmeiras, o lance é bem mais difícil. Kleber (que é o cabeceador da bola) está na mesma linha do seu adversário. Porém, Henrique está um pouco mais adiantado quando a bola é lançada. Durante a trajetória, ambos ficam sozinhos à frente. Entendo que o gol não foi anulado pelo fato do Henrique estar à frente (nessa situação, o bandeira teria interpretado que o palmeirense teria passado de impedimento passivo para ativo, atrapalhando o goleiro), mas sim que o árbitro assistente entendeu que também Kleber estava a frente (afinal, no lance rápido, o bandeira vê dois atletas de verde à frente, e marca no “susto”). Na verdade, Henrique estava em impedimento passivo e Kleber em condição legal. Gol mal anulado.

Enfim, os erros deram empate num jogo de bom árbitro mal escalado. Reprovou no seu teste mais difícil.

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Foto: Ricardo Matsukawa (Terra)

Um comentário sobre “– Análise da Arbitragem de Palmeiras 1 x 2 Tijuana

  1. COMO A FIFA ESTA DESQUALIFICADA… ARBITRO RUIM , PESSIMAS INTERPRETAÇOES, COLOCAO QUALIDADE ABAIXO DO NIVEL…ENFIM O Q ESPERAR DE CERTOS ARBITROS FIFA ESTE DEVE SER INDICAÇAO POLITICA TB COMO ALGUNS AQUI NO BRASIL COMO:………………..VIXI E COMO TEM INDICAÇOES

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