Nesse domingo, Cristiano Ronaldo jogou o “fino da bola” e marcou 3 gols. Messi, fez 4!
Esses caras estão realmente jogando muito bem há tempos – ou melhor – desde sempre. Dois goleadores, gênios e artistas.
Fico pensando: os adversários na Liga Espanhola não são lá grande coisa. Na Champions League, aí sim, bons confrontos! E nas duas competições eles são incontestáveis também.
Aqui no Brasil, Neymar arrebenta com os pequenos no Paulistinha. Mas contra os grandes no Brasileirão, idem. Portanto, não vale criticar o nível dos adversários, pois há frágeis e fortes equipes no Novo e no Velho Continente.
Teria muita curiosidade em ver as atuações do Neymar lá na Europa. Não estou defendendo sua saída ou permanência, penso que o santista seria um fenômeno de marketing (e de futebol) como Ronaldo Nazário foi em sua fase áurea.
A minha dúvida é: manterá sua irreverência?
Hoje, Robinho, o ídolo recente antecessor, perdeu toda a sua ginga. Você não consegue reconhecer o “Rei das Pedaladas” que jogava no Santos com o que sobrou dele no Milan. A Europa limitaria Neymar?
No final do Campeonato Brasileiro, Neymar se mostrou mais maduro. O grande problema da simulação de faltas estava minimizado, e o efeito contrário começava a aparecer: o menino apanhava demais em algumas partidas (com certa conveniência de alguns árbitros) por culpa da desconfiança criada por ele próprio no começo da carreira.
Neste início do Campeonato Paulista, nas duas rodadas iniciais, fatos importantes ocorreram (não assisti ao jogo contra o Bragantino nesta 3a rodada, pois no mesmo horário acompanhava no Estádio Jayme Cintra a primeira vitória do glorioso Paulista de Jundiaí contra a União Barbarense – em tranquilíssima arbitragem de Paulo César de Oliveira). Neymar, contra o São Bernardo (Rodada 1), mostrou inteligência em buscar um pênalti se enroscando no adversário. Árbitros como Sandro Ricci, Heber Roberto Lopes ou Seneme não marcariam; Thiago Duarte Peixoto, pela inexperiência, marcou. Isso mostra que o jogador não arrisca mais simulações descaradas, mas busca cavar os lances de maneira mais convincente, não espalhafatosa – e isso é amadurecimento (embora a questão do unfair-play seja discutida). Contra o Botafogo, Neymar mostrou um repertório de lances, dribles, gingas e jogadas para ser aplaudido de pé. Mas fica a questão dos detalhes: em alguns momentos, o exibicionismo pode atrapalhar o espírito coletivo, além de provocações desnecessárias. Que vantagem competitiva ele ganha quando coloca a mão na cintura estando de frente ao adversário, como no enfrentamento com Nunes? Leva a quê?
Feitas as considerações, fico imaginando um combinado de atletas formado com um suposto ataque Messi- Cristiano Ronaldo- Neymar. Já imaginaram um jogo-exibição como esse por alguma causa humanitária?
COMPLEMENTO: vi há pouco alguns lances da partida Bragantino X Santos, e fica nítido o rodízio de faltas promovido pela equipe do Massa Bruta sobre Neymar. E essa estratégia deve ser punida com Cartão Vermelho, por reincidir diversas vezes e já ter recebido Cartão Amarelo, INDEPENDENTE do atleta. O bom árbitro Raphael Claus teve dificuldade nesse quesito. Na prática, o árbitro deve observar e praticar o seguinte roteiro para preservar o craque:
– Se um atleta recebe faltas leves de adversários diferentes (as ‘faltinhas de jogo’ que matam jogadas, ora promovidas por zagueiro, volante, etc), advertir verbalmente o infrator e alertar que está atento ao rodízio de faltas. Se o atleta receber nova falta, de qualquer outro adversário, o infrator deve receber cartão amarelo (mesmo que seja o primeiro lance faltoso dele) pela equipe persistir na infração – é como se fosse um cartão pelo número de “faltas coletivas”. E se continuar, Cartão Vermelho.

Continuo pensando da mesma forma: o Messi e o Cristiano Ronaldo seriam eficientes no sentido da vitória do time e o Neymar daria show, coisas completamente diferentes. Que bom seria que houvesse o tal jogo beneficente…
Que ele recebe muitas faltas, mais do que a média, é fato, mas as atuações dele vão nesse sentido, é assim que aparece na mídia, e isso faz parte do plano de carreira: hoje ele é um artista! POR FAVOR, NÃO ESTOU RETIRANDO DELE O VALOR QUE TEM, LONGE DISSO!
Penso também que, na Europa, ele terá trajetória igual à que teve o Robinho e acabará de volta à Baixada. Disse TERÁ porque fatalmente vai. É o que penso.
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