– Duas rodadas do Paulistão, Erros da Arbitragem e Neymar

Não dá para fugir muito do tema: os erros de arbitragem, alguns decisivos e outros irrelevantes, já apareceram no Paulistão. E sobre eles, algumas considerações:

Os árbitros ficaram hospedados por uma semana em um hotel 4 estrelas, em regime de internato, ouvindo orientações e treinando, na semana que antecedeu o início do Campeonato Paulista. Além disso, a Comissão de Árbitros fez questão de dizer que o trabalho começou na temporada anterior, com os treinos no campo do Nacional AC . Frutificaram bons resultados ou não?

Nada mudou. Os nomes dos árbitros são em maioria os mesmos, bem como os erros. Renovaram os bandeiras, em medida polêmica desde o ano passado.

Nas duas rodadas iniciais (até os jogos das 19:30 desta 4a feira), ficou nítido que:

a dificuldade em utilizar adequadamente a advertência verbal tem sido problemática. Ora se omitem e ficam mudos, ora falam demais, ora aplicam cartões em demasia. Alguns árbitros nitidamente estão perdendo o timing da bronca, e isso faz com que se perca credibilidade. Jogador percebe isso, e quer crescer nessa debilidade. E olha que os jogos têm sido fáceis para se apitar…

o discernimento em divididas, trancos, quedas normais e faltas. Parece que o critério é: no começo do jogo, solta a partida; conforme o relógio corre, a mesma disputa de bola permitida no início, passa a ser falta. Reparem: o jogo começa solto, depois é picado pelos árbitros.

simulações e quedas involuntárias. Por ser um esporte de contato físico, quedas são naturais e outras podem ser forçadas. Domingo, em São Bernardo do Campo, o zagueirão da casa ficou imóvel e o árbitro deu pênalti em um lance onde Neymar buscou a trombada/ pernada. Nesta 4a, no Pacaembu, juizão apitou um pênalti no susto a favor da Ponte Preta. Nos campeonatos europeus, na Libertadores e até mesmo no Brasileirão, isso não é marcado.

Em particular, um registro sobre Neymar: ao final do Brasileirão-2012, ele se mostrava um jogador mais maduro, que caia menos, buscando mais jogar o seu futebol de altíssima qualidade do que simular e/ou cavar faltas. Na partida contra o São Bernardo, e no primeiro tempo contra o Botafogo (os dois jogos do Estadual), abusou das quedas forçadas. Teve uma recaída do mau comportamento de outrora no Paulistão-2013? Alguns árbitros acreditarão nas faltas forçadas (afinal, já falamos do critério de “picar” o jogo no início deste post, além do medo em não marcar falta em um ídolo). Mas quando tivermos (os poucos) árbitros de primeira linha, aí será diferente: teremos uma situação que poderá ser repetida- árbitros de fora de SP, assistindo o Campeonato Paulista, e que estarão sedentos em não marcar faltas em Neymar (pelo excesso de simulações, até as verdadeiras acabarão não sendo assinaladas), além de zagueirões botinudos preocupados em não serem vítimas do santista. Aliás: chapéu, carretilha, firula em geral, buscando o jogo, pode. O que não pode é parar em frente ao adversário, colocar a mão na cintura para querer fazer graça e sem objetividade… (lances que aconteceram na partida).

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