Quer dizer que o vice-presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, que também é diretor na CBF, ganha da entidade maior R$ 70 mil?
E que o próprio José Maria Marin ganha R$ 160 mil?
Sempre pensei (e ainda penso) que salário é algo muito particular de cada profissional, e que seria algo a não divulgar. Mas tal absurdo exagero faz refletir: o que esses senhores fazem de tão especial para receber tal bagatela?
Será que não-oficialmente, nos clubes, alguns dirigentes arrecadam tanto quanto esses senhores citados?
Enquanto isso, pessoas se matam nas arquibancadas por amor ao futebol. Triste ilusão.
Extraído do Blog do Perrone, em http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/
MARIN AUMENTA SALÁRIO DE DIRETOR ALIADO E GERA DESIGUALDADE
José Maria Marin começa a gerar descontentamentos na CBF por ser mão aberta apenas com alguns funcionários. Aumentos concedidos pelo novo presidente acabam com a tradição da entidade de pagar salários iguais a seus diretores.
O blog teve acesso a documentos que atestam a disparidade entre o dinheiro repassado a dois importantes dirigentes. Em 27 de março, foi autorizado o pagamento de R$ 96.800 a Antonio Osóro Ribeiro da Costa Lopes, diretor financeiro.
No mesmo dia, foi dada a autorização de pagamento no valor de R$ 69.221,79 para Reinaldo Carneiro Bastos, diretor de desenvolvimento e projetos e responsável por cuidar da Série B. Vice da Federação Paulista, ele vive entre tapas e beijos com Marco Polo Del Nero, braço direito de Marin.
Cerca de R$ 69 mil era justamente o que ganhava Osório, segundo apurou o blog. O diretor financeiro é afinado com o novo presidente.
Os dois pagamentos foram autorizados por meio de memorandos enviados pela secretaria geral da CBF à gerência tesouraria, ambos com data de vencimento em 30 de março.
Apesar de os documentos mostrarem pagamentos em valores distintos, o organograma da confederação, apresentado no site da entidade, coloca todas as diretorias no mesmo nível.
Procurada pelo blog, a confederação declarou que não há obrigatoriedade de pagar salários iguais aos diretores. E que não falaria sobre vencimentos de dirigentes. Só o presidente pode fazer isso, mas ele está em viagem.
As diferenças nos pagamentos são interpretadas na CBF como sinal de que Marin já escolheu a sua patota na entidade. E, vale lembrar que, segundo o colega Juca Kfouri, o presidente foi mão aberta em relação a seu próprio salário, que passou de cerca de R$ 90 mil para R$ 160 mil. Pelo menos o diretor financeiro não pode reclamar do patrão.
