– Geração, X, Y, Z… elas estão prontas para Mudanças Sociais?

Li numa das Revistas Semanais (e aqui ficarei sem citar por descuido pessoal na anotação) sobre os tipos de geração da sociedade. Eu sou da Geração X, da década de 70. A Geração Y entre os nascidos nos anos 80 e 2000, e a Z a mais jovem.

O que isso importa?

Importa os valores de cada geração. No início do século, tínhamos a “Geração Greatest”, disciplinadíssima e conservadora. Nos anos 30 veio a “Geração Silenciosa”, de gente desinteressada dos problemas mundiais. Depois, nos anos 50, os Baby Boomers, os contestadores! A X se mostrava competitiva, a Y tem se revelado Engajados e a Z tenderá a ser Multitarefas.

Tudo isso, claro, é variável de indivíduo para indivíduo. Entretanto, nos mostra o cenário que se reflete nos costumes e na administração de empresas. Claro que os profissionais de amanhã nascem convivendo com a interação do cyberespaço, diferente da minha, onde somente quando adulto conheceu o email, ou ainda mais diversa da do meu pai, avesso a uso de algumas tecnologias.

Assim, fica a percepção: cada vez mais o mundo mudará, com agilidade e radicalidade. Independente da Geração, estaremos prontos para vivenciá-las?

– O Choro de Neymar

Acabo de assistir uma imagem da Copa Roca do ano passado. Lembram de Brasil X Argentina em Belém?

Pois é: vejo Neymar chorando durante o Hino Nacional, emocionadíssimo. E não pude deixar de recordar que um dia Wanderley Luxemburgo disse:

Jogador que chora em Hino não joga no meu time”.

Hum… Mudou seu conceito?

– Lei Seca: a Discussão do Bafômetro cansou, não?

Leio novamente sobre entidades criticarem a inconstitucionalidade do teste do Bafômetro. Ok, tudo deve ser feito dentro da lei. Mas já não cansou toda essa história?

Não era o momento da OAB, entidades policiais, ONGs e outros segmentos da sociedade se reunirem e discutir o que pode ou não?

– Onda Verde Ontem ou Hoje?

Dias atrás, meu amigo Oliveira Jorge de Lima mandou uma crônica perfeita aos dias atuais: A Onda Verde de hoje, em ser ecologicamente correto, já não ocorria?

Abaixo:

ONDA VERDE HOJE OU ONTEM – DESABAFO

Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: “Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente.”

“Você está certo”, responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos ‘descartáveis’ e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?