– Quem precisa dos Defensores do Apito?

Um jogador de futebol, nos tempos atuais, não basta apenas ser “bom de bola”. Precisa (e digo isso acrescido do ‘infelizmente’) ter bom empresário. Cabeça de bagre vira craque, acaba se encaixando em grandes times e faz sua vida.

É a vitória do lobby, do bom negócio ou da vantagem financeira (chame-a do que quiser) sobre a meritocracia.

Assim também é com o árbitro de futebol: muitos são competentes, mas a oportunidade é para poucos. Seja sorte, indicação, politicagem… ou o que for: o certo é que muitos bons nomes acabam desaparecendo mesmo antes de surgir.

Mas e quem é o empresário do árbitro? Não há! Ele só tem o apoio da família e olha lá! E é a partir daqui que somos convidados a refletir: quem são os verdadeiros defensores dos árbitros? As Cooperativas, Associações e Sindicatos?

Cá entre nós: como é que dirigente sindical pode trabalhar para o patrão? É clara a incompatibilidade de cargos, e isso acontece muito em nosso país. E mais: por que um mesmo árbitro tem que ter Cooperativa e Sindicato? Essas entidades não entram em conflito entre si para a realização de serviços aos árbitros?

Todo mundo quer defender o árbitro. Mas defende de verdade?

Brasil afora, vemos um excesso de empresas de arbitragens travestidas de entidades de defesa. Assim como existe uma única federação em cada estado, não deveria existir uma única entidade representativa ao invés de várias?

O problema é que o meio do apito ainda tem medo de discutir tais questões. E seus fantasmas são óbvios: a retaliação, já que seus representantes, contraditoriamente, representam os interesses também das federações!

Como acabar com isso?

Simples na teoria, utópico na prática: os árbitros se rebelarem contra os dirigentes profissionais e assumirem, reorganizando, as entidades de defesa, livrando-se de qualquer influência patronal.

Isso é possível? Aparentemente, não.

E você, o que pensa sobre isso? Deixe seu comentário:

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