Nada de bairrismo, mas sim uma observação importante: o comportamento dos árbitros adicionais atrás da linha de meta no RJ e em SP.
Nesses jogos iniciais, percebi que no Campeonato Paulista os árbitros adicionais não estão gesticulando, mas conversando via rádio com os árbitros principais. Se há um pênalti duvidoso, primeiro ocorre a discreta conversa, para, logicamente, não atrapalhar a decisão final do árbitro. Ou seja: o adicional é um auxiliar, que informa com cuidado, mas não toma decisão.
Em alguns poucos jogos que vi do Campeonato Carioca, vejo o inverso: árbitros adicionais gesticulando bastante e até entrando em campo! Confesso que não sei se é uma orientação diferente da FERJ em relação a FPF, mas a curiosidade me atiçou. Tal comportamento seria por orientação das Comissões de Árbitros de cada estado? A CEAF-SP trabalha diferente da CEAF-RJ?
Insisto nesta questão pelo simples fato de que essas federações estão podendo utilizar tais árbitros de acordo com a permissão da FIFA, na chamada FASE 2 da experiência com adicionais. A FASE 1 tinha abandonado a tradicional diagonal do árbitro com árbitros adicionais à direita dos goleiros. Agora, estão à esquerda das metas, mais próximos dos árbitros assistentes.
E aí fica a dúvida: quem está trabalhando de acordo com o ideário da FIFA?
Outra questão: o que é melhor para os árbitros?
Penso que toda marcação do árbitro deve ser bem sinalizada para que os envolvidos no jogo entendam o que foi marcado (isso evita os “perigos de gols” tão nefastos no futebol). Entretanto, não gosto da idéia da sinalização explícita do árbitro adicional, justamente pelo fato de que se ele entender que ocorreu um pênalti, entrar em campo e sinalizar que é tiro penal, mas o árbitro entender que não foi, os jogadores irão reclamar muito, muito mesmo!
Aqui, fico com a discreta comunicação dos adicionais de São Paulo, que, respeitosamente, entendo ser muito mais adequada do que a extravagância de forçar uma sinalização inadequada.
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