Um caso curioso de revolta entre fiéis e diocese em Goiás: revoltados com o afastamento sem explicação de um sacerdote, os católicos de Goiânia criam comunidades e manifestos a favor do padre Luiz Augusto, religioso que mantinha muitas obras sociais na Arquidiocese local através da grande receita do dízimo de seus paroquianos.
Extraído de: http://is.gd/LacwQd
O SILÊNCIO DO PADRE DAS MULTIDÕES
O que levou a Arquidiocese de Goiânia a punir com o isolamento o padre Luiz Augusto, responsável por celebrar missas que reuniam milhares de pessoas e arrecadavam o maior dízimo do Estado
Por Rodrigo Cardoso
Durante 15 anos, a comunidade católica de Goiânia (GO) conviveu com um fenômeno de comunicação religiosa. Adepto do movimento Renovação Carismática, que tem no padre Marcelo Rossi seu expoente mais estrelado, o sacerdote Luiz Augusto Ferreira da Silva, 51 anos, transformou a paróquia Sagrada Família em referência de devoção no Estado. Todo domingo, o local era frequentado por cerca de 20 mil pessoas ávidas por presenciar o dom da oratória, os cânticos e os conselhos daquele que é chamado de evangelizador das multidões. Mensalmente, eram recolhidos ali R$ 450 mil em dízimo (a maior arrecadação de Goiás, segundo atestam religiosos do Estado). Projetos sociais que ofereciam distribuição de cestas básicas, acolhida a moradores de rua e ajuda a dependentes químicos, só para citar três deles, conseguiam recursos na esteira do sucesso de público da Sagrada Família.
Faz três meses, porém, que o padre Luiz Augusto, que administrou a Sagrada Família por 15 anos até o ano passado, teve restringido o seu contato com os fiéis por imposição da Arquidiocese de Goiânia. Transferido em maio de 2011 para a Atos, uma comunidade evangelizadora para leigos localizada em uma chácara de difícil acesso, a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade, ele construiu no local um galpão com capacidade para três mil pessoas para seguir celebrando. E assim o fez por cinco meses até que, obedecendo a uma ordem do arcebispo de Goiânia dom Washington Cruz, assinou um documento que o proibia de celebrar missas para o público – estando autorizado, apenas, a rezar para as pessoas que morassem na comunidade – e suspendia as suas participações em um programa de rádio e outro de tevê. Desde então, católicos e a Arquidiocese de Goiânia estão em rota de colisão.
“Trata-se de um caso de nítida perseguição a esse sacerdote, um líder nato que arrebanha multidões, mas causa inveja e ciúme”, diz a odontopediatra Soraya Sebba Chater, que criou uma comunidade virtual de apoio ao padre. Ela foi uma das cinco mil pessoas que participaram de um abaixo-assinado em prol da permanência do pároco na Sagrada Família e tem uma irmã que saiu em passeata pelas ruas da capital goiana, com outros seis mil fiéis, defendendo a mesma causa. “O público se manifesta, canta, há uma grande euforia nas pregações do padre Luiz Augusto. E os superiores dele veem nisso um excesso”, afirma a administradora Maria Dulce Loyola Teixeira, 60 anos, que também relata a indignação dos fiéis em um blog. A Diocese de Goiânia, por meio do padre Arthur da Silva Freitas, membro do conselho de presbíteros, nega que a liturgia empregada pelo sacerdote – ele usa a “Bíblia” e não os tradicionais folhetos em suas cerimônias – tenha motivado o seu afastamento das celebrações. Também nega a existência de desvios de conduta moral do padre ou de recursos financeiros em sua gestão. De acordo com Freitas, o motivo da correção se deu porque seu colega de sacerdócio não poderia celebrar na comunidade Atos, uma vez que ela não é uma paróquia, mas sim uma capelania. “Criar paróquia é tarefa do bispo. As pessoas estavam seguindo o padre e não a Igreja”, diz o representante da arquidiocese. Um sacerdote paulista, que é funcionário do Tribunal Eclesiástico de São Paulo, porém, discorda da argumentação dos que puniram o padre Luiz Augusto. “Se eu fosse capelão de um mosteiro, por exemplo, eu poderia celebrar para o público de fora. Bastaria eu seguir a regra do local e não fazer da missa um show”, afirma, preferindo não se identificar. “Eu acredito que o afastamento dele deve ter partido de uma regra disciplinar do próprio bispo local.”
No meio desse imbróglio, o evangelizador das multidões, desde outubro, só celebra para menos de cem moradores da comunidade. Segundo a arquidiocese, Luiz Augusto não perdeu as funções de pároco, mas se encontra em um processo de “correção da postura pastoral”. Encontros quinzenais entre ele e o bispo auxiliar de Goiânia, dom Waldemar Passini Dalbello, fazem parte dessa fase. “Sinceramente, não vejo motivo para eu seguir afastado”, disse o sacerdote à ISTOÉ. “Passei pela Canção Nova (comunidade), onde padres celebram normalmente. Vejo o mesmo na Shalom. Eu não escolheria vir para cá, quando fui transferido da Sagrada Família, se soubesse que aqui eu não poderia celebrar. Faltou orientação.” O religioso não esconde a tristeza com a atual situação. “Se a arquidiocese tem a intenção de me corrigir, me ajudar, tudo bem. Mas seria falso se dissesse que estou contente”, afirma. “Sei dos meus defeitos, mas tenho carisma e saudade de estar com o povo, de celebrar pelo menos aos domingos para as pessoas.” No fim do ano passado, o sacerdote chegou a escrever uma carta à arquidiocese solicitando uma liberação para rezar uma missa para o público no Natal e no Réveillon. O pedido foi negado. Pelo visto, a crise de vocações que assola a Igreja Católica não atinge a Arquidiocese de Goiânia.

O Padre está sendo perseguido pela sua própria Arquidiocese. Nunca havia visto um padre ser impedido de celebrar missas sem nenhuma explicação.
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O FATO É QUE A MISSA DO BISPO E DO SEU AUXILIAR E PESSIMA, DA SONO E NÃO ARREBANHA MULTIDÃO. A MISSA DO PADRE LUIZ AUGUSTO VOCÊ SENTE E PRESENÇA INFINITA DE DEUS E NÓS COMO CATOLICO AJUDAMOS ELE FINANCEIRAMENTE POR AMOR AOS PREJETOS AO PROXIMO QUE ELE EXECUTA NÃO VIVE DE LUXO E MORDONIA COMO…….ELES NÃO PERSEGUEM O PADRE LUIZ MAIS UM ENVIADO DE DEUS.
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Vergonha de certos chefões da Igreja católica, é lamentável!!!
Más Deus é mais e justo!!!
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Convido todos a participarem do Grupo de Oração com Pe Luiz Augusto. Todas as quintas feiras, ás 19:30 na Comunidade Atos.
Deus os abençõe sempre!!
Veja ainda video da entrevista com Pe Luiz em http://www.oPopular.com.br em 16-01-12.
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O fato é que todos se encantavam com as missas e as obras do Pe Luis Augusto. Não vemos nada semelhante em outras Igrejas católicas de Goiânia! O Pe. Luís Augusto celebrou meu casamento e todos dizem que nunca viram celebração tão linda e profunda! Meu casamento hoje é abençoado e dou graças a Deus por ter sido celebrado por ele! Pena que outros novos casais serão impedidos de ter a celebração do matrimônio pelo pelo Pe Luís Augusto! Culpa da Arquidiocese de Goiânia!
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Sei que os homens da Igreja podem errar. porém, a Igreja nao iria punir um padre desses que arrebata mutidoes, arrecada milhares de reais, adorado pelo povo… só por conta de birra? Gente, vamos ser mais prudentes com as criticas. Deixa que a Igreja resolva e aguarda que com fé em Deus tudo terminará bem..
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