Compartilho interessante material da Folha de São Paulo sobre as exigências de vestimentas aos seus funcionários. Curioso!
Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/765257-empresas-adotam-codigos-de-vestimenta-severos-a-funcionarios.shtml
EMPRESAS ADOTAM CÓDIGOS DE VESTIMENTAS A SEUS FUNCIONÁRIOS
Muitas empresas, ainda que a contragosto dos funcionários, entraram na moda do “dress code” –código de vestimenta que diz o que é permitido usar no trabalho.
As regras vão de uso de uniformes a proibição de determinadas cores e formatos. Para quem desrespeita o manual, que visa reforçar a imagem da empresa, há penalidades como advertências.
Ao ser contratado, Luiz Monaro, 25, ex-analista de treinamento da Libbs –do ramo farmacêutico–, recebeu o “dress code” em formato de livro, que deveria permanecer sobre sua mesa.
“Os homens não podiam dobrar a manga da camisa, e o relógio tinha limite para o tamanho da caixa”, lembra.
Segundo Monaro, os funcionários tinham três meses para se adaptarem. Logo no início, sua chefe o informou de que deveria trocar os óculos de grau, pois a armação era “muito esportiva”.
O consultor Ricardo Rabello, da Fellipelli, critica o exagero em regras –que não implica o crescimento do profissional. “São bizarrices.”
Em novembro de 2009, Juliana Aparecida Carvalho, 23, ex-funcionária da Multicobra (“call center”), foi parada na porta da firma “por usar roupa inadequada”.
“A encarregada de segurança me barrou”, recorda Carvalho, que no dia estava de calça jeans, blusa regata e sapatos de salto alto.
“As pessoas se mostravam indignadas com aquela situação porque eu não estava malvestida”, comenta.
Na mesma semana, registrou boletim de ocorrência e entrou com pedido de rescisão de contrato na Justiça.
“Não tinha conhecimento de nenhum manual de vestimenta na empresa”, diz. “A empresa não se manifestou, não me deu apoio e até hoje não tive nenhuma explicação do que aconteceu. Isso foi o que me intrigou mais.”
Em contraponto, o advogado André Goda, que representa a Multicobra, salienta que há um manual de integração que “orienta os funcionários a se vestirem de maneira adequada”.
“Caso a responsável pela portaria avalie que o funcionário não está de acordo com as regras, ela vai chamar o seu supervisor para autorizar a entrada”, declara Goda.
Segundo ele, o uso de roupas ousadas não é permitido. “Até hoje, nenhum funcionário deixou de trabalhar ou foi impedido de entrar na empresa sem uma avaliação.”
