Neste domingo, houve um “WO dos árbitros” no Campeonato Amador de Jundiaí.
E como funciona se quem falta na partida é o próprio árbitro?
Vamos lá: árbitro e bandeira são elementos da Regra do Jogo (regra 5: árbitro e regra 6: árbitro assistente). Eles são como a bola: sem eles, não há jogo.
E o que acontece se um deles faltar?
Funciona assim: obrigatoriamente, você tem que começar uma partida com árbitro e dois bandeiras. A FIFA orienta que os campeonatos possuam um quarto árbitro (não obriga; apenas sugere!), a fim de substituir um dos integrantes, caso ocorra algum imprevisto (dentre outras funções que realiza).
Se quem faltar no jogo for o árbitro, o regulamento da competição é quem dirá se o quarto árbitro substitui o árbitro, ou se o bandeira 1 o substituirá e o quarto árbitro virá bandeira.
E se não tiver quarto árbitro e faltar bandeira ou árbitro?
Aí, qualquer um dos integrantes da equipe de arbitragem que estiver no campo deve apitar o jogo e tomar as providências para substituir os demais. Ele escolhe (veja que curioso) qualquer pessoa presente (da comissão técnica dos próprios times, jornalistas ou até torcedores!) e a entrevista, a fim de saber se ela tem competência de atuar na partida.
Parece estranho, mas uma partida não pode começar sem o árbitro e os dois bandeiras, seja eles quem forem!
Escolhido o novo bandeira, ele nem precisa estar uniformizado para ir a campo (tem que estar apenas diferenciado dos atletas). Nestas circunstâncias, acontecem duas situações:
1) Se o substituto for alguém que entenda de regra de futebol, você permite que ele trabalhe e oriente o que deseja dele dentro de campo (o que marcar; como se portar; passa o plano de jogo).
2) Se não for encontrado substituto competente, você coloca alguém representando o bandeira, inicia a partida e dispensa o mesmo. Pois é, manda ele embora, e o árbitro assume as marcações de laterais e impedimentos naquela metade de campo. Isso evita que o bandeira-substituto atrapalhe o jogo com marcações erradas ou até mesmo tende a fazer marcações equivocadas propositalmente.
O árbitro é obrigado a começar o jogo com bandeiras, mas não é obrigado a teminar a partida com eles. Se um elemento da equipe de arbitragem estiver no campo de jogo, deve tomar essas providências (encontrar substitutos para iniciar a partida, mesmo que os dispense no primeiro tempo), a fim de que a partida se realizar. O que não pode é deixar de fazer a partida por falta de árbitros!
E você, o que pensa sobre tal situação? Deixe seu comentário:

Domingo não pode ser realizada uma partida de futebol porque falto um bandeira e o arbitro disse que poderia sim ter o jogo. Só que uma das equipes não quis jogar por ter apenas um bandeira, E o jogo não aconteceu e o que pode acotencer com a equipe que não quis jogar.
CurtirCurtir
Francisco, para uma partida OFICIAL (para amadores, vale ler o regulamento se condiciona algo especial), não pode começar sem bandeiras. O árbitro pode escolher até duas pessoas quaisquer (incluindo gente da arquibancada) para colocar como assistentes e começar o jogo. Após o apito inicial, pode dispensar 1 ou os 2, e continuar o jogo.
Começar sem bandeiras não pode, mas continuar o jogo sem, tudo bem. Se o árbitro arranjou duas pessoas para figurarem de bandeiras, e assim que começou a partida dispensar, tudo bem. O clube não pode recusar, e se assim o fizer, é WO. O problema é se o árbitro quis começar só com um bandeira, aí está errado e o clube pode contestar, já que seria um erro de direito.
Mas atenção: falamos de futebol profissional, do que a regra do jogo fiz. Em campeonatos amadores, se assim for permitido, poder-se-ia fazer desde que esteja essa situação no papel.
CurtirCurtir