Meu pai tem 62 anos. Não usava celular. Analfabeto digital. Conservador. Pessoa boníssima e desapegado da tecnologia mundana. Paizão. Carinhoso. Pronto a servir.
Viúvo, apaixonou-se por uma senhora extremamente especial. Simpática. Prestativa. Carismática. A “tampa da panela” ou o “outro lado da maçã”, como seja.
Nessa (feliz) nova fase da vida dele, revolucionou. Em dois dias, acertou a aposentadoria. Começou a curtir a vida. Fez uma reengenharia do seu cotidiano. Trocou de carro. Comprou um Notebook. Entrou na Internet! E sem nunca ter digitado, já tem email!
Moderno, feliz, 20 anos rejuvenescido (vou fazer um ajuste: 14 anos, 1 mês e alguns dias mais jovens) e de bem com a vida, curtindo a namorada, os filhos e agregados (genro e nora), e se divertindo com a netinha.
O que eu posso dizer sobre isso?
Apenas duas coisas: ‘VIVA A VIDA, PAI’ , e ‘OBRIGADO, DEUS’.
