– Gasolina a R$ 3,00 e “Apagão dos Combustíveis”

 

Situação caótica: a Petrobrás assume que não consegue atender a demanda e que, segundo a estatal, já há 18 bilhões de dólares de rombo na balança comercial.

 

Extraído de O Estado de São Paulo, Caderno Economia, Pg 1-3

 

JÁ FALTA GASOLINA NAS DISTRIBUIDORAS

 

A Petrobrás não está conseguindo atender a totalidade das cotas de gasolina acertadas com as distribuidoras. Fontes do setor relatam que estão recebendo 80% a 90% dos volumes do combustível que encomendam à estatal. O problema é maior entre as distribuidoras independentes, que atuavam mais no mercado de etanol. Procurada desde segunda-feira, a Petrobrás não deu entrevista.

 

A Petrobrás importou emergencialmente 1,5 milhão de barris de gasolina para atender a demanda extra. Cosan e Coopersucar também trouxeram 138 milhões de litros de etanol anidro, que é misturado à gasolina.

 

A demanda por gasolina bateu recorde no País, enquanto o consumo de etanol hidratado caiu vertiginosamente. Conforme o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), que representa 75% do mercado, foram consumidos 2,3 bilhões de litros de gasolina em março.

 

A entidade projeta novo recorde em abril. Segundo o presidente do Sindicom, Alísio Vaz, a tendência é que o mercado se normalize em maio, com o início da safra da cana e o aumento da produção de etanol.

 

O preço do litro do etanol hidratado subiu 30,8% este ano e 37% em 12 meses, atingindo R$ 2,359 nas bombas. O consumidor fez as contas e viu que não vale mais a pena abastecer com álcool, que rende 70% da gasolina. Por conta da mistura de 25% de etanol anidro, a gasolina também subiu 7,5% deste o início do ano, para R$ 2,789 – mesmo com a Petrobrás mantendo os preços estáveis para as distribuidoras.

 

LITRO DE COMBUSTÍVEL JÁ CUSTA MAIS DE R$ 3 NO INTERIOR

 

A volta do feriadão vai doer um pouco mais no bolso dos motoristas. O preço da gasolina está sendo reajustado nos postos do interior do Estado e o combustível pode até faltar em revendedores que não tiverem estoque.


Nas regiões de São José do Rio Preto e Bauru, os postos receberam gasolina com reajuste de cinco centavos no início da semana e estão repassando os aumentos ao consumidor.

Na região de Araçatuba, o repasse chegou a dez centavos, fazendo com que os preços chegassem a R$ 3 em alguns postos.

 

“APAGÃO” DE COMBUSTÍVEL PROVOCA ROMBO

 

Com a disparada do preço do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combustível desde o início do ano, os motoristas migraram em massa para a gasolina, provocando escassez do produto. Faltou combustível em alguns postos do interior de São Paulo e a Petrobrás e os usineiros chegaram a importar gasolina e etanol.

 

A situação é resultado da queda da produção de etanol, provocada pela entressafra da cana e pela alta do preço do açúcar, mas reflete também um problema estrutural do País. Com o aumento da frota de veículos e o crescimento da economia, e sem investimentos compatíveis na produção de gasolina, diesel e etanol, o País começa a viver um “apagão” de combustíveis.

 

O consumo de derivados de petróleo (gasolina, diesel e nafta) ultrapassou a produção local, impulsionando as importações, que ficam cada vez mais caras com o aumento do preço do petróleo lá fora. Em geral, a Petrobrás prioriza a produção de gasolina localmente e concentra as importações em diesel e nafta.

 

A situação vai provocar um déficit de US$ 18 bilhões na balança de derivados de petróleo este ano, conforme projeção da RC Consultores. Em 2010, as importações de derivados ultrapassaram as exportações em US$ 13 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Em 2000, o rombo era de US$ 3,2 bilhões.

 

Diferente do “apagão” de energia elétrica, que interrompe a produção nas fábricas e deixa as cidades às escuras, a falta de combustível é sanada com importações, desde que a situação não seja muito grave. “A população pode não perceber, mas vivemos um estrangulamento do setor de combustíveis, um apagão”, disse Adriano Pires, diretor executivo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

– Mudança de Regra no Triste Paulistinha e a Falência dos Estaduais

 

Regra 12 do Futebol: Infrações e Indisciplinas – fala-se do que “pode” e “não pode” no jogo, em relação ao campo disciplinar.

 

muita coisa subjetiva permitida por interpretações dentro da Regra do Jogo, e nestes momentos, você se apega ao Espírito da Regra. Em contrapartida, há também muita objetividade nela, tanto que o ex-árbitro e comentarista Arnaldo Cezar Coelho cravou um bordão que se popularizou: a “Regra é Clara”.

 

Dito isso, vamos ao que interessa: o não cumprimento da Advertência por Cartão Amarelo às simulações de faltas.

 

Quando um jogador tenta enganar o árbitro, DEVE receber Cartão Amarelo. É anti-jogo, desrespeito às regras, unfair-play, desportividade… chame do que quiser. É Regra!

 

Simular ter recebido falta (e se dentro da área é pênalti), não é caso para a Advertência por Amarelo imediatamente? Enganar é desrespeito à Regra do jogo, ao adversário e ao público pagante. Na Inglaterra, a própria torcida vaia o seu jogador quando usa desse artifício.

 

Aí fica a pergunta: por que estamos esperando 2 ou 3 lances de simulação para aplicar o Cartão Amarelo (se é que aplicamos…)?

 

Não dá para falar de outra pessoa senão o “Simulator-player” do momento: Neymar!

 

Está se tornado irritante ver o atacante santista, dotado de tanta genialidade no campo, mascarar seu futebol com a molecagem e a “má malícia”. Refiro a “má” pois existe a “Boa Malícia” do futebol: a malandragem, o segurar a bola, o cavar a falta, o irritar o adversário de maneira inteligente. CAVAR é diferente de SIMULAR. E é aí que discutimos a relação “respeito e desrespeito”.

 

Kléber Gladiador está na relação destes jogadores que ora cavam, ora simulam. Ele busca receber pancada para ganhar a falta, e quando não recebe, finge que recebe ou procura a perna do jogador para se enroscar nela. Corre o risco de que quando for falta mesmo, o árbitro ficar em dúvida (ou com bronca) e não marcar.

 

CAVAR é ser inteligente, é a malandragem positiva do jogador. Aloísio Chulapa se virava de costas para o zagueiro pendia sobre ele e o agarrava por trás. No limite do atacante cometer uma falta de ataque, o adversário se irritava e cometia a falta antes. E ela normalmente acontecia na entrada da área, onde Rogério Ceni adorava cobrar… Se não conseguia que o zagueiro fizesse a falta, Aloísio tinha a jogada impugnada, saía do lance, fazia um gesto de positivo para o árbitro e dava um sorriso maroto. Foi inteligente: tentou chamar a falta e não jogou o árbitro contra a torcida.

 

SIMULAR é ser negativamente malandro. Neymar adora fazer isso. Ao invés de esperar receber a falta, cai antes de apanhar ou, ao sentir a tentativa frustrada de concretizar uma jogada, desaba. E isso ocorre com freqüência no jogo, já que é um jogador participativo em campo. Quando o árbitro não entra na dele, bate as mãos no chão e grita como uma criança mimada que quer chupeta e a babá não dá. Acaba jogando a torcida contra o árbitro, revolta o adversário e cria animosidade.

 

Kléber Gladiador é da mesma estirpe de Marcelinho Carioca: simula muito bem e traz dificuldade para o árbitro. Neymar é canastrão, não sabe cair e precisa encenar melhor. O problema é que a frequência das simulações de Neymar é muito maior do que a dos demais atletas.

 

Se isso acontece, é por culpa dos árbitros: se todos nós falamos que Neymar simula, e se simulação merece Cartão Amarelo, por que temos visto tanta simulação sem punição? Logicamente porque não se cumpre a regra. Mude-se a Regra para justificar a não punição e crie-se um capítulo: “Em simulação, exceto a Neymar, aplica-se a Advertência por Cartão Amarelo”.

 

Dê Amarelo quando ocorrer a primeira simulação. Dê o Segundo Amarelo (consequentemente o Vermelho) na segunda simulação. O time inteiro do Santos vai reclamar, mas você estará cumprindo a Regra e ajudando a reeducar a “Jóia Santista” (que apelido brega colocaram, não?).

 

Por fim: que tragédia os Estaduais! Cruzeiro enfiou 8 no América de Teófilo Otoni (e ainda tem jogo da volta)! Vasco eliminou o Olaria. Grêmio despachou o Cruzeiro de Porto Alegre. E, se der a lógica, em São Paulo se confirmará os 4 grandes nas semifinais.

 

Estamos quase em Maio, e tirando os poucos clássicos, não tivemos nada de futebol que valesse a pena até agora. Os times pequenos estão falidos (falo com dor no coração pois sou caipira que ama time do Interior), não se revelou ninguém e nem para Pré-Temporada os torneios servem. Se ganhar o Estadual, não serve para nada, pois o nível técnico é baixo. Se perder, gera crise. Pré-Temporada que vale Taça e derruba técnico é demais…

 

Contudo, veremos o que os times médios tradicionais podem fazer até 2012… O Paulista de Jundiaí, que tem estádio próprio, categorias de base e trabalho sério, beirou a classificação e não a conseguiu. Agora, ficará parado até o final do ano, disputando torneios tapa-buracos com time misto ou sub20?

 

É necessário repensar urgente o futebol brasileiro… Separar torneio que vale dos que não valem, time tradicional do time de aluguel e repensar periodicidade dos torneios e divisões.

 

E você, o que pensa disso? Deixe seu comentário:

– Destaques Dominicais para Futilidades do Casamento Real e a Banalização da Corrupção do Governo Dilma

 

Puxa, a Veja dessa semana é de tirar qualquer um do sério…

 

A Revista está dividida em 3 partes: uma só de escândalos sérios do Governo Dilma, outra do Casamento da Coroa Britânica e a derradeira de Propaganda.

 

1) De tanto falar em corrupção do Governo, infelizmente parece que a sociedade já se acostumou e reage com indiferença aos desfalques aos nossos bolsos. Lamentavelmente.

 

2) Pra quê quero saber do casamento real da Inglaterra? Que se dane os gastos ridículos dos impostos dos contribuintes de lá com esse luxo e farra fúteis.

 

3) Dá para colocar anti-spam nas páginas de Veja? Muita publicidade…

– De Quem Não Gosta da Páscoa… Infelizmente!

 

Olha só que triste- respeitando todas as opiniões, mas há gente que detesta a Páscoa. E justifica o seguinte: que o pior da Páscoa é… CRISTO!

 

Nossa… que Deus os perdoe. Nesse texto, o escritor Marcelo Carneiro da Cunha defende que o Coelho da Páscoa seja institucionalizado como símbolo ao invés de Jesus Cristo e questiona: por que temos pena de Cristo na cruz se foi Ele quem quís estar lá…

 

Respeito o escritor, mas… é de uma insensibilidade sem igual aos cristãos do mundo inteiro.

 

CHEGA DE PÁSCOA SOFRIDA

 

Por Marcelo Carneiro da Cunha

 

Estimados leitores, essa coluna inicia aqui o movimento internacional e global pelo fim da Páscoa. O que não significa o final do feriado, de maneira alguma. Todo mundo vai poder continuar ficando preso em engarrafamento livremente, não se preocupem.

Mas, o que eu acho que seria uma excelente ideia é apenas remover do nosso calendário emocional uma data baseada no pior do catolicismo: a ideia de compartilhar do sofrimento de algo ou alguém que estava lá de propósito e para isso mesmo.

Páscoa, estimados leitores, está centrada na tal paixão de Cristo. Mas paixão aqui no sentido latino, de passio, ou sofrimento. Na paixão de Cristo, o coitado é sovado sem dó por romanos e por quem mais estiver assistindo, e a gente é convidado a compartilhar da pancadaria na condição de quem a sofre. No grande final, o sujeito que veio até aqui para salvar todo mundo dos seus pecados é solenemente crucificado. Essa não é a minha ideia de divertimento, estimados leitores.

Apenas como comparação linguística, compaixão é compartilhar do sofrimento do outro. Na forma germânica, compaixão é Mitgefühl, ou algo assim, significando co-sentir, ou compartilhar dos sentimentos do outro. Eu gostaria muito, muito mais se a gente passasse a comemorar um feriado onde se praticasse o Mitgefühl, e a gente se dedicasse a sentir o outro, e, eventualmente, compreendê-lo, do que passar dias pensando no coitadinho do outro e o quanto ele se sacrificou por nós, sem que a gente pedisse.

Culpa, dor, sofrimento. Essa é a parte do catolicismo que mais me incomoda, o culto ao que existe de pior na vida, a celebração da morte, o que invariavelmente leva a sentimentos de vingança. Meu pobre pai sofre até hoje pelo que ele e os meninos da sua vizinhança faziam no sábado de malhar Judas, instigados pelo padre, quem mais.

Saibam que os romanos crucificavam todo mundo e por qualquer motivo. O cara espirrou torto, pimba, crucifiquem. Madeira e mão de obra custavam pouco, a civilização romana, com toda sua sofisticação, era muito cruel na essência. Não havia nada de especial em crucificar alguém, apenas o horror da coisa, que os contemporâneos viam e temiam. A cruz somente foi adotada pelo cristianismo uns quatro séculos depois de pararem com a prática da crucificação, quando a memória do seu horror já estava distante o suficiente para a cruz poder ser tratada como símbolo, um símbolo muito, muito eficaz. Para que celebrarmos hoje em dia o que existe de pior em uma religião tão preocupada com o sofrimento nesse mundo? Vamos para o outro lado, vamos curtir o feriado imersos em pensamentos mais felizes.

O coelhinho da Páscoa é o meu candidato a se tornar o símbolo da Nova Páscoa. Chocolate é muito melhor enquanto proposta de vida. Estimulante, prazeroso pra caramba, mais saudável do que dizem. E o coelhinho, por diversos motivos, é símbolo do que existe de divertido na vida, não é?

Não que coelhos ovíparos sejam exatamente algo muito racional. Mas, se pensarmos em crenças esquisitas, o mito cristão é tão esquisito quanto, e muito menos feliz. Feriado do Coelhinho, já. Começou a campanha e unam-se a ela, caros leitores.

O mundo era o que era, e é certo lembrar dele como foi, para compreendermos melhor o que nos tornamos. Mas celebrar os seus piores aspectos, eternizando-os em nossa mente coletiva não me parece uma boa maneira de caminhar pela vida, como sociedade.

Guerras, lutas, morte, dureza, fome, constituíram a experiência central da humanidade por milênios, mas lutamos muito e superamos parte desse karma. Existem guerras, existe infelizmente ainda a fome. Mas a maioria dos humanos não está experimentando nada disso e provavelmente nunca irá ter a tristeza de passar por tanta desgraça. Temos vacinas, produzimos comida, criamos sistemas de governo centrados na ideia de que o bem comum deve ser buscado por todos e para todos. Queremos aprender a parar de aquecer o planeta, devastar sua natureza e eliminar a pobreza mais dura. Assim que conseguirmos isso e ainda por cima fizermos desaparecer o axé, estaremos bem. Isso, sim, merece ser celebrado, e creio que o Coelhinho, com sua mensagem de fertilidade e alegria será um ótimo representante do novo feriado.

Enquanto vocês pensam no assunto, vou aqui praticar a felicidade fazendo o meu inigualável chocolate quente, receita do Café Hermés, de Paris, com o maravilhoso chocolate Rey, em pó e em barra, vindo da Venezuela especialmente para essa ocasião.

Quem quiser se juntar a mim nos festejos da Nova Páscoa, é só pedir e eu mando a receita do chocolate quente perfeito. Uma feliz Nova Páscoa a todos, é o que lhes deseja esse seu servo, eu.

 

(Extraído de: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5089300-EI8423,00-Chega+de+Pascoa+Sofrida.html)

– Feliz Páscoa

 

Feliz Páscoa!

 

Que o Cristo Ressuscitado nos proteja e abençoe, hoje e sempre! Ele, que é o Filho do Deus Vivo e que com o Espírito Santo vive e reina na Glória do Pai, ajude-nos ao Caminho da Santidade.

Acabou o tempo da Quaresma. Paz e bem nesse Tempo Pascal que se inicia.