– A Arezzo se rende aos Ativistas

 

A defesa de causas nobres é importante para a sociedade. Algumas mais polêmicas, outra menos. As organizações devem estar cada vez mais atentas para não infringir nenhuma das causas e serem vítimas de acusações.

 

Pois bem: a grife Arezzo, na última segunda, lançou sua coleção de inverno com roupas contendo pele de raposa e coelho. Ativistas das causas animais bombardearam a empresa através do Twitter e Facebook. Conclusão: a empresa se rendeu e retirou as peças das prateleiras.

 

A pergunta agora é: o que fazer com essas peças caríssimas? Prejuízo certo.

 

Extraído de: http://entretenimento.r7.com/moda-e-beleza/noticias/grife-brasileira-recolhe-pecas-apos-manifestacao-na-internet-contra-uso-de-peles-exoticas-20110418.html

 

GRIFE BRASILEIRA RETIRA PEÇAS DE ANIMAIS EXÓTICOS APÓS MANIFESTAÇÕES PELA INTERNET

 

Por Maria Beatriz Sant’Ana

 

Arezzo lançou linha de inverno com peles verdadeiras; entidade ambiental repudia coleção

Após ser alvo de uma intensa manifestação no Twitter e Facebook ao longo domingo (17), a grife Arezzo informou que vai retirar de suas lojas a linha Pelemania.


A coleção virou alvo de ataques após os consumidores descobrirem que as peças da coleção traziam peles verdadeiras de animais, como coelhos e raposas. Uma echarpe de lã, cashmere e pele de raposa estava à venda por R$ 1.549.


Revoltados, os usuários dispararam diversas mensagens para o perfil oficial da empresa no microblog, fazendo com que o tema entrasse nos Trending Topics do Brasil, ou seja, os assuntos mais comentados.


Ao R7, a grife informou que o compromisso da marca é com a moda, com os valores da empresa e com a satisfação dos clientes. A Arezzo optou por recolher imediatamente as peças com pele de raposa das lojas. Com a repercussão negativa e as inúmeras mensagens de repúdio via web, a marca enviou um comunicado oficial à imprensa e escreveu mensagem em sua página oficial no Twitter:

 

–  A Arezzo entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios. Não entendemos como responsabilidade da Arezzo o debate de uma causa tão ampla e controversa. E, por respeito aos consumidores contrários ao uso desses materiais, estamos recolhendo de todas as nossas lojas.


Grifes internacionais de grande porte, como a Chanel, já aboliram o uso de pele animal em suas criações. Karl Lagerfeld apresentou em suas últimas coleções apenas peles sintéticas, adquiridas na China e na França.


Gabriela Toledo, presidente do PEA, Projeto Esperança Animal, entidade ambiental que tem como causa principal a proteção ao meio ambiente e à biodiversidade, lamentou o lançamento: 


– Um país tropical usar pele é ridículo. Total retrocesso, fora de moda. As pessoas estão investindo em tecidos tecnologicamente superiores para aquecer, não é necessário usar um monte de roupa para se proteger do frio. As pessoas não entenderam que no momento em que se compra um produto deste, está patrocinando a crueldade.

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