– Santacruzense X Batatais: Aprendendo com os Erros?

Ontem, uma situação desconfortável ocorreu pela série A3 do Campeonato Paulista. A árbitra Katiucia da Mota Lima cometeu um grave equívoco e depois consertou o seu erro. Durou quase 5 minutos a confusão, e, claro, com muita discussão. Mas 2 coisas me chamaram a atenção: o bisonho erro inicial e a covarde tentativa de agressão pós-jogo.

 

Entenda o lance:

 

Time do Santacruzense tem uma falta a seu favor. O jogador arruma a bola, adversário catimba, jogador ajeita novamente e… aquela demora costumeira.

Quando estava pronto para cobrar a falta, o jogador resolve ajeitar pela enésima vez a bola. Ao colocar a mão na bola novamente para arrumá-la, eis que o jogador adversário (Batatais) e aparentemente a árbitra também, entendem que ali foi cometida uma infração. O jogador do Batatais cobra a falta em favor do seu próprio time, e ainda por cima marca um gol! Circo totalmente armado…

 

Entenderam o erro?

 

Após autorização para a cobrança, o jogador colocou a mão na bola novamente. E a árbitra entendeu que ali houve uma mão na bola (pelas imagens, ela deve ter interpretado dessa forma ou foi levada a interpretar pela esperteza do time do Batatais, que reclamou de mão e cobrou o lance como se fosse dele). Houve uma espécie de “reversão da falta”.

 

Na verdade, a árbitra parece ter entendido que, após o apito, colocar a mão na bola seria uma infração. Entretanto, após um tiro livre, a bola só entra em jogo a partir do momento em que ela é tocada e se move. Assim, a bola só estaria em jogo quando alguém a chutasse. O uso das mãos naquele momento não coloca a bola em jogo, e, sendo assim, não é falta, já que a bola não entrou em jogo e a partida está parada aguardando um reinício. Ali, simplesmente, a árbitra poderia dar uma advertência com Cartão Amarelo por Retardamento e mandar o atleta agilizar a cobrança.

 

Como vocês poderão ver nas imagens do link abaixo, o jogador do Batatais cobra rápido a “falta”  (que não existiu ao seu favor, pois a partida não tinha sido legalmente reiniciada) e faz, para azar da árbitra, o gol. Chega a impressionar como os atletas do Santacruzense acuam a árbitra, sendo que em determinado momento o time inteiro (junto com a Comissão Técnica e outras pessoas) a colocam num cantinho do estádio, tendo o bandeira e o quarto árbitro como companheiros de defesa.

 

Após tanta discussão, o gol é anulado acertadamente, e aí a reclamação passa a ser do time do Batatais. A partida é reiniciada com um bola ao chão (erroneamente, pois se nada daquilo valeu, e a falta originariamente marcada a favor do Santacruzense foi cobrada pelo adversário, deve-se reiniciar o jogo com o tiro livre direto marcado anteriormente (num primeiro momento, dá a entender que há até erro de direito, caso o gol fosse confirmado. Mas, como argumento a favor da árbitra, pode alegar que, de repente, um bandeira houvera avisado o erro e por isso o fato de se voltar atrás).

 

Erros incomuns como esse que fazem com que a Regra de Jogo seja apaixonante. Mas vale registrar:

– o vacilo inicial da árbitra;

– a coragem final da árbitra;

– a pressão que deu certo do Santacruzense;

– as tentativas covardes de agressão pós jogo do Batatais sobre a moça (vide no relatório em: http://sumulaonline.fpf.org.br/sistema/sumula_file/getpdf.php?f=tmp7A16.tmp)

– a não manifestação do Sindicato dos Árbitros ou da Cooperativa (logo após a partida Prudente X São Paulo, eles se manifestaram prontamente em seus sites contra as reclamações de Paulo César Carpegiani. E agora, quando quase bateram numa moça, ficarão quietos?)

por fim: a urucubaca que é a relação Mulheres X Santacruzense. E justo naquele gol! É o mesmo palco em que Sílvia Regina foi acusada do famigerado “Gol de Gandula”, que nunca foi de gandula (eu estava lá… sei bem da história).

 

Veja o lance: http://www.youtube.com/watch?v=p_zbowoeolo

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