Ser atencioso e educado aos dirigentes de clubes, politicamente correto e ao mesmo tempo não abrir mão da firmeza de suas decisões, são virtudes de uma Comissão de Arbitragem!
Defender seus comandados também, pois os árbitros, em si, não são adversários ou inimigos dos clubes, mas atores tanto quanto os jogadores e precisam de respaldo dos seus superiores para trabalharam sem preocupações de veto.
Na última segunda-feira, o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, esteve na FPF reclamando da arbitragem com a CEAF-SP. Entretanto, nesta quinta-feira, leio com espanto a notícia da agência Lancepress (do site Lancenet), de que o Cel Marcos Marinho, presidente da Comissão de Árbitros, apontou como acerto a decisão de Flávio Guerra em não marcar pênalti contra o Corinthians no jogo contra o Mirassol, declarando que: “Não se incomoda com a reclamação por parte dos clubes; não em relação ao Corinthians, mas às duas partes. Na distribuição de cartões, ele (árbitro) acabou adotando um estilo neste jogo que não deu certo”. Ele afirma ainda que o árbitro “não receberá nenhuma punição ou suspensão por parte da comissão de arbitragem”, que confia na revisão dos conceitos por parte de Flávio Guerra e que a Comissão concordou com a decisão do árbitro durante o jogo, no último domingo, que não marcou pênalti após a bola atingir o braço do meia corintiano Morais, dentro da área:
“- O lance de pênalti foi discutível, então acabamos não apontando como um erro. Ficou apenas a parte disciplinar.” – Marcos Marinho
Ora, respeito a decisão do amigo Guerra e a fala do Cel Marinho, mas o erro é indiscutível! O jogador corre com os braços levantados, num movimento anormal de quem está em velocidade ou que vai disputar lealmente a bola. Há a clara intenção em evitar o cruzamento do adversário, indo contra todos os princípios da regra 12 sobre o discernimento de lances de ‘mão na bola’ ou ‘bola na mão’ (Faltas e Incorreções)!
Sinceramente, gostaria de entender: do que o Corinthians se queixou? Da expulsão ao Jorge Henrique? Talvez sim, já que o corinthiano foi expulso por receber o segundo cartão amarelo, ao invés de ter recebido o cartão vermelho direto, por carrinho frontal nas pernas do adversário…
Lamentável a CEAF-SP dizer indiretamente de que o erro contra o time do presidente Andrés Sanches não aconteceu, mas as supostas queixas contra o time são justas!
É claro que esse tipo de pressão é “preventivo”, já que novamente houve erro (não intencional) de não marcação de pênaltis contra o Corinthians (vide Ouvidoria da Arbitragem da FPF, onde há o pedido de desculpas ao Noroeste por 2 pênaltis não-marcados contra o Corinthians – também apitado por Guerra). Tal fato nada mais é do que justificativa contra a chiadeira dos adversários e resguardo para as fases finais do campeonato.
E você, o que acha disso: a FPF dizer que o árbitro vai rever os seus conceitos a um presidente de time que vai reclamar indevidamente a ela é “passar recibo”, ou seja, ceder a pressão do clube grande? Deixe seu comentário:
