– Jogadores Produzindo Provas Contra Si pelo Twitter

 

Um bom advogado sempre dirá que seus clientes não podem produzir provas contra eles próprios. Mas os jogadores de futebol parecem não se importarem com isso…

 

A moda, agora, é chorar e espernear via Twitter. O micro-blog, originariamente uma brincadeira para as pessoas responderem aos seus amigos o questionamento “O que você está fazendo agora?”, tomou outros rumos. Hoje, empresas utilizam dessa rede social para interagir com os seus clientes e divulgar seus produtos. Celebridades se autopromovem. Professores sugerem debates e trocam conhecimentos. Adolescentes trocam dicas de baladas e brincam entre si. Jornalistas divulgam informações e experiências. Enfim, usos diversos, banais ou interessantes.

 

Recentemente, os jogadores de futebol descobriram no Twitter uma forma de demonstrarem o que pensam utilizando o livre arbítrio da rede. Entretanto, esquecem do principal detalhe: eles são vistos, lidos, ou melhor, seguidos (que é o termo dos twitteiros) por milhares de pessoas nas suas mensagens, ou melhor, em seus tuítes! Parecem ignorar o fato das repercussões futuras, escrevendo no computador algo que não diriam com o microfone aberto.

 

Jorge Henrique, Dentinho e Neymar já fizeram o uso do Twittter para reclamar da arbitragem em suas partidas, inclusive com termos fortes e palavrões. Depois que todos lêem, eles apagam, claro. Ou dizem ainda que suas contas no Twitter foram invadidas por hackers…

 

Ronaldo Fenômeno, no Twitter, não disse ainda logo após o jogo do Tolima, que não iria parar para não dar esse gosto aos seus críticos? Exatos quatro dias depois se aposentou…

 

Até mesmo o árbitro Carlos Eugênio Simon deu um “furo” ao divulgar a escala do japonês de Brasil X Holanda na Copa do Mundo da África do Sul antes da FIFA. Coincidentemente, voltou para casa depois disso.

 

Nesta última semana, dois episódios: Jucilei, domingo, ironizando o resultado ruim da Gaviões da Fiel no Carnaval e sugerindo cobranças de vitória como a agremiação fez a ele e ao seu ex-time, o Corinthians. Ontem, o caso mais impactante: Kleber Gladiador criticou sem pudor o seu treinador, Luiz Felipe Scolari, alegando que reclama demais do time, dos próprios jogadores, das suas atitudes e que não se calaria mais (agora, 08:00, ainda está no ar as reclamações e o seu desabafo: http://twitter.com/kleberglad30)

 

Não é o caso dos clubes repensarem certas situações e permissões a seus atletas? Não digo censurar, lógico, vivemos numa democracia. Mas não deveriam orientar atletas a tomarem devidos cuidados? Olha só que ambiente o danado do Twitter do Kleber causou no Palmeiras, que está classificado como um dos ponteiros do Paulistão! Ele diria as coisas que escreveu à imprensa com os microfones no ar? Talvez sim, talvez não…

 

Por fim, parece que agora, ao invés dos clubes se preocuparem com assessor de imprensa, assistente social, psicólogo e outros profissionais para os atletas, terá que arranjar orientador de tuítes politicamente correto ou até mesmo redator!

 

E você: acha que o clube deve interferir na vida dos jogadores dentro das Redes Sociais como Twitter, Facebook e Orkut? Deixe seu comentário:

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