Calma, não é nenhum artigo-denúncia ou bomba a ser detonada. Apenas uma observação curiosa, calcada em números e comprovações. Mas, pelos resultados, torna-se muito interessante.
A Folha de São Paulo do último sábado trouxe o seguinte dado: passado pouco mais da metade do Campeonato Paulista de 2011, o Palmeiras era a 2ª equipe mais faltosa do Paulistão (o 1º é o Bragantino). Entretanto, é apenas o 17º em cartões amarelos recebidos. E até a Rodada 11, nenhum cartão vermelho fora aplicado contra os palmeirenses! E, sendo time de Luiz Felipe Scolari… (lembra de quando ele treinava com 10 jogadores, se prevenindo de possíveis expulsões?).
Ao olhos da arbitragem, parece que o Palmeiras ganha com a benevolência da não-punição do rodízio de faltas – sim, aquelas faltas bobas, ditas “de jogo”, e que numerosas (embora não violentas) picam o jogo e passam desapercebidas pelos árbitros, matando jogadas e beneficiando o antijogo. Claro, essa análise é empírica mas válida, já que os números são frios e exatos.
Tal situação me remete ao Paulistão de 2009. Foram 19 pênaltis a favor em 19 jogos. Claro que se os 19 foram cometidos, tudo bem. Mas é curioso ver que o São Paulo, no mesmo campeonato e com o mesmo número de jogos, teve apenas 1 marcado a seu favor. Se somados 2008 e 2009, 38 pênaltis ao Verdão!
Ainda como número interessante: em 2009, o Palmeiras teve a sorte de ter todos os árbitros categoria Ouro C, recém-promovidos da série Prata, sorteados para seus jogos no Palestra Itália. Jovens árbitros em seu primeiro ano na divisão maior, com o Luxemburgo no banco, “fungando no cangote”?… hum… pode pesar! Quantos novatos em seus jogos no mesmo torneio os outros grandes tiveram?
Sorte. Seria esse o resumo de tudo isso? Ou competência do treinador em montar um esquema que burla a percepção do árbitro? Deixe seu comentário:

Números são números. Tudo o que você escreveu são fatos. Mas são fatos em cima de números, não podemos confundir.
Uma coisa é dizer que o time foi campeão e fez 30 gols a menos do que o segundo colocado. Ora, imagino que deva ter uma zaga excelente esse time campeão. Podemos também dizer que o time campeão teve 500 (quinhentos) cartões amarelos a mais do que o vice novemente. Ué, de que adianta se esse tal time campeão faça muitos gols?! Enfim, de acordo com seus números, em 19 jogos o São Paulo teve 1 pênalti a seu favor. E se esse pênalti não foi assinalado corretamente?????? E se esses 19 pênatis marcados a favor do Palmeiras na verdade eram pra ter sido marcados 40 e os árbitros só marcaram 19???????? Ou seja, os números existem, mas não podemos delirar neles. Eles servem como base. Aí sim! Quero deixar registrado que sou corintiano, ou seja, minha opinião é sem partido. Grande abraço do seu sempre leitor.
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Grande Denis, a ideia da discussão é justamente essa: colocar em debate situações curiosas e possivelmente divergentes.
Concordo contigo: os números são base, já que a matemática é fria e não sente o calor e a dinâmica da partida!
Abraços!
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Jorna de Bauru publicada nesta data. Se quiser achar vah a um buscador e coloque o titulo abaixo.
O Silas é candidato a presidente da Cooperativa dos Árbitros e o Arthur já é presidente do Sindicato. A quem reclamar?
09/03/2011
Arbitragem perigosa esquenta bastidor
Ricardo Santana
O árbitro Flávio Rodrigues Guerra, responsável pelo apito hoje entre Noroeste x Palmeiras, será vigiado de muito perto. Silas Santana, ouvidor da Federação Paulista de Futebol (FPF), admitiu que a arbitragem de Guerra interferiu a favor do Corinthians no empate de 1 a 1 contra o Noroeste, na partida do dia 23 de janeiro, no Pacaembu pela terceira rodada do Paulistão.
A questão é como agirá Guerra depois dessa desaprovação pública no primeiro jogo do Alvirubro contra um grande em Bauru. Contra o Timão, ele teve duas oportunidades para não atrapalhar a Maquininha Vermelha.
Na segunda etapa, quando o jogo estava empatado com um gol para cada lado, o atacante Aleílson sofreu dois pênaltis claros, contudo a arbitragem não marcou nada. De acordo com o documento assinado por Silas Santana e remetido ao Noroeste, aos 42 minutos do segundo tempo, Aleílson foi calçado por Marcelo Oliveira, que não atingiu a bola, que deveria ter sido anotado como pênalti. Na outra jogada, dois minutos após, Aleílson foi calçado dentro da área, desta vez pelo volante Ralph.
O ouvidor da Federação define os erros como “equívocos cometidos pelo árbitro”, lamenta e diz que encaminhará cópia à comissão de arbitragem para avaliação da conduta do árbitro.
Com o empate, o Noroeste somou apenas um ponto. Contudo, uma vitória daria três e somaria o Noroeste hoje 12 pontos, mesma pontuação que o São Caetano. Nesta toada de “equívocos”, poderia se incluir o pênalti inexistente que originou o segundo gol do São Bernardo na derrota noroestina por 2 a 0, com o zagueiro Matheus distante do avante Danielzinho que tropeçou no próprio calcanhar e o juiz apontou a marca de pênalti. No empate contra o Botafogo de Ribeirão, ao final do primeiro tempo, a arbitragem deu uma saída muito duvidosa de bola pela linha de fundo a favor do time de Riberão, em jogada que o centroavante Zé Carlos concluiu para o fundo do gol o cruzamento do lateral-direito Márcio Gabriel.
O time do Noroeste não ajuda e os adversários contam com a arbitragem, principalmente, em jogos fora do Alfredo de Castilho. No entanto, hoje, o Noroeste é o mandante em sua primeira partida contra uma equipe considerada grande do futebol paulista, justamente com Guerra no apito.
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