Hoje teremos mais um Choque-Rei (com arbitragem de Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, assistência dos amigos Márcio Luís Augusto e Marcos Gonzaga, auxílio de Claus – que apitou o clássico de domingo passado – e Leonardo Ferreira Lima, além do trabalho do quarto árbitro Bizzio) e sobre isso vale a fala na visão de um árbitro: como se preparar para apitar esse jogo?
Primeiro vamos a uma questão pertinente: há duas correntes no mundo da arbitragem – uma, mais antiga, de que o árbitro deve ser alheio de tudo o que envolve as equipes para apitar sem influência alguma; a outra, mais européia, de que você deve estar atento a tudo o que influenciará o jogo.
Confesso que gosto da segunda corrente. Estudar os times, estar informado de situações possíveis ajudará a conduzir a partida com mais sabedoria. Certa vez, disse que gostava de estudar não só a arbitragem mas também os esquemas táticos das equipes. Fui advertido de que isso era irrelevante, pois você deve cumprir a regra. Ora, é essa mentalidade retrógrada (a mesma que pune quem dá entrevistas ou quer obscuridade nas comissões de arbitragem) que faz o árbitro ser tão antipático e odiado.
Cito o jogo de hoje: se eu souber como o São Paulo ou o Palmeiras jogarem, posso me preparar para mais contra-ataques ou não, para mais marcações de faltas ou não. Se um time joga no 4-4-2 ou no 3-5-2 posso mudar meu posicionamento em campo. Se há em campo jogador que aceita ou não provocação preciso ficar atento para o unfair-play do adversário. Isso só ajuda o árbitro e ao espetáculo.
Por exemplo: estudando o jogo, lembro dos incidentes de um Palmeiras X São Paulo recente, onde Kléber acertou uma cotovelada em André Dias e Alex Silva tomou as dores. O palmeirense mandou o sãopaulino dançar balé, literalmente! Ora, não é o caso de eu avisar ao árbitro de meta de que, na primeira discussão entre ambos, adverti-los para o bem do clássico? Ou, ainda, estar atento às possíveis simulações de Valdívia, que, diga-se de passagem, parou com o costumeiro cai-cai. Mas, num clássico como esse, encostou na área…
Por que não estudar as características dos atletas?
O jogo entre essas equipes tem sido há muito tempo polêmico, desde o episódio do gás no vestiário, onde a FPF se calou e não puniu ninguém. A equipe de arbitragem estar atenta a todos esses lances e acontecimentos é vital para um bom jogo.
Boa sorte aos amigos!
E você, acha que é importante para o árbitro estudar os atletas antes de um jogo? Deixe seu comentário:

Vc está coberto de razão, quando opta pela segunda opção, é claro que o árbitro deve se municiar de todo tipo de informação para que possa conduzir uma partida de futebol, ainda mais quando se trata de um classico com varios antecedentes negativos.
CurtirCurtir