Recentemente, a FIFA recomendou que as Confederações / Federações de futebol pagassem os salários proporcionais dos dias não trabalhados dos atletas nos clubes, quando servissem as suas seleções. Claro, a pressão veio da Europa, de onde saem atletas sulamericanos a peso de ouro para muitos amistosos caça-níqueis.
Taí uma curiosidade: será que a paupérrima Federação da Costa do Marfim paga o astronômico salário de Drogba, que recebe uma verdadeira fortuna do Chelsea? E a bem mais abastada CBF, será que paga os dias trabalhados ao Kaká, quando ele deixa o Real Madrid e serve a Seleção?
Digo isso pois os clubes ficam sem seus atletas, sentem os desfalques técnicos, e, muitas vezes, recebem o seu jogador machucado.
O zagueiro Bruno Uvini do SPFC, servindo a seleção SUB20, quebrou a perna durante o torneio. Uma fatalidade, claro. Mas veja que ironia: o clube cede o jogador (que, sinceramente, tenho dúvidas se é reembolsado ou não pela CBF), fica sem o atleta à disposição do seu elenco, e o recebe inválido por alguns jogos? Sai tinindo! Mas volta avariado…
A contrapartida é lógica: uma convocação valoriza o atleta, e isso é bom para o clube. Mas Milan, Real Madrid ou Barcelona desejam isso? Claro que não, pois tais constantes convocações só fazem os representantes dos atletas pedirem aumento salarial. Para a Ponte Preta, Paulista, Guarani ou qualquer time mediano do interior, ter um atleta convocado é sinal de dinheiro futuro em caixa. Para Santos, São Paulo, Palmeiras ou Corinthians, nem sempre é assim…
E você, o que acha disso: a CBF deveria bancar o atleta até a recuperação (e os custos do clube, claro), como no caso do zagueiro Bruno Uvini? Deixe seu comentário:
