Amigos, um rápido apanhado sobre 3 assuntos pertinentes da primeira rodada do Campeonato Paulista (a pseudo-polêmica de COR X POR; Rivaldo X Felipão e os Árbitros atrás dos Gols):
a) O “Vai-e-Vem” de Paulinho no gol do Corinthians:
Corinthians no ataque: Paulinho divide a bola com o zagueiro da Portuguesa, caem fora do campo e o corinthiano ganha o escanteio. Roberto Carlos cobra rápido e marca um gol Olímpico.
Detalhe do lance: Paulinho estava fora do campo, e quando Roberto Carlos cobra o tiro de canto, ele retorna, a bola passa por ele que abre as pernas e resulta no gol.
Um princípio de discussão: ele pode fazer isso?
Antes de polêmica, vale o registro: lance legalíssimo. Se o jogador sai de campo por força da jogada, ele pode retornar ao campo assim que se levantar ou equilibrar, sem pedir autorização ao árbitro. Uma emissora de rádio em que eu ouvia o jogo disse que o ”problema era saber se ele voltou antes ou depois da cobrança do Roberto Carlos”. Nada disso, independe da bola estar rolando ou não, participado da jogada ou não (até mesmo porque no escanteio não existe impedimento, caso alguém desatentamente possa ter dito que Paulinho atrapalhou o goleiro ilegalmente).
A única irregularidade seria caso o atleta saísse propositalmente de campo e voltasse sem avisar ao árbitro (mesmo com o árbitro adicional próximo dele, a permissão tem que ser a do árbitro principal). Se fosse assim, o jogo seria paralisado onde Paulinho abriu as pernas, o jogador deveria se retirar de campo; o árbitro ordena que ele volte e lhe aplica o cartão amarelo. O jogo seria reiniciado com um tiro livre indireto a favor da Portuguesa no local da participação da jogada do Paulinho.
b) o desabafo de Rivaldo:
Durante a manhã, ouvi Rivaldo desabafar ao jornalista Milton Neves na Rádio Bandeirantes AM. Entre as lamúrias, o pentacampeão disse que Luiz Felipe Scolari só foi ao Afeganistão por sugestão dele, Rivaldo, ao presidente do clube, sendo que os próprios advogados do Rivaldo intermediaram a negociação.. Entretanto, quando Rivaldo voltou ao Brasil e iria iniciar negociações com o Palmeiras, Felipão vetou-o. Fica a observação: como é difícil a relação “Gratidão X Profissionalismo” no futebol. Por diversas vezes na entrevista, Rivaldo ressaltou o fato de ter jogado machucado algumas vezes no Azerbaijão a pedido de Felipão, a fim de ajudá-lo no campeonato local.
c) Árbitros Adicionais atrás da Meta:
A experiência é válida. Estive no Jayme Cintra assistindo Paulista X Ituano (o clássico dos Galos de origem ferroviária). Aliás, primeiro inteiro do Galo da Japi e segundo tempo só deu Galo Ituano.
Mas nessa partida ficou difícil avaliar o trabalho da arbitragem, tamanha a facilidade do jogo (vale o ditado, às vezes, é o árbitro quem faz a partida ficar fácil para apitar). Raphael Claus, Luis Alexandre Nielsen, Márcio Jacob, Alessandro Balieiro, Luciano Monteiro dos Santos e Thiago Scarascati (o sexteto de arbitragem) mostraram entrosamento (principalmente do Claus em relação às vantagens em impedimentos). Os árbitros assistentes adicionais praticamente nem precisaram tomar banho para voltar ás suas casas, pois a exigência foi zero.
Já em Mogi-Mirim, Rodrigo Guarizzo Ferreira do Amaral e Márcio Henrique de Góis foram bem na decisão do pênalti no jogo MMEC X SPFC. Se alguém duvidasse da marcação do árbitro, estava ali seu assistente para dirimir as dúvidas.
O detalhe que vale registrar: até agora nós vemos situações de confirmações de lances. Está sendo positivo, mas ainda se aguarda uma prova de fogo, uma situação de correção de lances, como: uma bola que bateu no travessão e depois no chão dentro-ou-fora do gol, ou ainda a divergência numa marcação de bola na mão e / ou mão na bola).
Conversando com o amigo e jornalista da TVE Reinaldo Oliveira, ilustramos as duas seguintes situações:
Pacaembu lotado, Corinthians X Vila Xurupita, fase eliminatória do Paulistão:
1) Ronaldo entra na área e é atropelado pelo voluntarioso zagueiro adversário. Árbitro central manda seguir e é avisado pelo rádio pelo assistente de meta que foi pênalti claro. Para-se o jogo e marca o pênalti. Um provável “bolinho de atletas” do Vila Xurupita reclamando que “quem manda é o árbitro, não o assistente”. Normal e tudo bem, o que vale é a correta marcação da jogada e as reclamações pararão por aí.
2) Ronaldo entra na área e escorrega sozinho na frente do zagueiro adversário. Árbitro dá pênalti. Torcida vibra na arquibancada, Ronaldo pega a bola para cobrar e enquanto isso o assistente atrás do gol avisa: o Fenômeno caiu sozinho…
E aí, o que vai acontecer?
Uma muvuca, certamente, apesar da correção. O problema será única e exclusivamente a pressão. “Desmarcar” pênalti pode ser mais difícil dependendo do peso da camisa de quem se desmarca (coisa que não deveria existir).
Finalizando: na situação 2, o jogo será reiniciado com bola ao chão, ali mesmo na frente do gol, conforme a regra 8.
Ainda assim, prefiro essa muvuca correta do que a tranqüilidade errada.
Aproveitando o texto e audiência: e a camisa feia que a Nike lançou para Seleção Brasileira? Quem inventou uma faixa verde no peito? Que mau gosto…

Prof. Rafael, o sr poderia comentar o novo sistema de sorteios da FPF e se este modelo serã seguido pela CBF?
Qual sua opinião sobre os novos árbitros e ranking da FPF?
Agora, um comentário pessoal: o sr nao ia tirar o domingo para a família, mas não aguentou e foi assistir ao jogo do Paulista?
CurtirCurtir
Antonio, acho que se deveria sortear jogos para árbitros, e não o inverso, como se faz com 25 nomes. Entretanto, a CEAF acaba conseguindo se virar bem na composição das escalas com suas metodologias.
No post de hoje, comento sobre as escalas. Aliás, falta gente para trabalhar e disparates ocorrem: Luiz Flávio aspirante à FIFA de adicional, e em outros jogos alguns árbitros saídos das outras divisões sem muita diferença. (o “falta gente” é relativo, já que o quadro é inchado…)
Aliás, o nome correto segundo o Wright hoje é AAA – árbitro Assitente Auxiliar.
sobre o domingo: Futebol no Jayme Cintra tb é programa familiar… rsrs
CurtirCurtir
Ola Porcari:
Perfeitas observações sobre oi gol olimpico do Roberto Carlos, porém, a ação do gandula foi regular?
O gol somente aconteceu porque ele ” participou ativamente da jogada” kkk
Estranho dizer isso nao é?
Estaria ou nao o goleiro da Portuguesa entre seus postes e nao na marca penal orientando seus defensores se o gandula fizesse sua real função de entregar a bola ao cobrador?
Jogada ensaiada?
O mando de jogo era do Corinthians a quem cabia ” escalar” os gandulas…
Bom tema para discussão amigo?
Abraços
Seu Gustavo, sempre aprendo com o senhor e seu rápido reflexo! Ótimo tema para discussão, pois, certamente, se o mando fosse da outra equipe essa bola não seria devolvida com tanta rapidez!
CurtirCurtir
Isto náo faz parte da regra, mas é costume tanto na casa do mandante como na do visitante. A igualdade é que num campeonato de turno e returno isto acaba se igualando. Uma pergunta, uma equipe joga pelo empate e comete anti-jogo para ganhar tempo, com o juiz tendo que dar 5 minutos de acréscimo. Aos 45 do segundo, gol da equipe prejudicada. Em suma algo previsto na regra sendo cumprido proporciona o empate aos 50 e classifica. O que mais cometeu anti-jogo se beneficiou de uma situacao.
CurtirCurtir