É recente o episódio em que os ditos “intelectuais” (ou uma parcela deles) manifestaram apoio à candidatura de Dilma Roussef. Agora eleita, já foi convidada pelo embaixador iraniano a visitar o presidente do Irã, Ahmadinejad.
Nos últimos anos, a relação Brasil X Irã foi muito polêmica. Violador dos direitos humanos, o país “irmão” fez questão de se aproximar do nosso justamente para ter respaldo da comunidade internacional. Mas quer um exemplo claro de ditadura que incomoda e que nos acomodamos em dar uma resposta? É o caso do cineasta iraniano Jafar Panahi. Leia o caso abaixo e entenda a triste situação. Como bem diz J.R. Guzzo (citação abaixo), cadê os intelectuais agora?
A PAZ DA ESCLEROSE
Por J. R. Guzzo, Revista Veja, 05/01/2011, pg 118.
(…) O mundo dos intelectuais, artistas e gente de cultura ficaria chocado, ou deveria ficar, se prestasse um pouco mais de atenção ao que está acontecendo com o cineasta iraniano Jafar Panahi. Ele foi condenado a seis anos de prisão por ter dado apoio ao candidato da oposição nas eleições de março de 2010 ─ mas isso é só uma parte do seu problema. Panahi também foi proibido de filmar pelos próximos vinte anos; não poderá escrever roteiros para outros cineastas, nem viajar para o exterior, nem dar nenhum tipo de entrevista. Vai ficar vivo, mas terá de morrer profissionalmente.
É o “amigo Ahmadinejad” em ação.
