Todas as mídias noticiaram: a população da Bolívia saiu às ruas contra o aumento dos combustíveis ordenado por Evo Morales.
A Gasolina, por exemplo, subiu 83%.
O Diesel, 73%.
A tarifa dos ônibus, 100%.
E o salário mínimo, 20%.
Tudo numa canetada!
Imagine se fosse aqui! Apesar de que, com os freqüentes aumentos do etanol, a coisa não é tão diferente…
Extraído de: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4867345-EI8140,00-Crise+da+gasolina+deixa+feridos+e+detidos+na+Bolivia.html
CRISE DA GASOLINA DEIXA 15 FERIDOS E 21 DETIDOS NA BOLÍVIA
Quinze agentes ficaram feridos e 21 pessoas foram detidas nos choques entre policiais e manifestantes nesta quinta-feira nas cidades bolivianas de El Alto e Cochabamba, em meio à crise provocada pelo aumento de até 83% nos preços dos combustíveis.
“Há 15 policiais feridos em El Alto, dois gravemente. Em Cochabamba, 16 (manifestantes) foram detidos, e outros cinco em El Alto”, informou o ministro do Interior, Sacha Llorenti. Segundo o ministro, “atos de vandalismo” foram cometidos por ativistas “identificados” do Movimento Sem Medo (MSM), do ex-prefeito de La Paz Juan del Granado.
Llorenti informou que manifestantes atacaram a polícia com pedras, e os agentes reagiram com bombas de gás lacrimogêneo. Durante os protestos, a multidão quebrou o portão da sede da vice-presidência boliviana, incendiou postos de pedágio, destruiu agências da empresa aérea estatal BoA e atacou as sedes da Central Operária e do sindicato dos plantadores de coca. Os manifestantes também tentaram queimar uma bandeira da Venezuela e incendiar o monumento ao guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
El Alto, cidade-dormitório vizinha a La Paz, foi tomada por milhares de manifestantes, que levantaram barricadas e incendiaram pneus para interromper o trânsito. Em Cochabamba, os grevistas do transporte de carga estacionaram caminhões nos cruzamentos para bloquear o tráfego. Santa Cruz de la Sierra, motor do desenvolvimento boliviano, também era muito afetada pela paralisação dos transportes.
Durante a tarde, um grupo liderado pelo MSM tentou chegar ao Palácio Presidencial de La Paz, mas foi reprimido pela polícia de choque, que dispersou o protesto com bombas de gás lacrimogêneo. Diante da repressão policial, o grupo desistiu de chegar à Praça das Armas, onde estão as sedes dos poderes Executivo e Legislativo.
Em meio aos protestos, a população correu em busca de alimentos e formou enormes filas em torno dos mercados de La Paz. Os manifestantes exigem a renúncia de Morales, que deflagrou a crise ao decidir pelo fim dos subsídios aos combustíveis, provocando um aumento de 83% na gasolina e de 73% no díesel.
Para suavizar a alta dos combustíveis, Morales aumentou em 20% o salário mínimo e a remuneração das Forças Armadas, da polícia e dos funcionários da saúde e da educação. O presidente também anunciou outras medidas, como incentivos a agricultores e a pequenos empresários. Morales convocou ainda os militares para tentar reduzir os efeitos das greves que paralisam o país.
O ministro da Defesa, Rubén Saavedra, anunciou que homens das Forças Armadas farão e venderão pães ao “preço antigo”, diante da decisão do sindicato dos padeiros de parar a categoria por 24 horas e elevar o preço do pão em até 100%.
Os militares bolivianos também foram chamados para dirigir ônibus e caminhões visando atenuar o aumento unilateral de 100% nos preços das passagens de taxis e micro-ônibus que ignoram a greve nos transportes. A Força Aérea Boliviana está realizando voos comerciais na rota La Paz-Cochabamba-Santa Cruz ao preço simbólico de 150 bolivianos (R$ 33).
Morales afirma que elevou os preços da gasolina e do díesel para enfrentar o contrabando de combustíveis para os países vizinhos, ao custo anual de US$ 150 milhões. A Bolívia tem um consumo de 35 mil de barris diários de petróleo, e em 2010 produziu apenas 4.500 barris diários. O restante é importado, principalmente de Venezuela e Argentina.