– Devassa + Schin frente os planos de Bud + Heineken

 

A Heineken, através da FEMSA, desembarcará (novamente) no Brasil, mas desta vez de maneira popular. A AmBev promete fazer muito barulho com a Budweiser no Brasil. Claro, estamos falando das donas de marcas famosas como Bhrama, Antártica, Kaiser e Bavária, que relançarão suas marcas globais no ano que vem.

 

Nesta semana, a Revista Exame, em matéria de João Werner Grando (Ed 982, 15/12/2010, pg 56-58) abordou essa nova guerra concorrencial com um enfoque: onde fica a Devassa nisso tudo? A cerveja do grupo Schincariol só detém 0,4% do mercado, mesmo com custos milionários, segundo a publicação.

 

De acordocom o texto, tal péssimo resultado iniciou uma onda de demissões na cervejaria ituana e a volta da Administração Familiar.

 

O que esperar em 2011? Um contraste da Nova Schin à Devassa onde abaixo, compartilho:

 

A LOURA AINDA NÃO ENTREGOU

 

Mesmo com o lançamento milionário de uma nova marca, a Schincariol não conseguiu ganhar participação de mercado e iniciou uma onda de demissões – de gerentes a vice-presidente O empresário paulista Adriano Schincariol protagonizou dois movimentos radicais – e opostos – nos últimos três anos. O primeiro ato começou em 2007, pouco tempo após a morte de seu pai e presidente da cervejaria que leva o sobrenome da família, José Nelson Schincariol. Com a ajuda da consultoria Egon Zehnder, Adriano contratou, em pouco mais de um ano, cerca de 30 executivos de mercado para ocupar os principais postos na administração da empresa – num processo de profissionalização amplo e meteórico. Menos de dois anos depois, porém, a estrutura começou a ser desmontada com a saída do então presidente Fernando Temi e, em seguida, de outros cinco diretores. O segundo ato começou no final de julho deste ano, quando Johnny Wei, vice-presidente comercial e um dos poucos remanescentes da fase de profissionalização, foi demitido. Gilberto Schincariol Júnior, de 27 anos de idade, vice-presidente de operações e primo de Adriano, assumiu o cargo de Wei. Nos meses seguintes, outros oito diretores também foram desligados. No final de setembro, 150 funcionários – de gerentes a analistas foram demitidos numa só tacada. Executivos próximos afirmam que o corte pode ter chegado ao dobro do número informado pela cervejaria. “Nos últimos anos, a empresa ficou inchada”, afirmou Adriano a EXAME. “A gente precisava deixar de fazer PowerPoint e vender mais cerveja.”

 

Embora o discurso de Adriano seja de que os cortes visam simplificar a estrutura da Schincariol- ou, em suas palavras, recuperar “o foco nas vendas” -, para executivos próximos à companhia a mudança representa um esforço para cortar custos num momento em que os resultados estão aquém do esperado. De acordo com suas próprias projeções, a cervejaria deverá faturar 5,8 bilhões de reais em 2010 – 15% mais em relação ao ano anterior. O problema é que a concorrência cresceu mais, e a Schincariol perdeu espaço num mercado que vai movimentar 56,7 bilhões de reais neste ano. De 2008 para 2009, a participação em volume no mercado de cervejas caiu de 13,2% para 11,8%, segundo dados da Nielsen. Neste ano, a fatia diminuiu para 9,8% (em outubro). O maior trunfo para recuperar espaço, a nova marca de cerveja Devassa Bem Loura, lançada no Carnaval, não teve o efeito planejado. Apesar do barulho da campanha, que consumiu investimentos de cerca de 100 milhões de reais e teve a socialite americana Paris Hilton como garota-propaganda, as vendas ficaram abaixo das expectativas iniciais. Uma projeção da consultoria Euromonitor estima que a Devassa Bem Loura deverá terminar este ano com participação de 0,2%. Segundo executivos próximos à companhia, a meta previa uma parcela de pelo menos 1,5% para este ano (o que representaria cerca de 150 milhões de reais em vendas). Os executivos da Schincariol não confirmam as metas e afirmam que as vendas da nova marca estão dentro das projeções. Os primeiros sinais de que as coisas não seriam fáceis surgiram alguns meses após o lançamento, inicialmente considerado um sucesso. Com a presença da garota-propaganda Paris Hilton, a Schincariol conseguiu ofuscar a principal concorrente, a AmBev, no sambódromo do Rio de Janeiro. A marca caiu na boca do povo, mas, segundo EXAME apurou, a estratégia de distribuição não funcionou como o previsto. Como se tratava de uma cerveja mais cara que a Nova Schin, e que seria vendida exclusivamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, foi criada uma estratégia especial para colocá-la nos bares e supermercados. Formou-se uma equipe específica para a marca, com cerca de 150 vendedores especializados. No plano inicial, a equipe só seria integrada à rede de distribuidores da Schincariol no meio do ano – de modo a ganhar mais escala. Os bons resultados iniciais fizeram com que a integração fosse antecipada para abril. “Uma equipe separada era a base da estratégia de distribuição da Devassa”, afirma um executivo próximo à empresa. “Ao ser incluída no portfólio dos distribuidores, a cerveja tomou-se apenas mais uma marca e perdeu a força.”

 

CONCORRÊNCIA GLOBAL

 

Na atual reestruturação, o principal alvo foi a área comercial. Ao assumir a vice-presidência da divisão, Gilberto demitiu seis dos oito diretores que até então se reportavam a Wei. (procurado, Wei não deu entrevista) Entre os demitidos estavam os diretores de canais, autosserviço e da Região Sul, além de três diretores dedicados a planejar investimentos e medir resultados de cada canal de venda (posições que foram extintas). A lógica das mudanças, segundo Adriano, é eliminar intermediários e, assim, retomar a antiga ligação direta entre a área corporativa e os vendedores. “Com o conhecimento do Gilberto sobre a produção e a minha experiência comercial, formaremos uma boa dupla”, afirma Adriano. À espera da dupla estão concorrentes empenhados em criar um cenário ainda mais adverso. No início deste ano, a Heineken adquiriu a Femsa, dona das marcas Sol e Kaiser, cuja rede de distribuição, acredita-se, ampliará a participação de sua marca global no pais. A AmBev, dona de quase 70% de participação do mercado nacional de cerveja, prepara-se para lançar a americana Budweiser no Brasil em 2011. “Será uma briga de grandes marcas globais, algo inédito no Brasil”, afirma Danny Claro, professor de marketing do Insper. Como se comportará a loura Devassa no meio dessa briga?

– Sem Sexo não se Vive?

Demagogia, Folclore ou Caso de Saúde Pública?

Na pequenina Parnamirim/RN, um vereador local quer distribuir gratuitamente remédios para disfunção erétil. Ele é Rosano Taveira, e se diz alicerçado nas idéias do psicólogo americano Maslow.

Ora, leciono na área de Administração de Empresas, e conheço bem a obra de Maslow. Abraham Maslow criou nos anos 40 uma teoria comportamentalista (ele era um dos pais do movimento behaviorista, adaptado à administração). Sua obra consistia na criação de uma Hierarquia das Necessidades às pessoas, e que através da satisfação ou frustração dessas necessidades o homem poderia ter reações previsíveis, e assim poderia ser administrado conforme sua carência pelos seus superiores (a chamada visão do Homem Probabilístico/Administrativo). Essas hierarquias eram divididas em dois grupos: Primárias, as mais importantes (fisiológicas e de segurança) e Secundárias (social, estima e auto-realização).

Teoricamente, a primeira necessidade humana é a de atender as necessidades do corpo, como comer, beber, dormir e descansar. Sexo é uma necessidade fisiológica; mas ela seria incontrolável, como as demais?

Ou o nobre vereador se equivocou com a necessidade primária da população, ou é um abnegado em atender a saúde pública. Tenho meus receios; afinal, os remédios de disfunção erétil tem suas contraindicações, principalmente para os cardíacos! Tomá-los sem prescrição médica é um perigo (aliás, qualquer automedicação é perigosa). Dar de graça esse tipo de medicamento me parece irresponsabilidade.

Em tempo: tal projeto não é novidade: em Novo Santo Antonio/MT, os idosos acima de 60 anos tem direito a 4 comprimidos de Viagra ou Ciallis garantidos pela prefeitura local, numa ação social chamada de “Projeto Pinto Alegre”. Parece gozação tal nome, não é? Trocadilho infame das autoridades de lá…