Ronaldo Nazário assumiu a paternidade de seu filho japonês. Ou melhor, nascido no Japão mas brasileiro da gema.
A Revista Época traz uma matéria interessante, por Celso Masson e Leopoldo Mateus, sobre os craques que tiveram que se submeter ao DNA e como eles reagem diferente ao ter que assumir filhos que foram fruto de relacionamentos esporádicos.
OS CRAQUES E SUAS JOGADAS FORA DA ÁREA
Eles fazem bonito entre as quatro linhas do gramado, mas nem sempre se controlam entre quatro paredes, onde não há bandeirinha nem juiz para apitar impedimento. Ser surpreendido por um filho que nasceu de um caso passageiro é quase uma regra entre os grandes atacantes do futebol brasileiro. Na semana passada, um teste de DNA comprovou que Ronaldo, o Fenômeno, é pai do garoto Alex. A notícia foi confirmada pelo craque por uma mensagem no Twitter: “Alex é meu filho”. A mãe é a brasileira Michele Umezu, que trabalhava como garçonete em Cingapura quando teve um caso com o Fenômeno, em agosto de 2004.
Os dois haviam se conhecido na Copa de 2002, no Japão, e se reencontraram quando o Real Madri, time em que Ronaldo jogava, foi fazer amistosos na Ásia. Michele voltou para o Brasil em abril deste ano e, de lá para cá, cobrava do jogador a realização de um exame de paternidade. Ao assumir que Alex é seu filho, Ronaldo mostra uma postura diferente daquela adotada por outros jogadores.
O caso extremo é o do goleiro Bruno, preso em Minas Gerais desde julho, acusado de participação no sequestro e morte de Eliza Samudio, com quem teve um caso – e o filho Bruninho. Um exame de DNA confirmou a paternidade. Na quarta-feira, Bruno foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a quatro anos e seis meses de prisão por agredir, sequestrar e ameaçar a modelo. Ele não poderá recorrer da sentença em liberdade. O julgamento de Bruno por sua participação na morte de Eliza ainda será marcado pela Justiça mineira.
No passado, ficou famosa a história de Garrincha, que em 1959 teve um affaire com uma sueca. Ulf Lindberg e o pai nem chegaram a se conhecer. Pelé teve duas filhas não programadas. Uma, com a empregada doméstica Anízia Machado, em 1964. A filha do casal, Sandra, só foi reconhecida pelo pai em 1996, cinco anos depois de entrar com o pedido de exame de DNA na Justiça. Em 2002, ele reconheceu ser o pai de Flávia Kurtz Vieira de Carvalho, hoje com 32 anos. O comentarista da TV Globo e ex-meio-campista Falcão se recusou a fazer exame de paternidade de Giuseppe Frontoni, nascido em 1981, enquanto o atleta atuava pelo Roma. Há oito anos, Falcão foi condenado pela Justiça italiana a pagar uma pensão equivalente a US$ 1.500 mensais ao filho – como não houve exame de DNA, testemunhos bastaram para a Justiça italiana decidir que Falcão é o pai. O quadro abaixo resume alguns dos casos de paternidade que marcaram o folclore do futebol. (Quadro não disponível)
