Imagine essa partida: Cacerense Ltda X Rondonópolis S/A.
Parece jogo oficial?
Pois este clássico matogrossense poderá ser assistido na próxima Copa São Paulo, recheada de equipes S.A. e Ltda. Times empresas de diversos pontos jogarão contra os grandes de SP e do RJ. Alguns deles poderão ser o Oratório – AP, Santa Maria de Brasília – DF, IAPE – MA ou o glorioso Vitória das Taboas – PE.
Como se pode observar, é provável que o nível técnico da Copinha seja ruim. Para os meninos do Atlético Acreano – AC ou do Grêmio Sampaio – RR, poderá ser a aventura de suas vidas… mas para o principal campeonato de juniores do Brasil, outrora chamado de Campeonato Brasileiro da Categoria, não está inchado demais? Parece o Brasileirão dos tempos da ditadura: “onde a ARENA vai mal, mais um time no Campeonato Nacional”.
A Copa da Inglaterra tem centenas de equipes nas suas fases iniciais. Sempre com mata-mata, afunilando a competição paulatinamente. Competições com número tão alto de clubes em fases iniciais EM GRUPO não deveriam existir. Deveria ser jogos eliminatórios entre as equipes sem tanta expressão, para, depois do funil, as melhores se juntarem aos grandes. Que tal 4 grupos de 4 equipes? Os grandes de SP, RJ, MG e RS mais os vindos do Play Off classificatório fariam uma disputa entre eles para se tirar os quatro semifinalistas.
Evitaria-se jogos de 11 X 0 como no ano passado. Não correríamos o risco de um zagueiro de time de aluguel, montado só para o torneio, acertar involuntariamente a perna de um atacante promissor de clube mais tradicional e prejudicar a carreira dele.
Aguardemos. Vamos esperar que o Sete de Setembro – MS ou o Gurupi – TO façam boas campanhas. Aliás, quanto time na Copa São Paulo que não disputa a Série A, B, C ou D do Brasileirão, não?
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