Ontem a FIFA divulgou os países que sediarão as próximas Copas do Mundo em 2018 e 2022.
Para 2018, deu Rússia. Sinceramente, achei uma zebraça, tendo em conta que a Inglaterra era adversária e é um país pronto para receber o evento, não precisando gastar muito nem construir nada. Talvez esse seja o pecado da Inglaterra: ter tudo pronto e não precisar do Governo para organizar o evento. Alguém duvida que os fatores “influência do governo russo” e, digamos, “muito dinheiro talvez não contabilizado” foram determinantes para a escolha? As candidaturas de Espanha / Portugal e de Bélgica / Holanda também não vingaram.
Para 2022, o absurdo é ainda maior: Catar. Quer ver como essa candidatura é indevida? Responda as questões:
– A população do país inteiro é equivalente a soma das cidades de Jundiaí, Itu e Salto. Mas se somarmos nossas vizinhas Cabreúva, Itupeva, Várzea e Campo Limpo Paulista, tornamo-nos ainda maior em extensão territorial. Em resumo, o Catar tem uma população menor do que Ribeirão Preto!
– Se todas as pessoas economicamente ativas do Catar estiverem no mesmo horário presentes dentro dos estádios de futebol, sobrará metade dos assentos. Eles não lotam, juntos, todos os estádios…
– Teríamos 12 cidades-sedes que sustentariam os estádios? Aliás, qual a população dessas cidades? Se metade da população está em Doha, a capital, quer dizer que corremos o risco de ter uma cidade com o estádio maior do que sua população?
– Quantas Copas o Catar já disputou? Como nunca jogou um Mundial e as chances de se classificar são pequenas, a vaga teria sido comprada pelos sheiks?
– Se um dos principais patrocinadores da FIFA é um fabricante de cerveja, e se no Catar o álcool é proibido, quer dizer que os estádios serão território internacional?
– As mulheres de Doha usam véu, dificilmente encontram-se uma burca. Mas dá para imaginar multas brasileiras sambando de biquíni ou Larissas Riquelmes à vontade nas arquibancadas do Catar?
Por tudo isso, não vejo o porquê de não podermos receber uma Copa do Mundo em nossa região. Que tal o nome de “Serra do Japi World Cup 2026?”
Ah bom… esqueci da nossa principal diferença: o dinheiro dos sheiks. Aliás, muito se fala da grana do petróleo. Mas não é do ouro negro que vem os recursos, mas sim do gás. Opa: gás? Então já temos o candidato a 2030: Bolívia, onde o dinheiro do gás e dos cocaleiros abunda… Disse alguma mentira ou isso não é uma verdade dita em prosa e verso de Evo Morales?
E você, o que achou das escolhas de Rússia e Catar? Deixe seu comentário:
