Estou escrevendo acompanhando a partida entre Internacional X Santos. Provavelmente encerrarei esse texto ainda com a bola rolando. Mas o lance do jogo até agora (15 minutos do segundo tempo nesse exato momento) não foi o gol não assinalado pela arbitragem em favor do santos, mas A BOBAGEM FEITA PELO QUARTO ÁRBITRO.
Vejam só: o Santos chuta para o gol e o Internacional tira a bola da meta em posição duvidosa: fora do gol, dentro do gol ou em cima da linha (que é gol)? Se o lance é rasteiro, mais fácil; lance por cima, mais difícil.
Nas câmeras da TV, é impossível se dizer algo. Somente uma câmera na posição da linha de meta poderia nos dar uma resposta certeira. Com tecnologia e sensores, nenhuma polêmica. Imaginaram a bola passar pelos postes e um sensor disparar um alarme indicando que entrou no gol? Seria fantástico, eficaz e justo. Mas a FIFA não quer de verdade, sabemos disso.
ENTRETANTO, após o congelamento da imagem e o computador fazendo a projeção, percebe-se que o lance não era tão difícil assim. A bola entrou significativamente dentro do gol. O problema foi o posicionamento do bandeira, pois ele estava muito atrasado em relação à linha da bola. Se tivéssemos um dos novos árbitros de meta, ele poderia indicar o gol.
Mas o que me chamou a atenção é a entrevista coletiva do Quarto Árbitro Francisco Neto, no intervalo do jogo, falando que ajudou na não-marcação do gol. A FIFA, CBF, FPF e outras tantas entidades têm horror à imprensa, e proíbem veementemente os árbitros de darem entrevistas, principalmente em referência a lances do jogo após a partida. Durante a partida, então, o pecado é pior!
O problema não foi o quarto árbitro falar, mas o que falou. Disse que teve certeza que a bola não entrou e pôde colaborar com a equipe de arbitragem. Colaborar como, cara-pálida? Foi gol. Aliás, o mais curioso é a posição em que ele se encontrava. O que um quarto árbitro faz atrás do poste de escanteio? Se ele fosse um quinto árbitro, entenderia-se de que estivesse por lá por força de uma situação extraordinária. Mas o quarto-árbitro? Normalmente ele fica no meio de campo, tomando conta dos bancos e assistindo ao árbitro a todo instante. Se sai daquele posicionamento, é para resolver algum problema.
Ele disse (e a todo instante louvava) que a Federação Gaúcha e o presidente da Comissão de Árbitros sugeriam esse procedimento durante as partidas. E quem faz a função do quarto árbitro no banco então? Tudo muito estranho…
Alguém que seja árbitro acredita que ele fica 90 minutos correndo pela lateral em campo? É incoerente o que ele disse, pois, em muitos momentos, teríamos 2 árbitros correndo juntos (o bandeira e o quarto árbitro).
O pior é ver o quarto árbitro todo pimpão na TV dizendo que acertou. Não era sua função; não estava na sua posição; não era o momento e não mostrou competência.
Como diria meu sobrinho, ‘pagou mico’.
E você, o que acha disso: o quarto-árbitro desse jogo quis aparecer ou foi realmente infeliz naquele momento? Deixe seu comentário:
Ops: acabei de escrever o texto com 24 minutos do segundo tempo, justamente quando Neymar é “agarrado”. Respeito mas discordo do Marsiglia: ao sentir o braço do adversário, Neymar desiste da jogada. Ele teria condições de disputar aquela bola, e se não conseguisse, sofreria (de fato) o pênalti. As mãos e braços do adversário colorado não o fariam desabar tão facilmente como caiu. Lance normal e simulação do atacante santista.
