– Neymar: Vítima, Vilão ou Mimadinho?

 

Acho que pararei de escrever. Agora vou fazer como o Neymar, só vou “Twittar”. Ontem, imediatamente após a partida contra o Ceará, o garoto já escrevia no Twitter. Será que ao menos já havia terminado o banho? Sim, pois pelas suas postagens – e pelas respostas aos seguidores que o criticavam – parece que saiu do campo direto ao aparelhinho.

 

Toda a confusão no estádio foi originada, não tenha dúvida, por um lance de garoto mimado. O menino é bom jogador, não há dúvida; representa o futebol-arte desejado por todos, ok… Mas precisa ser mais homem e menos criança dentro de campo.

 

Após uma dividida leal e legal com o adversário João Marcos, ele reclamou de falta. O árbitro Herbert Roberto Lopez, nosso Colina Paranaense, estava próximo do lance. E aí vai uma grande observação: todo mundo fala que deixam bater no Neymar e não o protegem, que deveria-se dar maior atenção ao garoto em campo… Pois bem: O árbitro permaneceu parado, assistindo o bate-boca entre Neymar e João Marcos, por quase 2 minutos (até o final do jogo). Se acontecesse um pênalti na área santista, quem marcaria seria o bandeira, já que Herbert estava presente na discussão (claro que é uma brincadeira, mas o Herbert ‘grudou’ nos dois e ali ficou, acertadamente).

 

Terminada a partida, poderia até mesmo dar cartão amarelo aos atletas, por atitude inconveniente. Nos termos da Polícia Militar, essa discussão se chamaria ‘desinteligência’; afinal, o jogo acabou e o lance passou. Daí depois a confusão gerada, que é outra história…

 

O fato é que Neymar realmente apanha, mas suas faltas são na maioria marcadas. O problema é que muitos querem que se marque as faltas simuladas! Aí não dá… Pior ainda: qualquer falta comum no jogo torna-se um apelo nacional pelo cartão amarelo. Ora, a dimensão de cada falta boba ou falta de jogo marcada torna-se ainda maior se for no Neymar.

 

Ontem, numa disputa normal entre atacante e zagueiro, viril e leal, Neymar reclamou. O tranco, a marcação dura e viril, a disputa e a força física valem no futebol. Será que ele quer que os adversários peçam “com licença” para roubar a bola ou ganhar uma jogada? Se a reclamação não foi pela entrada mas sim por provocação verbal, aí a coisa é mais grave: jogador é como árbitro: tem que ser surdo nessas horas. Quem se dói por frases provocativas precisa repensar a conduta emocional.

 

Garoto: humildade. ‘Baixe a bola e jogue sério. De futuro Pelé poderá virá um futuro Denílson (sem demérito algum – vitorioso, mas cujo ápice não foi aquele imaginado).

 

Poxa, prometi não escrever em texto, então vou reescrever em 140 caracteres, como o próprio Neymar gosta de fazer no Twitter. Então vai abaixo, em 6 twittes:

 

“Antes, Neymar reclamava de faltas e simulava. Depois, virou cai-cai para ganhar as faltas recebidas. Agora, reclama até de disputa viril.”

 

“O grande erro do garoto santista é não aceitar o fato de que o futebol tem contato físico. Tranco, dividida e disputa de bola também valem.”

 

“Na visão de um árbitro, é insuportável agüentar um jogador simulando faltas e depois querer a marcação delas. Quando for, haverá dúvidas.”

 

“Precisa amadurecer e não só ter Gestor de Carreira, mas “Gestor Social”. Moleque que ganha milhões de reais por ano tem que ser adulto.”

 

“Apanha, é verdade, mas qual craque não apanha? Só se afirmará como craque idolatrado por todos quando fugir das faltas e ficar de pé.”

 

“E para encerrar: não vale perder jogo e ficar chiando no Twitter: virou “lenço” o micro-blog? Tem wi-fi no Castelão? Liberou?”

 

E você, o que pensa disso? Deixe seu comentário:

– Estádio desmoronando!

 

Amigos, já recebi minha Revista Placar de Novembro/2010. E quem já a leu, se impressionará com o estádio Castelão de São Luís / MA. Capacidade para 80.000 pessoas, fechado há anos e prestes a desmoronar por falta de conservação.

 

Degradado ao extremo, é mais um exemplo que serve para refletir: vale fazer a Copa do Mundo no Brasil? Se sim, fazê-la em capitais onde não existe sustentabilidade no futebol?

 

As autoridades do Maranhão deveriam explicar o motivo do abandono… Afinal, a praça é pública, construída e mantida com o dinheiro dos impostos.

– A Superbactéria KPC chegou. Está se dando a devida importância?

 

É pelo fato de estarmos em época eleitoral que tal assunto não ganhou um destaque maior no noticiário. Mas as mortes causadas pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) já são numerosas. Até a última sexta-feira, eram mais de 300 casos confirmados e outros tantos aguardando confirmação.

 

A KPC é uma bactéria que leva à morte, atingindo pessoas hospitalizadas com baixa imunidade e resistente aos antibióticos. O contágio se dá através do toque ou uso de objetos diretos. Os que contraíram a bactéria não apresentam sintomas, apenas aumento de infecções.

 

Não vejo campanha em Jundiaí para se prevenir contra a KPC. Não custa nada incentivar a maior higienização.

 

E você, o que pensa sobre isso? Deixe seu comentário.

– Trabalhos da Última Semana da Faculdade Sant’Anna

 

Na última semana, retratamos em sala alguns Estudos de Casos com nossos alunos na FASAS. O 1º Semestre se dedicou à “Burocracia”, o 2º Semestre à “Administração de Empresas Familiares” e o 4º Semestre ao tema: “Raiva no Ambiente de Trabalho”.

 

Boas discussões e reflexões em todas as salas. Parece que o nosso propósito, o de estimular o desenvolvimento do espírito crítico, tem sido alcançado. Mas gostaria de destacar o 4º Semestre, pois baseado num case publicado aqui no blog (clique AQUI para o texto), responderam: “Como você elimina a Raiva no ambiente de trabalho?”

 

Algumas respostas foram curiosas: ‘elimino no próprio trabalho, trabalhando mais’; ou outras: ‘desforro em pessoas que me deixam com raiva’; ‘não elimino e guardo pra mim respirando fundo’; ‘explodo fora do serviço’, entre outras citações.

 

O mais interessante foram os comentários, presentes em quase todas as respostas: “sei que estou errado em deixar a raiva tomar conta de mim no trabalho”. Essa consciência é importante, pois, afinal, decisões baseadas por forte fator emocional podem ser equivocadas na Administração de Empresas.

– Frases Sobre o Rei do Futebol

Mais um post sobre Pelé- agora, o site da FIFA reproduz o que personalidades falaram sobre o aniversariante de hoje:

 

O QUE DISSERAM SOBRE O REI DO FUTEBOL

“O gol mais bonito que eu marquei saiu de uma tabelinha com a Celeste, e o batizamos Edson Arantes do Nascimento.”
Dondinho, pai de Pelé

“Antes do jogo, disse a mim mesmo que ele era feito de carne e osso como qualquer um. Mas eu estava enganado.”
Tarcisio Burgnich, zagueiro da Itália encarregado de marcar Pelé na final do Mundial de 1970

“O meu nome é Ronald Reagan, sou o presidente dos Estados Unidos. Mas você não precisa se apresentar, porque todos sabem quem é Pelé.”
Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos

“O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé.”
Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro

“O melhor jogador da história foi o Di Stefano, pois me recuso a classificar o Pelé como jogador. Ele estava acima disso.”
Ferenc Puskás, capitão e ídolo da seleção húngara na década de 1950

“Em alguns países as pessoas queriam tocá-lo, em outros queriam beijá-lo. Em outros até beijaram o chão que ele pisava. Eu achava tudo isso maravilhoso, simplesmente maravilhoso.”
Clodoaldo, ídolo do Santos e campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1970

“Depois do quinto gol, até eu tive vontade de aplaudi-lo.”
Sigge Parling, zagueiro da Suécia na derrota por 5 a 2 para o Brasil na final do Mundial de 1958

“Cheguei com a esperança de parar um grande jogador, mas fui embora convencido de que havia sido atropelado por alguém que não nasceu no mesmo planeta que nós.”
Costa Pereira, goleiro do Benfica, sobre a derrota por 5 a 2 para o Santos na Copa Intercontinental de 1962 em Lisboa

“Quando vi o Pelé jogar, fiquei com a sensação de que eu deveria pendurar as chuteiras.”
Just Fontaine, ídolo da seleção da França e maior artilheiro de uma única edição de Mundial, com 13 gols marcados na Suécia 1958

“O Pelé estava muito determinado a levantar a taça. Era como se ele soubesse que esse era o destino. Parecia uma criança esperando o Papai Noel.”
Mário Américo, massagista da Seleção Brasileira, sobre o Mundial de 1970

“O Pelé foi um dos poucos que contrariou a minha teoria: em vez de 15 minutos de fama, ele terá 15 séculos.”
Andy Warhol, pintor e cineasta americano

“Você pode estar certo, mas não sabe nada de futebol e eu vi o Pelé jogando.”
Vicente Feola, técnico da Seleção Brasileira, ao psicólogo que afirmou que Pelé era jovem demais para jogar no Mundial de 1958

“O Pelé foi o único jogador de futebol que superou as barreiras da lógica.”
Johan Cruyff, ídolo da seleção da Holanda

“O grande segredo dele era o improviso, aquelas coisas que ele fazia do nada. Ele tinha uma percepção extraordinária do futebol.”
Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira no Mundial de 1970 e companheiro de Pelé no Santos e no Cosmos

“Às vezes fico com a sensação de que o futebol foi inventado para esse jogador fantástico.”
Sir Bobby Charlton, ídolo da seleção da Inglaterra

“Pelé jogou futebol por 22 anos e, durante aquele tempo, fez mais para promover a amizade e a fraternidade mundial do que qualquer outro embaixador.”
J.B. Pinheiro, embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas

Malcolm Allison: “Como se escreve Pelé?”
Pat Crerand: “Fácil. D-E-U-S.”
Comentaristas da televisão britânica durante o Mundial de 1970

Extraído de: http://pt.fifa.com/worldfootball/news/newsid=1322260.html#o+disseram+sobre+rei+futebol

– Por onde anda a peça “Comunitá”?

Uma das melhores peças de teatro que pude assistir foi “Comunitá”, no Teatro Itália. Um musical de altíssimo nível, com as canções italianas mais belas de todos os tempos. Os atores-cantores excepcionais, além, é claro, do clima nostálgico que a bela Itália traz à minha família.

Por onde anda a peça? Há uns 8 anos a assisti e nunca mais ouvi falar sobre ela… Quem souber, deixe aqui o recado!

– Os 70 anos de Pelé me relembram 20 anos meus!

Pelé faz hoje 70 anos. Há exatos 20 anos, quando entrou em campo na festa dos 50 anos no San Ciro de Roma, foi a data que matei aula pela primeira vez!

 

Na nossa pequena escola, juntamos os colegas de sala e avisamos a diretora que iríamos embora na hora do jogo. Afinal, nenhum de nós havia visto uma partida de Pelé (e hoje tem tanto VT, Youtube, imagem de todo canto que surge…)

 

No mesmo dia, fomos castigados por uma traquinagem, mas isso é outra história.

 

Naquele jogo, olha que escalação maluca e o contexto da época (TINHA O RINALDO E O GIL BAIANO…)

 

Extraído de: http://historiadaselecao.wordpress.com/2009/10/31/estrangeiros-fazem-a-festa-no-cinquentenario-de-pele/

 

ESTRANGEIROS FAZEM A FESTA NO CINQUETENÁRIO DE PELÉ

 

Para comemorar o cinquentenário de nascimento de Pelé, a CBF organizou para o dia 31 de outubro de 1990 um amistoso entre a Seleção Brasileira, com a participação do Rei do Futebol, e o Combinado do Resto do Mundo, uma seleção dos melhores jogadores que disputaram a Copa do Mundo de 1990, ocorrida quatro meses antes. O jogo ocorreu no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão (Itália) e teve público de 75 mil espectadores.

A Seleção passava por um momento de renovação, após a eliminação precoce para Argentina nas oitavas-de-final do Mundial daquele ano. Era apenas a terceira partida de Paulo Roberto Falcão no comando do time canarinho, e o treinador vinha de dois resultados adversos (derrota para a Espanha, em 12 de setembro, e empate sem gols contra o Chile, em 17 de outubro). Além disso, dos 20 jogadores convocados por Falcão para o amistoso-festa de Pelé, apenas Bismarck havia participado da Copa de 90, sem ter entrado em nenhuma das quatro partidas.

O Combinado do Resto do Mundo se reunia pela terceira vez contra o Brasil (a primeira foi em 1968, na despedida de Garrincha, e a outra foi em um amistoso ocorrido em março de 1989. A seleção ganhou a primeira partida e perdeu a segunda, ambos pelo placar de 2 x 1) e tinha como base os destaques da Copa do Mundo daquele ano, além de alguns destaques do Campeonato Italiano, sendo eles três brasileiros: o zagueiro Júlio César, da Juventus, o volante Alemão, do Napoli e o atacante João Paulo, do Bari (eleito o melhor estrangeiro na Itália em 1990), Completa a escalação o atacante húngaro Lajos Détari, único jogador a não participar daquele Mundial, pertencente ao Bologna.

Pelé jogou por 43 minutos, substituído por Neto. Poderia ter marcado o último gol de sua carreira se não fosse o atacante Rinaldo, do Fluminense, que protagonizou um lance que entrou para a história. O tricolor partiu pela esquerda contra apenas um zagueiro, enquanto Pelé vinha a seu lado totalmente desmarcado (propositalmente, talvez), só esperando receber a bola para marcar o gol. Rinaldo não tocou e ainda perdeu o gol.

Neto fez o gol do Brasil, de falta, enquanto o espanhol Michel (que teve um gol anulado erroneamente no jogo Brasil X Espanha, estréia das duas seleções na Copa de 86, no México) e o romeno Gheorghe Hagi, o “Maradona dos Cárpatos” marcaram os tentos do Combinado do Resto do Mundo.

Dos vinte jogadores convocados por Falcão para aquela partida, apenas Leonardo chegaria até a Copa seguinte, 1994. César Sampaio só disputaria uma copa oito anos depois, em 1998.

 

Ficha técnica:

BRASIL 1 x 2 RESTO DO MUNDO

Data: 31 de outubro de 1990.
Competição: Amistoso.
Local: Estádio Giuseppe Meazza, em Milão (Itália).
Público: 75.000 pagantes.

Árbitro: Túlio Lanese (Itália).

Gols: Michel 36’, Hagi 50’, Neto 60’.

BRASIL: Sérgio [Santos] depois Ronaldo [Corinthians] aos 57’; Gil Baiano [Bragantino] depois Bismarck [Vasco] aos 57’, Paulão [Cruzeiro], Adílson [Cruzeiro] depois Cléber [Atlético-MG] aos 46’ e Leonardo [São Paulo] depois Cássio [Vasco] aos 57’; César Sampaio [Santos], Donizete Oliveira [Grêmio] depois Luís Henrique [Bahia] aos 61’, Cafu [São Paulo] e Pelé [sem clube] depois Neto [Corinthians] aos 43’; Charles [Bahia] depois Valdeir [Botafogo] aos 51’ e Rinaldo [Fluminense] depois Careca Bianchezzi [Palmeiras] aos 51’. Técnico: Paulo Roberto Falcão.

 

RESTO DO MUNDO: Sérgio Goycoechea/ARG (Michel Preud’Homme/BEL) aos 19’ (Thomas N’Kono/CAM) aos 46’ (René Higuita/COL) aos 68’; Leo Clijsters/BEL (Emmanuel Kunde/CAM) aos 46’, Júlio César/BRA, Oscar Ruggeri/ARG (Sergej Alejnikov/BUL) aos 46’, Hugo Eduardo De León/URU (Lajos Detari/HUN) aos 46’; Michel/ESP (Gabriel Calderón/ARG) aos 46’, Alemão/BRA (José Basualdo/ARG) aos 46’, Rafael Martín Vasquez (Gheorghe Hagi/ROM) aos 46’ e Carlo Ancelotti/ITA (Enzo Francescoli/URU) aos 19’; Marco Van Basten/HOL (Hristro Stoichkov/BUL) aos 19’ e Roger Milla/CAM (João Paulo/BRA) aos 46’. Técnico: Franz Beckenbauer/ALE.

 

Por William Gimenes