– Minha fase Bipolar e Reminiscências do dia-a-dia

 

Entre quedas e retomadas, uma certa crise nostálgica do apito e da vida retornam.

 

Às vezes, me sinto um pouco de médico/monstro. Me animo e desanimo com certa facilidade. Transtorno bipolar? Talvez, pois a variação de humor tem sido uma constante. Inofensiva, é claro.

 

Minha faceta boa-carinhosa-tolerante está com a minha família. Minha princesa Marina mudou a minha vida. Só quem é pai babão e coruja sabe o que é sentir isso. Faço das tripas-coração para estar o maior tempo possível com minha filhinha, e a preocupação em educá-la, ensiná-la e evangelizá-la é muito grande! Ser pai é educar para a vida, ajudá-la a ser uma cidadã correta e com alto senso de justiça, sem perder a infantilidade da infância e cerceá-la de sua liberdade. Além de me preparar para enfrentar a adolescência com tranqüilidade e as transformações em sua vida. Ser pai, não ser dono dela. E nesse processo entra minha esposa Andréia, onde levantamos e caímos juntos no dia-a-dia. Um suporta, socorre e sustenta o outro, ainda que tal ajuda possa ser pensa; mas sempre carinhosa e sincera.

 

Minha faceta má-raivosa-impaciente está no trabalho. Sou workaholic assumido, viciado em trabalho, e sei da doença que isto é. Nas minhas diversas atividades profissionais, quero a perfeição, mesmo sabendo do alto custo disso (até em questões de saúde). Estou cada vez mais intolerante com a picaretagem, e esse senso de inconformismo é prejudicial. Estraga o humor, torna-nos azedo.

 

Saber que não é possível mudar sozinho o mundo é ruim. Mas ao mesmo tempo, saber que posso contribuir para a mudança e não fazê-lo, é péssimo!

 

As crises depressivas são corroboradas com um certo desejo de voltar aos gramados. Comentar futebol, discutir regra e escrever sobre futebol ajudam a preencher a lacuna do pós-carreira. Mas entrar em campo trajado do uniforme de árbitro é insubstituível. A experiência é fruto da síndorme do super-herói: vestir a fantasia e lutar contra todos para uma causa sem muita lógica: a de cumprir a regra, mesmo sabendo que aqueles que te comandam não a cumprem.

 

O físico e a mente não estão na plena faculdade que deveriam estar. Aos poucos as coisas vão se encaixando. Um livro em mente: “Aventuras e Desventuras de um árbitro de futebol: casos e causos do apito”, com histórias e estórias gozadas e interessantes vividas em 14 anos de carreira e mais de 700 jogos. Mas o tempo ainda é escasso…

 

Tendo essas coisas na cabeça e no coração, vamos levando. Profissionalmente, tenho recusado alguns convites de outras universidades; afinal, me faltam dias! Estou feliz na atual faculdade, e as poucas horas vagas devem ser dedicadas à família. Durmo 5h30m por noite, e o pouco que me sobra de não-trabalho deve ser vivido intensamente.

 

Vamos levando a vida. Nessa semana, em particular, alguns problemas e complicações particulares que me fazem aumentar a insônia e que me levam a escrever esse post.

 

Credo, que deprê, não?

 

Prometo que estarei bem em breve… E o próximo tema mais particular será mais animado, ok? Estarei bem equilibrado mental, física e espiritualmente. Promessa é dívida!

– Uma Toto para mim também!

Está cansado com a política? Faça como o brilhante articulista Diogo Mainardi: troque o Lula por uma Toto!

 

O que é uma Toto? Advinha: toca Mozart e deixa o bumbum quentinho (calma, não se assuste nem pense bobagem!)

 

O cara é bom… Olha sua coluna semanal em Veja:

 

Extraído de: http://veja.abril.com.br/blog/mainardi/na-revista/agora-mozart/

 

AGORA, MOZART

 

“Entre Lula e o vaso sanitário da Toto, interesso-me muito mais pelo vaso sanitário da Toto. Se o maior mérito de Lula foi ter evitado mexer na economia, posso garantir que o vaso sanitário da Toto teria mexido ainda menos”

 

Demi Moore tem um Toto. Brad Pitt tem um Toto. Madonna tem um Toto. Leonardo DiCaprio tem um Toto. Nesta semana, imitei-os e também encomendei um Toto.

 

O que é Toto? Toto é um vaso sanitário. Mais exatamente: Toto é uma marca japonesa de vasos sanitários. O modelo que encomendei foi o Neorest 550. Uma reportagem da revista Barron’s apelidou-o de “Maserati do encanamento”. Para mim, foi a reportagem do ano.

 

O Neorest 550 tem a tampa aquecida. Segundo a Barron’s, Whoopi Goldberg, que mandou instalar vasos sanitários da Toto em seus seis banheiros, aprecia particularmente essa característica. A tampa sobe e desce automaticamente. E se higieniza depois de cada uso. Para abafar os sons provenientes do banheiro, o Neorest 550 toca Mozart. Enquanto isso, um catalisador se encarrega de eliminar os odores mais repulsivos.

 

O motivo que me levou a encomendar o Neorest 550, porém, foi outro. Ele possui um mecanismo interno que, acionado por con-trole remoto, funciona como um bidê, borrifando água morna do centro, da parte dianteira e da parte traseira. Em seguida, um jato de ar quente enxuga a área umedecida. Tito, meu menino mais ve-lho, tem uma série de impedimentos motores, mas faz quase tudo sozinho, exceto ir ao banheiro. Com o Toto, Tito poderá superar também essa barreira.

 

Nos últimos oito anos, publiquei um monte de artigos sobre Lula. A partir deste domingo, com a escolha de um novo presidente, ele ficará para trás. Nunca mais terei de citar seu nome. Nunca mais precisarei saber o que ele diz. Poderei me dedicar a temas menos passageiros, como o vaso sanitário da Toto.

 

Pessoalmente, meu interesse por Lula sempre foi nulo. Em 2002, quando foi eleito pela primeira vez, eu o via como um gordinho oportunista. Agora, em 2010, depois de dois mandatos sucessivos, continuo a vê-lo da mesma maneira: como um gordinho oportunista. Entre Lula e o vaso sanitário da Toto, interesso-me muito mais pelo vaso sanitário da Toto. Se o maior mérito de Lula, reconhecido por todos, foi ter evitado mexer na economia, posso garantir que o vaso sanitário da Toto, em seu lugar, teria mexido ainda menos. E teria tocado Mozart para abafar os sons provenientes do PT.

 

Mas, assim como Lula aparelhou a Anac, ele aparelhou também, por longo tempo, minha coluna. Semanalmente, ao abrir a gaveta de minha escrivaninha, eu me surpreendia com o que encontrava e dizia: “Caraca, mais um aparentado de Erenice Guerra está escondido aqui dentro!”. E, em vez de escrever sobre o vaso sanitário da Toto, acabava escrevendo outro artigo sobre Lula.

 

Neste domingo, Lula tentará eleger uma aparentada de Erenice Guerra como sua sucessora. Será seu ato final. Depois disso, acabou. Escrevo seu nome pela última vez em minha vida: Lula. E agora? Agora, Mozart!

 

Por Diogo Mainardi

– Arrivederci

Meu pai e minha irmã daqui a pouco estarão em Roma, com nossos primos lá na nossa pátria-Mãe!

 

Boa viagem, se divirtam e muito macarrão!

 

Amo vocês.

Um bacio per nostri cugini e… mangia que te fa bene!

– Eleições, Perspectivas, Observações e Indagações

 

Acabou parcialmente a primeira etapa das Eleições de 2010. Sim, parcialmente, pois partimos ainda para o segundo turno nacional e o de alguns estados, além das pendengas do Ficha-Limpa, onde candidatos impedidos terão ou não confirmadas sua elegibilidade.

 

Em Jundiaí, conseguimos 2 deputados estaduais e 1 federal (respectivamente: Ari, Bigardi e Luiz Fernando). Boa sorte a eles, e que trabalhem com afinco pela sociedade jundiaiense em primeiro lugar, norteados pelos valores ético-cristãos. Afinal, são quase 200 mil votos acumulados de ambos.

 

Mas ainda fica algumas curiosidades: o mais votado, o palhaço Tiririca, terá 10 dias, segundo o TSE, para provar que é alfabetizado. Coisas de um país democrático às avessas… Se um detento pode votar dentro da prisão, porque um analfabeto não tem direito de se candidatar? Não que eu defenda a elegibilidade do humorista, mas a observação de tal discrepância, é, no mínimo, interessante (no Chile, o candidato precisa entregar o diploma de graduação em nível superior para concorrer às eleições locais).

 

Repercutiu muito pouco a experiência em alguns municípios da leitura biométrica dos eleitores. Inserindo a impressão digital no leitor, o sistema identifica a pessoa e libera sua votação. Tal sistema poderá ser utilizado plenamente, segundo estudos, em 2018. Dessa forma, você não precisa levar documento algum, apenas o seu dedo. Mas se você estiver com a impressão digital gasta (por motivos de trabalho manual excessivo, utilização de produtos químicos e outros fatores que a desgaste), deverá levar os mesmos documentos de hoje. A propósito de documentação, vale lembrar: alguns amigos garantiram que votaram só com o Título de Eleitor!

 

Encerrando esse tema, não dá para passar batido: Serra e Dilma são diferentes comportamental, física e socialmente do que há 1 ano antes do pleito. Perceba: Serra é mais populista, defende assistencialismo barato e sorri com facilidade. Dilma está mais sorridente, fala muito o nome de Deus e lembra de ações para o povo.

 

Ôpa: estão diferentes deles próprios, mas idênticos entre si…

 

É o vale-tudo da política.

 

E você, o que pensa disso: teremos novidades no segundo turno?

– Estudo de Caso XYZ: aos alunos do Segundo Semestre

Aos nossos alunos do Segundo Semestre, registro o seguinte estudo de caso a ser trabalhado na noite de hoje:

 

ESTUDO DE CASO: CASO GRUPO XYZ S. A.[1]

 

O intuito desse estudo de caso é compreender o funcionamento

 e possíveis imprevistos ocasionados pela teoria comportamental.

 

 

A XYZ é um grupo comercial e industrial com sede em São Paulo. É constituído de mais de 14 empresas, e suas operações estão espalhadas por todo o País. Possui ao todo mais de 5000 empregados. É uma organização sólida e lucrativa que cresceu nos últimos anos. Empresa nacional, pertence a uma única família, mas, além do Presidente e do Diretor Comercial, os demais administradores da empresa são profissionais, sem nenhuma relação de parentesco com os proprietários.

Abaixo da Diretoria vêm os demais níveis hierárquicos, a saber: Gerência, Chefia de Departamentos, Encarregados de Setores e Funcionários.

Um grande edifício localiza toda a administração central das empresas do grupo e nele trabalham mais de 1000 funcionários. Durante vários anos a empresa utilizou uma política salarial bastante liberal, nunca se prevalecendo da cláusula legal que lhe facultava fazer a compensação dos aumentos salariais espontâneos concedidos a determinados empregados, por ocasião dos reajustes salariais. Essa “norma de procedimento” permitia que seus empregados, quando da aproximação dos acordos sindicais, calculassem seus novos salários sobre o valor recebido no mês anterior ao dissídio coletivo.

Todavia, o Diretor Financeiro sugeriu à Diretoria, em reunião, e esta aprovou, que a empresa devia levar em consideração a cláusula que lhe facultava compensar todos os reajustes espontâneos. Entretanto, por algum lapso, não foi feita qualquer comunicação prévia aos funcionários. Tal medida, conforme argumentação do Diretor Financeiro, iria trazer uma economia substancial e vinha de encontro à política de contenção de despesas a fim de reduzir custos operacionais e dar prosseguimento, em ritmo cada vez mais acelerado, à implantação de novos projetos que permitissem uma expansão mais acentuada.

No mês de maio surgiu uma situação desagradável, pois a maioria dos funcionários atingidos havia assumido compromissos, tendo por base o novo valor de seus vencimentos e não julgavam coerente a adoção de uma medida dessa natureza sem uma comunicação prévia. Uma pequena comissão dirigiu-se para reclamar ao Diretor de Pessoal. Este alegou que se tratava do cumprimento de uma cláusula do dissídio coletivo, estando a empresa, portanto, agindo legalmente. Pessoalmente, nada poderia fazer, pois tratava-se de uma resolução adotada em reunião de Diretoria dentro da competência que a lei faculta à empresa. Não se conformando com a argumentação, a comissão foi ao Sindicato da classe e este, após utilizar todas as tentativas possíveis, não conseguiu convencer a direção da empresa a modificar sua resolução. Por outro lado, o Sindicato não encontrou meios legais de acionar juridicamente a empresa. Criou-se, assim, uma situação desagradável de um ambiente de grande irritabilidade e insatisfação.

 

Questões:

 

1-      A Hierarquia das Necessidades de Maslow fala sobre situações e fatores que atendem a satisfação e outros que trazem frustração. Neste estudo de caso, fale um pouco sobre o que você observou do trabalho de Maslow na relação “patrão x empregados”.

2-      Reflita: suas necessidades primárias e secundárias vão de acordo com as de Maslow? Crie a sua pirâmide hierárquica de necessidades:

3-      Disserte sobre o tema: os reflexos do salário no ambiente de trabalho (avalie o grau de importância do valor do seu salário na escolha ou manutenção de um emprego).

 


[1] Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Edição Compacta, 2ª edição, editora Campus, pg 317-318.