– Doentes e Minorias Sacrificados para um “Bem Maior”?

Para se testar um remédio ou uma vacina, em fase final de experiência, você precisa de pessoas doentes ou dispostas a se infectarem de alguma moléstia para se comprovar a eficácia do remédio ou vacina, certo?

 

Muito se relatou na história em testes que ocorreram com prisioneiros de guerras ou doentes terminais, sempre se contestando a ética.

 

Agora, vemos que os americanos pedem publicamente desculpas aos guatemaltecos por utilizarem as prostitutas locais e deficientes para pesquisas médicas, contaminando-os com gonorréia e sífilis. O governo dos EUA emitiu uma nota se penitenciando pelo fato, ocorrido há 70 anos.

 

A experiência, realizada politicamente incorreta, trouxe como resultado a Penicilina.

 

Abaixo, a nota oficial dos EUA. Mas, o que você pensa sobre esse “sacrificar pessoas” em prol de outras?

 

Deixe seu comentário:

 

(Extraído de: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618676,0.php)

 

EUA SE DESCULPAM POR TESTES

 

Por Gustavo Chacra – OESP

 

Centenas de prisioneiros e doentes mentais foram infectados com sífilis e gonorreia na Guatemala nos anos 40 para pesquisar a eficácia da penicilina

 

O governo dos EUA pediu desculpas formais por ter infectado centenas de pessoas com sífilis e gonorreia na Guatemala no fim dos anos 40, em um experimento para testar a eficácia do tratamento com penicilina, então um antibiótico recém-descoberto.

Os contaminados eram prisioneiros e doentes mentais. Eles não sabiam da pesquisa e não há informações se foram curados ou se morreram por causa dessas doenças.

O pedido de desculpas dos americanos foi feito depois da revelação de um estudo da historiadora Susan Reverby, da Universidade Wellesley, que pesquisava sobre outro episódio, dos anos 60. Na época, negros americanos contaminados com sífilis não foram tratados para que pesquisadores vissem como a doença evoluía. No meio dos documentos, Susan descobriu o experimento na Guatemala e alertou as autoridades americanas.

“A inoculação de doenças transmissíveis na Guatemala entre 1946 e 1948 foi claramente antiética. Embora esses eventos tenham ocorrido há mais de 64 anos, estamos indignados com o experimento”, disseram em comunicado conjunto as secretárias de Estado, Hillary Clinton, e da Saúde, Kathleen Sebelius.

“Lamentamos profundamente e pedimos desculpas aos indivíduos afetados por essas práticas repugnantes. A condução do estudo não representa os valores dos EUA e nosso respeito pelo povo da Guatemala”, acrescentaram.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o presidente Barack Obama telefonaria ontem mesmo para o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, para desculpar-se formalmente. Uma investigação oficial do episódio também será instalada pelo governo. Não está definido se haverá alguma compensação financeira para as vítimas.

De acordo com a pesquisa de Susan, 696 pessoas foram infectadas no experimento feito na Guatemala. O responsável pelas pesquisas era John Cutler, considerado um dos mais proeminentes médicos americanos na década de 40.

Autorização. A pesquisadora afirma que autoridades guatemaltecas deram permissão para os americanos levarem adiante o experimento. No procedimento, os cientistas utilizavam até prostitutas para infectar os guatemaltecos em prisões e hospitais. Em outros casos, contaminavam as pessoas usando injeções.

Hoje, as leis americanas e códigos de ética mais rígidos impedem cientistas de realizar pesquisas com seres humanos que não saibam das eventuais consequências.

– Incoerência Eleitoral

Aqui no Bairro Medeiros, só temos uma escola como posto eleitoral. Sempre esteve super-lotada. Imagine agora que o bairro ‘explodiu’ populacionalmente falando?

 

As autoridades eleitorais deveriam estar mais atentas a isso. Aliás, duas ‘pisadas de bola’:

 

1) a Justiça Eleitoral só decidirá sobre os fichas-sujas depois da Eleição. Imaginem as especulações e polêmicas até lá… principalmente pelos puxadores-de-votos que serão preponderantes para o coeficiente eleitoral. Teremos 2 listas de eleitos até a decisão final?

 

2) E a cansativa polêmica do Título Eleitoral estar desacompanhado de documento com foto? Assim, se eu…

… Me apresentar com o RG, eu VOTO;

… mostrar a minha habilitação, eu VOTO;

… levar minha Carteira Profissional, eu VOTO;

… ou portar um crachá da minha empresa, também VOTO!

 

Só que se eu for com o título de eleitor, NÃO VOTO!

 

Ué, para que ele serve então??? Apenas para indicar o local de votação?

 

E você, o que acha de tal decisão do documento com foto ser obrigatório? Se é para garantir que não exista fraude, quer dizer que as outras não tiveram essa garantia e podem ter sido fraudadas?

Deixe seu comentário:

 

 

– Nossa anjinha Marina faz 1 ano e 7 meses!

Tem preço que pague tal sorriso?

 

Marina Porcari, aqui, fazendo farra!

– 100 mil jogados, literalmente, pela janela!

E os ‘companheiros’ de campanha do Senador Romero Jucá- RR? Ao avistarem a Polícia, jogaram 100 mil reais pela janela do carro para se livrarem da grana!

 

Por quê?

 

Dinheiro sujo, caixa 2, susto… o que seria para quererem não ser pegos com o dinheiro vivo?

 

E o pior é que não vai dar nada para ninguém…

 

A matéria sobre o assunto pode ser conferida no O GLOBO (clique aqui)

– Generosidade Comprometedora

Aqui, o caso é delicado. Até onde os profissionais permanecem isentos ao receber agrados ou patrocínios de empresas (Como a relação entre médicos e laboratórios farmacêuticos, por exemplo)? E se o caso for entre Magistrados?

Recentemente, esta matéria me impressionou e tenho certeza que as pessoas éticas também se agitarão:

GENEROSIDADE COMPROMETEDORA

Extraído de: Revista Época, 16/11/2009, pg 80, por Walter Nunes

Um concurso de arte para juízes, financiado por empresas, dá prêmios maiores que os pagos a artistas profissionais. Esses patrocínios não tiram a credibilidade da Justiça?

Nos últimos 41 anos o escritor gaúcho Moacyr Scliar publicou mais de 70 livros. O último deles, Manual da paixão solitária, descreve um sinuoso caso de amor de uma mulher com um homem e seus três filhos e venceu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional do país na área de literatura, na categoria de melhor romance. Pelo prêmio, Scliar embolsou R$ 30 mil. Em outras categorias do Jabuti, os premiados receberam R$ 3 mil.

Em São Paulo, o concurso A Arte da Magistratura, exclusivo para magistrados da Justiça paulista e da Justiça Federal, vai recompensar juízes e desembargadores que nas horas vagas se arriscam a escrever ou pintar como uma atividade bissexta. Em cada uma das duas categorias em disputa, literatura e artes plásticas, o vencedor terá direito a um prêmio de R$ 25 mil, mais uma viagem a Paris com direito a acompanhante e despesas pagas, inclusive ingressos para o Museu do Louvre.

Segundo o desembargador Heraldo de Oliveira Silva, presidente da Academia Paulista de Magistrados, organizadora do evento, a estadia de cada casal em Paris custará cerca de R$ 7.500 em passagens e hospedagem. O valor de R$ 32.500 é maior do que a maioria dos prêmios culturais do país paga a artistas profissionais (leia o quadro) .

A generosidade do prêmio A Arte da Magistratura só foi possível porque as empresas Bradesco, Gol Linhas Aéreas e a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo – todas com questões na Justiça – doaram dinheiro ao evento. O desembargador Heraldo de Oliveira Silva foi questionado por ÉPOCA sobre a aproximação com as empresas patrocinadoras, mas ele não quis responder e interrompeu a entrevista. Disse que só falará sobre o assunto em janeiro. Gol e Unimed também foram procuradas para falar sobre os patrocínios, mas não responderam aos pedidos de informações. O Bradesco disse que doou dinheiro para a premiação do concurso dos juízes com o objetivo de “estimular a universalização das manifestações culturais no Brasil”, mas se recusou a revelar o valor de sua cota de patrocínio.

Para o presidente da Associação de Magistrados Brasileiros,
é preciso discutir limites aos patrocínios

Na semana passada, o jornal O Globo revelou que a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, controlada por bicheiros, pagou a festa de encerramento do encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). O desembargador Alberto Motta Moraes, ex-presidente do TRE do Rio de Janeiro, pediu o dinheiro aos bicheiros – um deles indiciado pela Polícia Federal –, que foram homenageados no evento. Em outubro, a Caixa Econômica Federal financiou a festa promovida em Brasília pela Associação de Juízes Federais em homenagem a José Antonio Dias Toffoli, recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal. Em maio, as passagens, a hospedagem e as despesas de refeições de 42 juízes e ministros do Tribunal Superior do Trabalho, que participaram de um congresso em um resort na Praia do Forte, na Bahia, foram pagas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Essa sucessão de episódios levanta duas questões: a credibilidade e a independência dos juízes, que devem evitar vínculos que possam trazer dúvidas sobre sua conduta, não estão sendo arranhadas pela facilidade com que as entidades dos magistrados recorrem a patrocinadores para pagar suas despesas? Não é preciso haver algum tipo de regulamentação para controlar esse tipo de prática? Na opinião de José Adoni Callou, integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle dos atos do Judiciário, “os juízes, em concursos, precisam verificar se os valores das premiações estão compatíveis com o que acontece no contexto geral”. “Há sempre o risco de haver interesse da entidade patrocinadora, e isso pode atingir a credibilidade do juiz”, diz Callou. “É claro que receber um brinde como caneta, chaveiro e algo de pequeno valor não configura uma infração. Mas prêmios e presentes de alto valor não devem ser aceitos.”

Pelas regras atuais, as associações de juízes podem receber patrocínios sem ter de se submeter a fiscalizações, pois são entidades privadas. O CNJ se limita a tomar providências contra juízes. No caso do patrocínio dos bicheiros à festa dos juízes eleitorais, o CNJ abriu um procedimento, mas contra o desembargador Alberto Motta Moraes. No ano passado, o órgão criou um código de ética para os magistrados – uma carta de intenções que não prevê sanções. A Lei Orgânica da Magistratura diz que é “dever do magistrado recusar benefícios ou vantagens de entes públicos, empresas privadas ou pessoas físicas que possam comprometer sua independência funcional”, mas é omissa em relação à questão dos patrocínios.

Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Mozart Valadares, é preciso discutir formas de controlar os patrocínios. “O CNJ poderia fazer uma regulamentação prevendo inclusive sanções”, diz. “Pode até haver algum tipo de patrocínio, mas não pode haver custeio de mordomias.” No caso do concurso A Arte da Magistratura, a generosidade das empresas patrocinadoras chama ainda mais a atenção porque, com a crise econômica mundial, as verbas para eventos culturais escassearam. O tradicional Prêmio de Música Brasileira quase não aconteceu por falta de patrocinadores. “Neste ano, não tivemos parceiros. O prêmio só saiu porque o José Maurício Machline (organizador do evento) tirou dinheiro do bolso e contou com o apoio de amigos. Os vencedores receberam troféus, mas nenhum tostão em dinheiro”, disse Tatiane Amaral, produtora do prêmio. Ao que parece, a crise passou longe dos magistrados.