Veja que interessante: a Revista Superinteressante, ed Novembro 2009, pg 52, mostrou como funciona o processo para “se por na linha telefônica” o presidente brasileiro e o presidente americano Obama. O processo é burocrático e cheio de esquemas de segurança!
Escrito em Verde, ações brasileiras. Escrito em Azul, ações americanas:
Por etiqueta e segurança, uma simples ligação entre chefes de Estado segue um rígido protocolo. Conheça os passos necessários até que um presidente dê “alô” para outro.
3 dias antes – Neste exemplo, Lula quer falar com Obama. A etiqueta exige que Lula, por meio de nossa embaixada em Washington, manifeste o desejo de ligar para Obama, informando o assunto da conversa. Se Obama aceitar falar com Lula, sua assessoria informa quando ele estará disponível, para qual número os brasileiros devem ligar e quem vai atender. Em paralelo, nossos diplomatas acertam a hora da ligação e quem vai telefonar em nome de Lula.
1 dia antes – A assessoria de Lula prepara um roteiro para a conversa, que deve ser breve e objetiva, focando assuntos-chave. Enquanto isso, a assessoria de Obama faz para ele um relatório sobre o que Lula quer discutir, incluindo possíveis respostas.
2 horas antes – A embaixada brasileira entrega aos americanos um aparelho chamado “telefone seguro” (converte a voz em chiado, que só vira de novo em voz quando se digita uma senha, que funciona apenas em aparelhos fixos). Este aparelho será acoplado ao telefone comum usado por Obama. Telefones seguros prontos, um assessor predefinido liga para o outro. Por segurnaça, se os nomes não baterem, a ligação é cancelada.
Alô/Hello – Finalmente os presidentes entram na linha. Se eles não falam uma mesma língua, a conversa acontece no viva-voz, com tradução de intérpretes.
