Salário é algo muito particular a cada profissional; não discuto se a pessoa ganha muito ou pouco; afinal, cada empregador e cada empregado devem chegar a um acordo financeiro na relação trabalhista.
Mas me chama a atenção uma interessante matéria da Revista Placar de Outubro/2010 , ed 1347, pg 27, sobre o Salário de Pelé!
Segundo o Professor de Economia da Universidade Católica de Santos, Dr José Pascoal Vaz, o salário de NCr 5.000,00 (5 mil cruzeiros novos) que Pelé assinou por 1 ano, entre Outubro de 1969 e Outubro de 1970, corresponderiam, atualizados, a R$ 5.539,00 nos dias de hoje!
Claro que o futebol estava em outro patamar financeiro. E claro também que as correções monetárias poderiam levar a um resultado enganoso. Preocupado com a fidedignidade do valor, a matéria se importou em avaliar o poder aquisitivo da época.
Um salário idêntico ao de Pelé permitia comprar, por exemplo:
– 5 TVs Philips 23 polegadas;
– 5 vitrolas Eletrofone GF 346;
– 31 violôes Di Giorgio;
– 1 entrada para aquisição em 5 prestações de um Fusca 1600.
Pelé, em 1970, recebia o equivalente a 1/5 de um carro popular por mês. É lógico que o dinheiro ‘grosso’ viria dos cachês em amistosos e bichos. Mas é irônico imaginar que qualquer cabeça-de-bagre, hoje, ganha em equivalência muito mais do que o Rei do Futebol depois da sua consagração.
Curiosidade:
– O maior prêmio já recebido por Pelé numa excursão internacional equivaleu a 10% do que Robinho recebia por mês no Santos FC.
– em seu contrato, havia uma cláusula de que, caso o Santos fosse rebaixado, o salário seria cortado automaticamente em 50% (alguém acredita nisso?).
E você, o que pensa sobre a hipervalorização dos salários no futebol: é um problema ou uma necessidade?
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