Estou cansando ver os atos de indisciplina dentro e fora de campo do jogador santista Neymar. Definitivamente, a ‘jóia santista’, como gosta de ser chamado, perdeu a noção do ridículo e do respeito.
Não vou repetir o que venho escrevendo sobre ele. Procure sobre isso no sistema de busca do meu site pessoal e verá quanta coisa já foi dita! (em: http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br/?s=Neymar).
Entretanto, é irresistível escrever sobre ontem! Fiz algumas observações a um amigo e reproduzo abaixo sobre o jogo de ontem e sobre a confusão:
Olá Wanderley. Assim como você, também gosto do estilo Vuaden, que é o típico anti-Neymar. Curiosamente, ambos se encontraram ontem.
Vamos falar rapidamente dos lances, e, na sequência, de Neymar?
Vuaden tirava 10 até os 29m do segundo tempo. Marcou todas as faltas recebidas em Neymar, e não marcou as faltas simuladas nele. Ótimo, não entrou na onda do garoto (Dorival Jr fez a reclamação preventiva na véspera, alegando rodízio de faltas). Mas você percebeu que nas faltas não-marcadas o Neymar não esboçou nenhuma reclamação? Sabia que poderia ser punido a qualquer amarelo por reclamação, conforme a regra (nos últimos jogos, havia reclamação por todo lance simulado; ontem, não).
Aos 29m, Vuaden erra ao não marcar o pênalti de Léo sobre o adversário no. 11, após a furada do atacante Elias. Estava 1×2, com possibilidade de ser ampliado para 1×3 caso o pênalti fosse assinalado.
Já o pênalti a favor do Santos, embora de difícil interpretação, não ocorreu. Neymar tenta parar a bola para o dribe e se desequilibra. Repare que ele é tocado após o seu próprio desequilíbrio! Vuaden errou, mas confesso que talvez eu também erraria, até mesmo pela rapidez da jogada.
E justamente esse pênalti mal marcado foi o gerador da discórdia. Não lhe parece um menino mimado? Não tinha nada, e agora que tem tudo, se lambuza!
Você reparou que aos 41m do segundo tempo, na lateral e no meio campo, ele começou a dar rolinho, passar o pé sobre a bola, fazer graça e exibicionismo? Se o drible ou jogadas assim são para o ataque, visando o gol, tudo bem. Mas na lateral do campo, parar e rebolar com 4×2, é desrespeitoso ao adversário, que jogou uma partida inteira sem dar pontapés!
Daqui a pouco, vai querer dar embaixadinhas como o Edilson fez num COR X PAL e achar que está tudo bem…
Abraços,
Rafael Porcari
Este amigo é o jornalista Wanderley Nogueira, que reproduziu brilhantemente em seu blog a seguinte matéria que corroboro integralmente! Penso como você, Wanderley:
(Extraído de: http://wanderleynogueira.blog.terra.com.br/2010/09/16/estamos-criando-um-monstro/)
ESTAMOS CRIANDO UM MONSTRO
O texto abaixo (”O Santos precisa da Supernanny!”) foi publicado no meu blog no dia 3 de Agosto. Estava muito fácil diagnosticar que era preciso colocar, verdadeiramente, limites aos jogadores mais jovens do Santos.
De lá para cá, Neymar foi protagonista de situações constrangedoras.
Talentoso, é considerado intocável na Vila Belmiro. Instantes depois de cometer suas molecagens e indelicadezas é acariciado por alguns “companheiros de time”, parte da imprensa, pelos pais, pela diretoria do Santos e pelo treinador Dorival Júnior, que ontem sentiu mais uma vez o tamanho do problema que está ajudando a construir.
Neymar não aceitou ser preterido por Marcel, na cobrança de uma penalidade. Ofendido pelo jogador, o treinador disse que vai resolver o assunto internamente “com o Neymar, com diretoria e com o pai do Neymar” .
Depois de Antônio Lopes, ontem foi a vez de Renê Simões afirmar que “estamos criando um monstro”. Revelou que poucas vezes viu um jogador tão sem educação. Seria muito bom ouvir sobre Neymar que ali estava um jovem herói, um cavaleiro, defensor do bem, com virtudes ilimitadas com a bola nos pés.
O SANTOS PRECISA DA SUPERNANNY! (publicado no dia 3 de agosto)
Novamente, alguns “meninos” do Santos criaram problemas para o clube e levaram “fumaça” para o ambiente do time, horas antes de uma importante disputa. Foi mais uma molecagem, dizem alguns. Coisa de garotos levados, inocentes e brincalhões, afirmam vários analistas.
Dirigentes do Santos não viram nada tão importante no gesto da “garotada”. É verdade, também, que alguns cartolas do clube reconhecem que ficaram incomodados diante de mais uma brincadeirinha indigesta.
Eu, confesso, já cansei dessa historia de passar a mão na cabeça dos chamados garotos do Santos. Não são garotos, são profissionais. Ganham muito bem, têm procuradores, agentes, gestores e familiares. Um grupo para cada um. Cada menino tem um staff. Coisa de astro. Todos eles têm assessores de imprensa. São tratados como intocáveis e tudo é perdoado. Sempre aparece alguém para dizer que eles não fazem por mal…
Concluí que lá na Vila Belmiro está faltando a Supernanny. Esse programa foi criado na Inglaterra para mostrar em capítulos como impôr disciplina aos “garotos”. A Supernanny é chamada quando os responsáveis pelas “crianças” não têm autoridade e não sabem colocar limites nos meninos. Ela certamente diria aos dirigentes do Santos que não colocando limites o prejuizo será muito grande para todos.
De longe a impressão que eu tenho é que os responsáveis pelos moleques da Vila têm medo de “perder” o amor dos pimpolhos. E diante desse temor não colocam regras, limites, disciplina e rotina.
A solução é mesmo a Supernanny. Ela vai explicar aos peraltas quais são as regras que devem ser seguidas dentro e fora do campo. Se a diretoria estabelece algumas regras e os meninos fazem birra, não adianta impôr sua vontade pela força. Ela vai explicar que os responsáveis precisam falar com autoridade e amor. Mas devem manter as regras até o fim. A cartolagem não pode voltar atrás em uma decisão, vai demonstrar falha na autoridade e os meninos ficarão confusos.
A molecada do Santos, diria a Supernanny, precisa ouvir todo dia, com paciência, que não pode deixar de arrumar os seus brinquedos e que devem fazer seus deveres corretamente. Ela vai recomendar que os dirigentes falem olhando nos olhos dos meninos. Eles precisam saber quem manda.
Se depois de vários dias insistindo eles continuarem não cumprindo o combinado, podem ser punidos. Primeiro avise-os da punição, caso eles continuem desobedientes. Depois, vem o castigo. Podem proibir o videogame, a TV, a internet ou algo que eles adorem. Mas nunca use a violência. Isso vai deixar marcas negativas nos moleques da Vila. Prefira sempre a disciplina, diria a Supernanny.
Mas, além estipular regras e castigos, tambem é importante oferecer prêmios quando as crianças obedecem e acertam. Pode ser um brinquedo novo, um passeio ou guloseimas. Antes, combine com os meninos quais os prêmios adequados. Lá na concentração do Santos poderia ser criado o “Cantinho da disciplina”. Nesse local a criança deverá permanecer e refletir sobre o que fez. Deixe o rebento sair apenas quando reconhecer o erro e pedir desculpas.
A Supernanny vai dizer aos dirigentes do Santos que é preciso dizer não. Lembrará que aceitar tudo é um bom caminho para uma má educação. Os responsáveis, que não cuidam direito dos meninos, farão com que as crianças só entrem em confusão no mundo externo e nas relações com outros garotos.
Está muito claro que a Supernanny acabaria com a dominação dos moleques. Hoje os pimpolhos sentem-se donos do pedaço. Os dirigentes precisam mostrar que ficaram bravos quando os moleques fizeram algo errado e mostrar felicidade quando tem atitudes certas. Colocar esses “malinhas” sob uma redoma vai fazer com que um dia a sociedade cobre limites .
O Santos não tem escolha: precisa da Supernanny. Ela é a salvação…
