– Desculpa Esfarrapada!

Não é pegar no pé… mas durante o debate dos presidenciáveis promovidos pelas redes católicas, dona Dilma não foi. Curiosamente, ela estava twittando sobre dicas de músicas naquele horário.

 

Ué, mas ela não justificou a ausência alegando compromissos assumidos anteriormente? Por que não quis debater?

 

Olha que interessante: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4639015-EI15315,00-Durante+debate+Dilma+indica+album+do+Pato+Fu+no+Twitter.html

– Você já foi entrevistado?

Você já foi pesquisado sobre intenção de voto à Presidência?

Se não, olha como é a Metodologia:

(Você sabia que há mais entrevistados em Itapissuma do que em Jundiaí, Itu e Sorocaba somados?)

 

VOCÊ SABE COMO É FEITA A PESQUISA DE INTENÇÃO DE VOTO?

 

Por Reinaldo Oliveira

 

Esta dúvida, diante dos números apresentados durante a presente campanha eleitoral, aparece na cabeça, de oito a cada dez eleitores. Por conta disso, esta informação encontra-se a disposição do eleitor no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De uma pesquisa recente, postada neste site, é importante observar os seguintes números:

Num universo de 2508 pesquisados, a proporção por região, ficou assim definida:

Região Norte/Nordeste – 840 pessoas pesquisadas.

Estado de São Paulo – 574 pessoas pesquisadas.

Minas Gerais – 256 pessoas pesquisadas.

Região Sul – 378 pessoas pesquisadas.

Rio de Janeiro – 278 pessoas pesquisadas.

Região Central – 182 pessoas pesquisadas.

E aqui entra algumas considerações. Qual o número de eleitores da região Norte/Nordeste? Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País, entretanto, tem um número de pesquisados menor que a região Sul. O Rio de Janeiro também tem um número de pesquisados bastante reduzido.  A distribuição por Estado, número de cidades e de eleitores pesquisados, para esta pesquisa, ficou assim:

Acre – 1 cidade – 14 pesquisados. Amazonas – 2 cidades – 42 pesquisados.

Pará – 5 cidades – 84 pesquisados. Rondônia – 1 cidade – 14 pesquisados.

Roraima – 1 cidade – 14 pesquisados. Tocantins – 1 cidade – 14 pesquisados.

Alagoas – 3 cidades – 42 pesquisados. Bahia – 11 cidades – 158 pesquisados.

Ceará – 7 cidades – 98 pesquisados. Maranhão – 5 cidades – 70 pesquisados.

Paraíba – 4 cidades – 56 pesquisados. Pernambuco – 9 cidades – 112 pesquisados.

Piauí – 3 cidades – 42 pesquisados. Rio G. do Norte – 3 cidades – 42 pesquisados.

Sergipe – 2 cidades – 28 pesquisados. Espírito Santo – 3 cidades – 42 pesquisados.

Minas Gerais – 20 cidades – 266 pesquisados. Rio de Janeiro – 13 cidades – 224 pesquisados.  

São Paulo – 36 cidades – 574 pesquisados. Paraná – 10 cidades – 140 pesquisados.

Rio G. Sul – 10 cidades – 160 pesquisados. Sta Catarina – 6 cidades – 84 pesquisados.

Distrito Federal – 1 cidade – 28 pesquisados. Goiás – 6 cidades – 84 pesquisados.

Mato G. Sul – 2 cidades – 28 pesquisados – Mato Grosso – 3 cidades – 42 pesquisados.

A desproporção fica evidente quando cidades como Garrafão do Norte, Riachão do Jacuípe, Barbalha, Itapissuma e Garanhuns, têm 14 pesquisados, enquanto as cidades de Santos, Campinas, Ribeirão Preto e Florianópolis também têm 14 pesquisados. Aqui o eleitor já pode perceber que a condição de vida, renda e formação escolar dos pesquisados das primeiras cidades, são de quase total dependência das bolsas sociais do governo federal, enquanto nas segundas a condição de vida, renda e formação escolar são obtidas com o trabalho e oportunidades oferecidas pelo Estado. Ainda do total pesquisados 34% são da região Norte/Nordeste, ou seja: a desproporcionalidade a favor de candidato A, B ou C, se intensifica para mais, quanto mais ele estiver próximo do governo federal. Entretanto, independente disso, os percentuais de intenção de voto obtido são divulgados em todo o Brasil. Regiões e cidades com menor densidade populacional e econômica e, portanto mais dependentes dos programas sociais do governo federal, têm peso idêntico aos das regiões mais desenvolvidas. Visite o site do TSE.