– Competência de Azarados ou Sorte de Incompetentes?

Nada disso. Citarei bons profissionais neste post. Afinal, futebol é algo incrível! Veja esses 3 treinadores:

Telê Santana era marcado como pé frio. Montou uma Seleção fantástica que não ganhou nada.

– Abel Braga tinha como mérito ter tirado a Ponte Preta do rebaixamento. Nenhum título significativo.

Celso Roth sempre monta grandes times e nunca conseguiu vencer nada.

Particularidades comuns aos três: tinham fama de azarados. Entretanto, a conquista da Libertadores e do Mundial de Clubes mudou a vida e o conceito dos 2 primeiros.

 

Será que chegou a vez de Celso Roth mudar o seu rótulo?

– Amanhã acontecerá o Primeiro Debate!

Amanhã é o dia do primeiro debate à Presidência. Como os candidatos são conhecidos (ao menos, os que têm mais chances), dificilmente um azarão vai ter torcida.

O que me espanta até agora é que ninguém tem novas propostas. Nenhuma idéia nova surge! É o blábláblá de sempre. Infelizmente, muitos brasileiros não cobram novidades num debate, mas querem ver discussão, barraco…

Me lembro de questões folclóricas em debates. Havia um imposto chamado Cide, que ninguém nem sabia que existia, mas que todos pagavam (ele estava incorporado em muitos produtos). Antony Garotinho,  candidato na última eleição, durante um debate foi avisado por um espartalhão sobre um desconhecido, perguntou ao Lula: “o que você fará com a Cide”? A resposta foi a padrão: “vamos estudar, se for boa manteremos ou se não for adequada vamos rediscuti-la”. E Garotinho riu, exclamando: “Lula nem sabe o que é a Cide…” Aliás, ninguém sabia, nem o próprio Garotinho saberia se não fosse avisado.

Momento hilariante de um sisudo encontro.

– São João Maria Vianney e seu dia!

Hoje é dia do sacerdote São João M. Vianney, de belíssima história, e por essa data, se comemora o “Dia do Padre”.

 

Parabéns a todos os religiosos! Que Deus os ajude na árdua caminhada.

– Para que serve a Libertadores?

Responda rápido sem vacilar: qual campeonato de futebol é mais importante para seu time: ganhar a Libertadores ou o Paulistão?

Agora, mais racionalmente. Respire fundo e pense: você respondeu a questão acima pensando no seu clube grande do coração ou pelo seu time local?

Vamos ser claros: você é, por exemplo, jundiaiense “da gema”. Se gostar de futebol, você torcerá pelo Paulista e por um dos quatro grandes de São Paulo (há excessões, lógico). E o que vale mais para você? Se for corinthiano, a vitória do timão na Libertadores ou o Galo de Jundiaí erguendo o caneco de um Paulistão?

Hum… tá difícil a resposta. Que tal mudar de agremiação: aos palmeirenses ou santistas de Jundiaí, mais uma pergunta: vocês preferem o título da Copa do Brasil ou o Paulista se salvando para o rebaixamento da série A2?

Vou dar um tempo para você responder. Vamos falar de outra coisa: se levarmos em conta só aqueles que tem um grande time, a conquista da competição continental é o sonho de consumo. Levar a Taça Libertadores da América parece ter se tornado uma obsessão aos clubes brasileiros. Fico imaginando como os dirigentes de Botafogo e Santos dos anos 60, se ainda vivos, se remoem de remorso por não darem a atenção devida. O Independiente-ARG, grande detentor de títulos da competição nesse período, aproveitou-se desta época e faturou o caneco. Mas talvez viva só desse passado, pois no presente, sua realidade é outra. Não importa; assim como a Celeste Olímpica Uruguaia (30 e 50) está historicamente na frente da Inglaterra (66) em Copas do Mundo (mesmo sendo no começo da competição), os argentinos são mais vitoriosos do que quaisquer brasileiros. O que entra para a história é a conquista do título, e ponto final.

Mas vamos ao que interessa: o que os clubes buscam ao disputar a Libertadores? Dinheiro? Prestígio? O Título simplesmente?

Lendo hoje o Jornal Lance, numa bela matéria do jornalista Marcelo Damato (coluna De Prima, 23/04/2010, pg 14), me impressionei com os valores citados. Por exemplo: os prêmios acumulados pela conquista da Taça Libertadores totalizam US$ 5,39 milhões. Desconte os custos de viagens e hospedagens, anti-dopings, elenco e outras taxas, e do que sobrar, compare com o prêmio pago, por exemplo, pelo Campeonato Paulista: R$ 7,5 milhões. O Campeão carioca, R$ 6,3 mi e o Mineiro R$ 5 mi.

O prêmio continental está desvalorizado, não?

Compare com a Europa: a Champions League paga para um clube que seja eliminado na primeira fase (qualquer equipe cipriota, polaca, albanesa, eslovaca…) cerca de 8,7 milhões de euro. Mais que o campeão sulamericano! Na prática, a desclassificação do modestíssimo Hapel ainda assim traria mais receita do que uma conquista do Corinthians, Flamengo ou São Paulo.

Pensando cá com meus botões… O Brasileirão com 20 clubes é muito mais difícil de se competir do que a Libertadores com 32! Não imagino equipes como Deportivo Itália (VEN), Blooming (BOL) ou Juan Aurich (PER) conseguindo disputar competitivamente nem na nossa série B do Brasileiro. Como na segunda fase da competição sobra metade das equipes, aí sim começa a valer de fato! Mas se há questionamentos da viabilidade financeira da competição ou questionamentos sobre a qualidade técnica da equipe, por que se diz que ela é muito difícil de se disputar?

A resposta é direta: pelas condições e instalações dos estádios, pelo fanatismo de algumas equipes estrangeiras adversárias que impressionam as equipes brasileiras, o excesso de supervalorização da competição, o estilo de arbitragem da escola sulamericana porção espanhola, e, por fim, pelos esquemas táticos pragmáticos. Esqueça a eficiência, busca-se apenas a eficácia. Trocando em miúdos, ninguém vai jogar o futebol-bailarino um dia propagado por um certo treinador quando assumiu a seleção, mas sim o futebol-brucutú, feio, botinudo e de resultado.

Talvez o ímpeto de possuir a Taça Libertadores seja meramente o da conquista de título e internacionalização da marca, o acesso a um status que aí sim pode trazer resultados financeiros mais concretos: a busca do Mundial de Clubes, agora regido pela FIFA e muito mais organizado e valorizado que outrora, justamente pela chancela da entidade. Embora, cá entre nós, o nível técnico só pode ser considerado quando se chega na fase final, quando se joga a decisão entre Sulamericanos X Europeus (como de praxe, as outras equipes só estão pelo caráter universalista de uma competição dita ‘mundial’).

Por curiosidade e por pertencer a nossa seara:

– um árbitro que apite Boca Juniors X Corinthians numa Libertadores receberá 800.00 dólares.

– um árbitro que apite Bayern X Lion pela Champions League receberá 8,000.00 euro.

O futebol daqui pode fazer frente ao de lá dentro de campo, mas no bolso…

Ei leitor-torcedor, estava me esquecendo de cobrar a pergunta lá de cima: o que você prefere? SPFC, SEP, SCCP ou SFC campeões, ou o Paulista vencer uma competição estadual? Não vale muro, hein!