Mano Menezes é o novo técnico da Seleção Brasileira e já fez até a primeira convocação. Mas algo que passou um pouco desapercebido: Ricardo Teixeira, presidente da CBF, fez questão de afirmar que o técnico da Seleção deve ser exclusivo, ou seja, não pode atura concomitantemente em clube.
E isso é bom?
Sinceramente, penso que é péssimo!
Assim como um árbitro que não apita perde reflexo e demora para achar seu posicionamento em campo, como um jogador que não joga precisa voltar aos poucos, ou um goleiro que não atua perde o reflexo, um treinador que não treina perde competitividade.
Sim, estar em atividade é fundamental para qualquer área profissional. Quanto mais jogo, mais tato, mais experiência, melhor para todos. Estar atuando mantém o ritmo, o embalo, o progresso de um trabalho. Muitas vezes parar não é bom. A parada da Copa do Mundo para Santos e São Paulo, nitidamente, foi péssima. Quebrou-se o ritmo bom do primeiro semestre e foi prejudicial. Ao contrário, o Internacional-RS aproveitou a parada para um recomeço e se deu bem.
Dessa forma, como Seleção não é clube, espero que Mano Menezes possa ter muito trabalho, pois além de não ter uma sequência boa de jogos (muitos amistosos caça-níqueis hão de vir, é fato), o Brasil não disputará as Eliminatórias de 2014. Perder-se-á a competitividade.
Não sei se o exemplo é bom, mas… Felipão ficou muito tempo no Uzbequistão; não estaria ele, com toda experiência e conquistas inegáveis, recomeçando a carreira (afinal, ser técnico no Uzbequistão é muito diferente do que treinar no Brasil)? A mesma situação para um atleta que joga no Catar, no Japão… perde-se o alto nível.
Apesar de crer ter sido uma boa escolha, preferiria um técnico atuante. É perfeitamente conciliável exercer as duas atividades. Quem poderia reclamar não seria a CBF, mas o clube do treinador, já que na primeira sequência de derrota teria que se questionar em demitir o treinador da Seleção ou não. Inusitado!
E você, prefere um técnico para a Seleção atuante ou exclusivo?
Obs: Parabéns ao nosso amigo Rever. Confesso que aqui no Paulista de Jundiaí ele era mais fraquinho do que o Danilo Laranjeira (ex-Atlético e hoje no Palmeiras) e do que o Thiago Martineli (ex-Cruzeiro e hoje no Vasco). Mas sua competência o levou até a Seleção. Isso mostra uma outra situação: será que os atletas do Sub20 da Seleção necessariamente serão os devidos titulares na Principal? Ás vezes jogar na categoria de base não credencia ninguém e não ter jogado pode não representar nada. Mas fica para outro post… (sem esquecer – parabéns, lógico, aos treinadores das categorias de base do Paulista F.C., pois o centroavante Nenê, ex-Paulista , Santos e Palmeiras, ganhou o prêmio de melhor atleta do Campeonato Francês… e Mano levou Éderson, do Lyon.)

Bem… Este é um assunto que sempre gerará muita polêmica.
É preciso entender alguns aspectos. Na seleção, treina-se somente aspectos táticos (a gorsso modo), pois o grupo se reune apenas nas vésperas dos jogos. Portanto, os demais aspectos, são treinados em seus clubes de origem.
Esta posição “não ativa” do técnico da seleção, não o deixará muito “enferrujado”.
Pensando assim, o treinador da seleção não precisa necessariamente estar em atividade diária, mas sim, preocupado em observar os prospects para suas convocações futuras.
Abraços!
Treinador Braccini
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Salve professor
Contratiando o ditado, futebol é um caixona de intere$$e$. Puxa, fiquei surpreso. Pelo pouco que conheco da imprensa, pensei que os jornais locais iam fazer um baita alarde sobre a convocação do Vitor e do Rever, mas pelo menos num primeiro momento, achei que foram até simplórios.
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